OS DEBATES HISTORIOGRÁFICOS SOBRE OS FEMINISMOS DA ‘SEGUNDA ONDA’ NA CONTEMPORANEIDADE
DOI:
https://doi.org/10.9771/rf.v11i2.57407Keywords:
historiografia; movimentos feministas; contemporaneidade; epistemologias feministas; Brasil.Abstract
This article aims to reflect on historiographical debates, the interconnections of feminisms and theoretical contributions in contemporary times, regarding the period of the 1970s and 1980s or what was defined as 'second wave' feminism. The analyzes will be carried out from a historical perspective that seeks to consider the discontinuities, ruptures and power relations that exist within the social movement itself and the new narrative contributions about the past in Brazil. It dialogues with feminists epistemologies and seeks, in a didactic way, to present an overview of how debates have been (re)constituted, questioned and (re)analyzed based on new historiographical contexts
Downloads
References
ABREU, Maira Luisa. Nosotras: feminismo latino-americano em Paris. Estudos Feminista, Florianópolis, v. 2, n. 21, p.553-572, ago. 2013.
ABREU, Maira; CARVALHO, Adília Martins de. Sisterhood is powerful: exílio e mobilizações feministas na França em apoio às “Três Marias”. Lutas Sociais, São Paulo, v. 18, n. 32, p.133-147, jun. 2014.
ABREU, Maira Luisa Gonçalves de. Feminismo no Exílio: O Círculo de Mulheres Brasileiras em Paris e o Grupo Latino-Americano de Mulheres em Paris. São Paulo: Alameda, 2014. Impressão realizada em 2016.
ALVAREZ, Sonia E. Para além da sociedade civil: reflexões sobre o campo feminista. Cadernos Pagu, Campinas, n. 43, p. 13-56, dez. 2014.
ALVES, Irácelli da Cruz. Feminismo entre Ondas: mulheres, PCB e política no Brasil. 2020. 358 f. Tese (Doutorado) - Curso de Instituto de História, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2020.
ARAÚJO, Clara. Mulheres e representação política: a experiência das cotas no Brasil. Estudos feministas, Florianópolis, v. 6, n. 1, p. 71-90, 1998.
ÁVILA, Maria Betânia. Modernidade e cidadania reprodutiva. In: De Hollanda, Heloisa Buarque (orgs). Pensamento Feminista Brasileiro: formação e contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 163-176.
BACK, Lilian. A seção feminina do PCB no exílio: debates entre o comunismo e o feminismo (1974-1979). 2013. 212 p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2013.
BALLESTRIN, Luciana. Feminismo De(s) colonial como Feminismo Subalterno Latino-americano. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 28, n. 3, p. 1-14, ago. 2020.
BIROLI, Flávia. Gênero e desigualdades: limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo Editorial, 2018.
BLOCH, Marc. Apologia da história, ou, O ofício de historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 16. Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018a.
BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. Editora José Olympio, 2018b.
BRACKE, Maud Anne. La nuova politica delle donne: il femminimo in Italia, 1968-1983. Roma: Edizioni di Storia e Letteratura, 2019.
BRACKE, Maud Anne; MARK, James. Between Decolonization and the Cold War: Transnational Activism and its Limits in Europe, 1950s-90s. Journal of Contemporary History, v. 50, n. 3, p. 403–417, 2015.
CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. Racismos contemporâneos. Rio de Janeiro: Takano Editora, v. 49, p. 49-58, 2003.
CHUNGARA, Domitila Barrios de. “Si me permiten hablar”: testimonio de Domitila, una mujer de las minas de Bolivia. México: Siglo XXI, 1978.
COSTA, Albertina de Oliveira. É viável o feminismo nos trópicos? Resíduos de insatisfação-São Paulo, 1970. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, p. 63-69, 1988.
COSTA, Suely Gomes. Proteção social, maternidade transferida e lutas pela saúde reprodutiva. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 2, p. 301-323, jul. 2002.
COSTA, Suely Gomes. Onda, Rizoma e “Sororidade” como metáforas: Representações de Mulheres e dos Feminismos (Paris, Rio de Janeiro: Anos 70/80 do século XX). Revista Internacional Interdisciplinar Interthesis, Florianópolis, v. 6, n. 2, p.1-29, dez. 2009.
COLLING, Ana Maria. A resistência da mulher à ditadura militar no Brasil. Rio de Janeiro: Record: Rosa dos tempos, 1997.
COLLINS, Patricia Hill. O que é um nome? Mulherismo, Feminismo Negro e além disso. Cadernos Pagu, Campinas, n. 51, e175118, 2017
COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. Boitempo Editorial, 2021.
