DEATHS OF WOMEN IN CEARÁ FROM THE PERSPECTIVE OF FEMINIST ACTIVISTS

Authors

DOI:

https://doi.org/10.9771/rf.v11i2.57415

Keywords:

feminists, social movements, death of women, violence, feminicide

Abstract

This article aims to carry out a psychosocial discussion on the increase in the death of women in the dynamics of urban conflicts in Ceará, based on the point of view of feminist activists from different social movements who address this issue. Theoretically, it draws on feminist and intersectional authors. Methodologically, this is an inter(in)vention study that used semi-structured interviews with six women activists from social movements in Ceará. Among the results, it stands out that the increase in the death of women is influenced not only by the reformulation of criminal dynamics, but also by the resurgence of neoconservative discourses, which, together with historical and structural colonial aspects, authorize the use of gendered killing technologies. The conclusion is that it is crucial to consider the intersections of gender with other power structures when formulating public policies and denouncing state negligence.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Ingrid Sampaio de Sousa, Universidade Federal do Ceará

Psicóloga Clínica, graduada e Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e Especialista em Terapias Comportamentais pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

João Paulo Pereira Barros, Universidade Federal do Ceará

Doutor em Educação pela UFC. Professor Adjunto do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFC. Coordenador do Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violência, Exclusão Social e Subjetivação (VIESES/UFC). E-mail: joaopaulobarros07@gmail.com.

Larissa Ferreira Nunes, Universidade Federal do Ceará

Psicóloga. Mestre e doutoranda em Psicologia na UFC. Especialista em Saúde Mental pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Pesquisadora do VIESES/UFC. E-mail: larissafnpsico@gmail.com.

Jamyle Maria de Sousa Gonzaga, Universidade Federal do Ceará

 Psicóloga, graduada em psicologia pela UECE. Mestranda em Psicologia pela UFC. Membro do VIESES/UFC. E-mail: jamylemsousag22@gmail.com.

Carla Jéssica de Araújo Gomes, Universidade Federal do Ceará

Mestranda em Psicologia no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará - UFC. Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará - UFC Integrante do Grupo de Pesquisa e Intervenções sobre Violências, Exclusão Social e Subjetivação (VIESES-UFC).

Laisa Forte Cavalcante, Universidade Federal do Ceará

Psicóloga, mestre e doutoranda em Psicologia pela UFC. Membro do VIESES/UFC. E-mail: laisacavalcante9393@gmail.com.

References

ALBUQUERQUE JÚNIOR, D. M. “Quem é froxo não se mete”: violência e masculinidade como elementos constitutivos da imagem do nordestino. Projeto História: Revista do Programa de estudos pós-graduados de História, v. 19, s/n, p. 173-188, 1999.

AKOTIRENE, Carla. O que é interseccionalidade? Belo Horizonte-MG: Letramento: Justificando, 2018.

BARROS, J. P. P. Juventudes desimportantes: a produção psicossocial do “envolvido” como emblema de uma necropolítica no Brasil. In: COLAÇO, V. et al. (Orgs). Juventudes em Movimento: experiências, redes e afetos. Fortaleza: Expressão Gráfica Editora, 2019. p. 209-238.

BARROS, J. P. P. et al. Criminalização, extermínio e encarceramento: expressões necropolíticas no Ceará. Revista de Psicologia Política, v. 19, p. 475-488, 2019.

BARROS, L. M. R.; BARROS, M. E. Pista da análise: o problema da análise em pesquisa cartográfica. In: PASSOS, E.; KASTRUP, V.; TEDESCO, S. (org.). Pistas do método da cartografia: a experiência da pesquisa e o plano comum. Porto Alegre: Sulina, 2014. p. 175- 202.

BUTLER, J. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de

assembleia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018b.

BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de

Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018a.

BUTLER, J. Vida precária: os poderes do luto e da violência. Autêntica Business, 2019.

CARNEIRO, S. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil: consciência em debate. São

Paulo: Selo Negro, 2011.

CERQUEIRA, D. R. C. et al. Atlas da violência. Rio de Janeiro: Ipea, 2018.