COVA, Anne (org). História Comparada das Mulheres: Novas Abordagens. Lisboa: Livros Horizontes, 2008.
CUBAS, Caroline Jaques. Do hábito ao ato: vida religiosa feminina ativa no Brasil (1960-1985). 2014. 360 p. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-graduação em História, Florianópolis, 2014. Disponível em: http://www.bu.ufsc.br/teses/PHST0504-T.pdf
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo Editorial, 2016.
DOMINGUES, Petrônio. Movimento negro brasileiro: alguns apontamentos históricos. Tempo, Rio de Janeiro, v. 12, n. 23, p.100-122, 2007.
DOIMO, Ana Maria. A Vez e Voz do Popular: Movimentos Sociais e Participação Política no Brasil pós-70. Rio de Janeiro: Relume-Dumará: ANPOCS, 1995.
DUARTE, Ana Rita Fonteles. Memória, disputas, resistência e ressentimento: a luta pelo protagonismo na narrativa de Therezinha Zerbini. Tempo, Niterói, v. 26, n. 2, p. 473-492, ago. 2020.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. 14. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2001.
FERREIRA, Elizabeth F. Xavier. Mulheres militância e memória: histórias de vida, histórias de sobrevivência. Rio de Janeiro: Ed. da FGV, 1996.
GREEN, James Naylor et al. (org). História do movimento LGBT no Brasil. São Paulo: Alameda, 2018.
GUATTARI, Félix; ROLNIK, Suely. Micropolítica. Cartografias do desejo. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996
GOLDBERG, Anette. Feminismo e autoritarismo: a metamorfose de uma utopia de liberação em ideologia liberalizante. 1987. 217 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1987.
GOMES, Angela de Castro (org). História oral e historiografia: Questões sensíveis. São Paulo: Letra e Voz, 2020.
HARAWAY, Donna. Manifesto ciborgue. Antropologia do ciborgue. Belo Horizonte:
Autêntica, 2000. p. 33-118.
HEMMINGS, Clare. Contando estórias feministas. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 17, p. 215-241, 2009.
HIRATA, Helena; KERGOAT, Danièle. Novas configurações da divisão sexual do
trabalho. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 37, n. 132, p. 595-609, set.-dez. 2007.
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX. Editora Companhia das Letras, 1995.
hooks, bell. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Rosa dos tempos, 2018.
DE HOLLANDA, Heloisa Buarque. Explosão feminista: arte, cultura, política e universidade. Editora Companhia das Letras, 2018.
KOSELLECK, Reinhart. “Espaço de Experiência” e “Horizonte de expectativa”: duas categorias históricas. In: KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, Contraponto, 2006. p. 305- 327.
LAURETIS, Teresa de. Tecnologias do Gênero. In: BUARQUE DE HOLLANDA, H. (Org.) Tendências e impasses. O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
LUGONES, Maria. Rumo a um feminismo descolonial. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 22, p. 935-952, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2014000300013 Acesso: 25 set. 2023
MCLAREN, Margareth A. Foucault, feminismos e subjetividade. São Paulo: Entremeios, 2016
MELLO, Soraia Carolina de; ZANDONÁ, Jair; WOLFF, Cristina Scheibe. Mulheres de luta: feminismo e esquerdas no Brasil (1964-1985). Editora Appris, 2020.
MELLO, Soraia Carolina de. Discussões feministas na imprensa para mulheres: revista Claudia e o trabalho doméstico (1970-1989). Tese (Doutorado em História), UFSC, Florianópolis. 2016. Disponível: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/167643 acesso em: 16 out. 2023.
MIGUEL, Sônia Malheiros. Um olhar para dentro: o movimento feminista no Rio de Janeiro. 1988. Florianópolis, 112f Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Disponível em: http://www.bu.ufsc.br/teses/PSOP0058-D.pdf Acesso: 20 out. 2020.
MIÑOSO, Yuderkys Espinosa; ZIROLDO, Nadia Luciene. Superando a análise fragmentada da dominação: Uma revisão feminista decolonial da perspectiva da interseccionalidade. Revista X. Curitiba, v. 17, n. 1, p. 425-446, 2022. Disponível: https://revistas.ufpr.br/revistax/article/view/84444v
MOHANTY, Chandra Talpade. Sob olhos ocidentais. Tradução Ana Bernstein. Rio de Janeiro: Zazie Edições, 2020.
MULHERES na política: ações buscam garantir maior participação feminina no poder. Fonte: Agência Senado. Disponível: https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2022/05/aliados-na-luta-por-mais-mulheres-na-politica Acesso: 25 set. 2023
NICHOLSON, Linda. Interpretando o gênero. Estudos feministas, Florianópolis, v. 8, n. 02, p. 09-41, 2000.