COMITÊ CEARENSE PELA PREVENÇÃO DE HOMICÍDIOS NA ADOLESCÊNCIA - CCPHA. Cada Vida Importa: Relatório do segundo semestre de 2017 do Comitê

Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência. Fortaleza: Governo do Estado do Ceará; Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, UNICEF, Instituto OCA, 2018.

COMITÊ CEARENSE PELA PREVENÇÃO DE HOMICÍDIOS NA ADOLESCÊNCIA. Cada Vida Importa: Relatório do segundo semestre de 2018 do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência. Fortaleza: Governo do Estado do Ceará; Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, UNICEF, Instituto OCA, 2019.

COSTA, E. A. G. A.; MOURA JUNIOR, J. F.; BARROS, J. P. P. Pesquisar n(as) margens: especificidades da pesquisa em contextos periféricos. In: CERQUEIRA-SANTOS, E; ARAÚJO, L. F. (Org.). Metodologias e Investigações no Campo da Exclusão Social. 1ed. Teresina: EDUFPI, 2020. p. 13-31.

DAVIS, A. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

DAVIS, A. A liberdade é uma luta constante. São Paulo: Boitempo, 2018.

FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICO. Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil. 3ª edição. 2021.

GOMES, C. J. A. et al. “Viver pouco como um rei ou muito como um zé?”: Juventudes e masculinidades no sistema socioeducativo. In: IRINEU, B. A. et al. (Org.). Diversidade sexual, étnico-racial e de gênero: saberes plurais e resistências. 1ed. Campina Grande: Realize editora, 2021. p. 960-975.

GONZALEZ, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Ciências Sociais Hoje, Anpocs, v.1, n.1, p. 223-244, 1984.

HARAWAY, D. Saberes Localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, n. 5, p. 07-41, 1995.

HOOKS, B. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Rio de Janeiro: Rosa

dos Tempos, 2018.

KILOMBA, G. Memórias de plantação. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

LUGONES, M. Colonialidad y género: hacia un feminismo descolonial. In: MIGNOLO, W. et al. Género y descolonialidad. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Del Signo, 2014, p. 13-42.

MAYORGA, C. Lentes feministas e perspectivas críticas da juventude. In: COLAÇO, V. R.; GERMANO, I. P.; MARINHO, L. et al. (org.). Juventudes em movimento: experiências, redes e afetos. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2019. p. 14-19.

MAYORGA, D. S.; BARROS, A. F. O. Efeitos psicossociais da violência de Estado e a

operação clínica do direito à reparação. In: LOPODENTE, M. L. G. et al., Corpos que

sofrem: como lidar com os efeitos psicossociais da violência? São Paulo: Elefante, 2019. p.

-149.

MBEMBE, A. Crítica da razão negra. São Paulo: N-1edições, 2018.

MENEZES, J. A; COLAÇO, V. F. R; ADRIÃO, K.G. Implicações Políticas na Pesquisa-Intervenção com Jovens. Revista de Psicologia, Vol 9, nº1, pp8-17, 2018.

MENON, I. Todas as formas de violência contra mulher aumentam em 2022, diz pesquisa. Folha de São Paulo, São Paulo, 2 mar. 2023. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2023/03/todas-as-formas-de-violencia-contra-mulher-aumentam-em-2022-diz-pesquisa.shtml. Acesso em: 23 out. 2023.

MIGUEL, L. F.; BIROLE, F. Feminismo e política: uma introdução. São Paulo: Boitempo, 2014.

NEGREIROS, D. J.; QUIXADÁ, L. M.; BARROS, J. P. P. Movimento Cada Vida Importa: a universidade na prevenção e no enfrentamento à violência no Ceará. Revista Universidade e Sociedade, Brasília, DF, v. 62, n.9, p. 80-89, 2018.

NOGUEIRA, C. Interseccionalidade e psicologia feminista. Salvador: Devires, 2017.

NEGREIROS, D. J.; QUIXADÁ, L. M.; BARROS, J. P. P. Movimento Cada Vida Importa: a universidade na prevenção e no enfrentamento à violência no Ceará. Revista Universidade e Sociedade, v. 62, p. 80-89, 2018.

NUNES, L. F. et al. Violência contra mulheres no Ceará em tempos de Pandemia de Convid-19. Revista Feminismos, [S. l.], v. 9, n. 1, 2021.

NUNES, L. F. et al. Territorialidades Periféricas e Violências: narrativas de jovens lésbicas envolvidas em facções. Revista periódicus, v. 1, p. 197-216, 2022.

PASINATO, W. “Feminicídio” e as mortes de mulheres no Brasil. Cadernos Pagu,

Campinas, v. 37, n.22, p. 219-246, 2011.

PASINATO, W. A chacina de Cajazeiras e o silêncio sobre a morte violenta de mulheres, por Wânia Pasinato. Geledés Instituto da Mulher Negra, 2018. Disponível em: https://www.geledes.org.br/chacina-de-cajazeiras-e-o-silencio-sobre-morte-violenta-de-mulheres-por-wania-pasinato/. Acesso em: 23 out. 2023.

PAULUZE, T. Com decretações via rede social, assassinato de meninas dispara no CE. Folha de São Paulo, São Paulo, 5 jan. 2020. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/01/com-decretacoes-via-rede-socialassassinato-de-meninas-dispara-no-ce.shtml. Acesso em: 23 out. 2023.

PIMENTEL, E. Prisões femininas: por uma perspectiva feminista e interseccional. In: STEVENS, C.; OLIVEIRA, S.; ZANELLO, V.; SILVA, E.; PORTELA, C. (org.). Mulheres e violência: interseccionalidades. Brasília, DF: Technopolitik, 2017. p. 14-17.

RIBEIRO, D. Feminismo negro para um novo marco civilizatório. SUR: Revista

Internacional de Direitos Humanos, v. 13, n. 24, p. 99-104, 2016.

RIBEIRO, D. Quem tem medo do feminismo negro?. 1ª Ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

SAFFIOTI, H. Contribuições feministas para o estudo da violência de gênero. Cadernos Pagu, v. 1, n. 16, p. 115-136, 2001.

SEGATO, R. L. Território, soberania e crimes de segundo Estado: a escritura nos corpos das mulheres de Ciudad Juarez. Estudos Feministas, v. 13, n. 2, p. 265-285. 2005.

SEGATO, R. L. Las nuevas formas de la guerra y el cuerpo de las mujeres. Sociedade e Estado, v. 29, n. 2, p. 341-371. 2014.

SEGATO, R. L. Femigenocidio como crimen en el fuero internacional de los Derechos Humanos. La lucha por el derecho como contienda en el campo discursivo. In: SEGATO, Rita Laura. La guerra contra las mujeres. Madrid: Traficantes de Sueños, 2016, p. 127-152.

SEGATO, R. L. Femigenocidio y feminicidio: una propuesta de tipificación. Labrys, études féministes, v. 1, n. 1, 2013.

SAGOT, M. El feminicidio como necropolitica en Centroamérica. Labrys, éstudes féministes. 2013.

SOUSA, I. S.; NUNES, L. F.; BARROS, J. P. P. Interseccionalidade, femi-geno-cídio e necropolítica: morte de mulheres nas dinâmicas da violência no Ceará. Revista Psicologia Política, v. 20, n. 48, p. 370-384, 2020.

WAISELFISZ, J. Mapa da violência 2015: homicídios de mulheres no Brasil. Brasília, DF: FLACSO, 2015.

Published

2024-01-22

How to Cite

SOUSA, I. S. de; BARROS, J. P. P.; NUNES, L. F.; GONZAGA, J. M. de S.; GOMES, C. J. de A.; CAVALCANTE, L. F. DEATHS OF WOMEN IN CEARÁ FROM THE PERSPECTIVE OF FEMINIST ACTIVISTS. Revista Feminismos, [S. l.], v. 11, n. 2, 2024. DOI: 10.9771/rf.v11i2.57415. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/57415. Acesso em: 23 nov. 2024.

Issue

Section

Dossiê: Os Feminismos no Brasil: reflexões teóricas e perspectivas