NASCIMENTO, Beatriz. A mulher negra no mercado de trabalho. In: De Hollanda, Heloisa Buarque (org). Pensamento Feminista Brasileiro: formação e contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 259-263.
NASCIMENTO, Letícia. Transfeminismo. São Paulo: Editora Jandaíra, 2021.
PAULILO, Maria Ignez S. FAO, fome e mulheres rurais. Rio de Janeiro, Dados: Revista de Ciências Sociais, v. 56, n° 2, p. 285-310, 2013.
PEDRO, Joana Maria. O feminismo de “Segunda Onda”: corpo, prazer e trabalho. In: PEDRO, Joana Maria; PINSKY, Carla Bassanezi. Nova História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2012. p. 238-259.
PEDRO, Joana Maria. A experiência com contraceptivos no Brasil: uma questão de geração. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 23, n. 45, p. 239-260, 2003.
PEDRO, Joana Maria. Narrativas fundadoras do feminismo: poderes e conflitos (1970-1978). Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 26, n. 52, p 249-272, 2006.
PEDRO, Joana Maria e WOLFF, Cristina Scheibe (org). Gênero, feminismos e ditaduras no Cone Sul. Florianópolis: Editora Mulheres, 2010.
PERROT, Michelle. As mulheres ou os silêncios da história. Bauru: Edusc, 2005.
PRECIADO, Paul B. Multidões queer: notas para uma política dos “anormais”. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 19, p. 11-20, 2011.
PUAR, Jasbir K. Homonacionalismo como mosaico: viagens virais, sexualidades afetivas. Revista Lusófona de Estudos Culturais, v. 3, n. 1, p. 297–318, 2015.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. Buenos Aires: CLACSO, 2005.
QUINALHA, Renan. Movimento LGBTI+: uma breve história do século XIX aos nossos dias. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2022.
RATTS, Alex; RIOS, Flavia. Lélia Gonzalez. São Paulo: Selo Negro Edições, 2010.
RIOS, Flavia; LIMA, Márcia; GONZÁLEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Editora Companhia das Letras, 2020.
RICH, Adriennne. Heterossexualidade compulsória e existência lésbica. Bagoas - Estudos gays: gêneros e sexualidades, [S. l.], v. 4, n. 05, 2010. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/2309. Acesso em: 20 set. 2023.
ROVAI, Marta Gouveia de Oliveira. Sob nossa pele e com nossas vozes: feminilidades transbordantes no sul-mineiro. Teresina: Cancioneiro, 2022.
RUBIN, Gayle. O tráfico de mulheres: notas sobre a “economia política” do sexo. Recife: Edição SOS Corpo, 1993.
ROSALEN, Eloisa. Entre Conflitos e Solidariedades: As trajetórias de militâncias das mulheres exiladas na França e em Portugal (1973-1987). 1. ed. Belo Horizonte: Fino Traço Editora, 2023.
SAFFIOTI, Heleieth B. A mulher na sociedade de classes: mito e realidade. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1979.
SCOTT, Joan W. Gênero: Uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade. Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-94, jul-dez. 1995.
SCOTT, Joan W. A invisibilidade da experiência. Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, São Paulo, v. 16, p. 297-325, fev. 1998.
SCOTT, Joan W. O enigma da igualdade. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 13, n. 1, p. 11-30, jan. 2005.
SILVA, Tauana Olívia Gomes. Mulheres negras nos movimentos de esquerda durante a ditadura no Brasil (1964-1985). 2019. 528 p. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2019. Disponível em: http://www.bu.ufsc.br/teses/PHST0683-T.pdf. Acesso em: 3 set. 2020.
SHOHAT, Ella. Feminismo como teoria e política. In: COSTA, Cláudia de Lima; SHMIDT, Simone Pereira (org). Poéticas e políticas feministas. Florianópolis: Editora Mulheres, 2004. P. 19-30.
TELES, Amelinha; LEITE, Rosalina Santa Cruz. Da Guerrilha à imprensa feminista: A Construção do feminismo pós-luta armada no Brasil (1975-1980). São Paulo: Intermeios, 2013.
VERGÈS, Françoise. Um feminismo decolonial. São Paulo: Ubu Editora, 2020.
VERGÈS, Françoise. Um teoria Feminista da Violência. São Paulo: Ubu Editora, 2021
VIEZZER, Moema. Vocação de Semente: A história de uma facilitadora da inteligência coletiva. São Paulo: Brasil Sustentável, 2017.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autoras/es que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autoras/es mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
2. Autoras/es têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autoras/es têm permissão e são estimuladas/os a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.