GÊNERO E SAÚDE MENTAL: Um Olhar sobre as Mulheres Negras Professoras Universitárias
Abstract
O presente artigo versa sobre gênero e saúde mental, a partir do olhar sobre professoras negras universitárias. Os estudos sobre as relações raciais são relevantes aos profissionais que atuam nas políticas sociais públicas no Brasil, haja vista, a formação social e histórica do país produzir desigualdades baseadas na raça e no gênero. Assim contribuir para a visibilidade sobre a desigualdade racial que atinge mulheres negras no espaço universitário se torna o objetivo do estudo, por entender que elas são o alvo preferencial de práticas racistas. Para tanto, pesquisa bibliográfica sobre gênero, saúde mental e raça se tornam essenciais. Nessa perspectiva, dividimos o artigo em dois tópicos: o primeiro trata do debate de gênero e raça e coloca em evidencia a mulher negra; o segundo dialoga sobre trabalho docente e saúde mental, buscando realizar as primeiras aproximações com a realidade vivenciada por mulheres negras professoras universitárias.
Palavras-Chave: gênero; raça; desigualdade; universidade.
Downloads
References
CONFERÊNCIA MUNDIAL CONTRA O RACISMO, DISCRIMINAÇÃO RACIAL, XENOFOBIA E INTOLERÂNCIA CORRELATA, Declaração e Plano de Ação, Brasília, Ministério da Cultura e Fundação Cultural Palmares, 2001.
Informações no site www.casadeculturadamulhernegra.com.br.
PADÊ:estudos em filosofia, raça, gênero e direitos humanos. UniCEUB, FACJS,Vol.2,N.1/07.ISSN 1980-8887.
Anuário das mulheres brasileiras. / DIEESE – São Paulo: DIEESE,2011.
ALMEIDA, T.M.C. Violências contra mulheres nos espaços universitários. In: STEVENS, C. et al. (Org.).Mulheres e violências: interseccionalidades.Brasília, DF: Technopolitik, 2017.p. 384-399.
ALMEIDA, Suely Souza de e SAFFIOTI, Heleieth I. B. Violência de gênero: Poder e impotência. Rio de Janeiro: Revinter, 1995.
AMARO, S. A questão racial na Assistência Social: Um debate emergente. Revista Quadrimestral de Serviço Social, Ano XXIV – n. 79 – setembro 2004.
Anúncio na Internet vende Negro a R$ 1. Jornal Folha de Pernambuco. Caderno Últimas Notícias. 11.01.2014. www.folhaonline.com.br acessado em 12.01.2014.
ANDRE, Maria, C. O Ser Negro: a construção de subjetividades em afro-brasileiros. Brasília, LGE, Editora, 2008.
BARATA, R. B.Desigualdades sociais e saúde. In: CAMPOS, G.W.S. et al.Tratado de saúde coletiva. São Paulo: HUCITEC, Rio de Janeiro: Ed Fiocruz, 2006, 861p.
BARBIERE, T. Sobre a categoria gênero: uma introdução teórico-metodológico. In: Revista Interamericana de Sociologia. Ano VI, n. 2-3 (segundo semestre), maio-dezembro/1992. Publicada pelo Instituto Mexicano de Cultura e Associação Mexicana de Sociologia.
BERNARDO, M.H. Produtivismo e precariedade subjetiva na universidade pública:o desgaste mental dos docentes. Psicologia & Sociedade; v. 26,(n. esp), p. 129-139,2014.
BORSOI. Trabalho e produtivismo: saúde e modo de vida de docentes de instituições públicas de Ensino Superior.Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, v. 15, n. 1, p. 81-100, 2012.
BRASIL. Ministério da saúde. Doenças relacionadas ao trabalho – manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília-DF: 2001.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Federal nº 1.339/GM - MSde 18 de novembro de 1999. Brasília, DF: 1999.
BUARQUE, C. Das Lutas à lei: uma contribuição das mulheres à erradicação da violência. Secretária da mulher, Recife: 2011. 192 p.
CARNEIRO, M. L.T. O racismo na história do Brasil: mito e realidade. São Paulo: Ática, 1994.
CASTIEL, L.D; SANZ-VALERO,J. Entre fetichismo e sobrevivência:o artigo científico é uma mercadoria acadêmica?.Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, V. 23, N.12, p. 3041-3050, 2007.
CARNEIRO, Maria Luíza Tucci. O racismo na história do Brasil: mito e realidade. São Paulo, Ática, 1994.
CARRIL, Lourdes. Terra de pretos: herança de quilombos. São Paulo, Scipione, 1996.
CERVO, A.L; BERVIAN, P. A; SILVA, R. da.Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice hall, 2007.
CHAUÍ, M. O que é ideologia? São Paulo: Brasiliense, 1980.
CLEMENTE,M. da S. As Políticas Afirmativas de Educação Superior no Brasil: um estudo sobre as formas de aceitação/negação do negro e da negra na Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Dissertação de Mestrado, UFPE, 2005.
CODO, W. Por uma psicologia do trabalho: Ensaios recolhidos. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo. 2006.
COUTINHO, M.C; MAGRO, M.LP; BUDDE, C.Entre o prazer e o sofrimento: um estudo sobre os sentidos do trabalho para professores universitários. Psicologia: Teoria e Prática, v, 13, n. 2, p.154-167, 2011.
CRISOSTOMO, M.A.S; REIGOTA, M.A. S. Professoras universitárias negras: trajetórias e narrativas. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 15, n. 2, p. 93-106, jul. 2010.
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Editora Artes Médicas do Sul, 2000.
DEJOURS, C. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. São Paulo: Cortez-Oboré. 1992.
FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Tradução de Renato da Silveira, Salvador: EDUFBA, 2008.
FARO, A; PEREIRA, M. A. Raça, racismo e saúde:a desigualdade social da distribuição do estresse.Estudos de Psicologia, v. 3, n.16, p. 271-278, 2011.
FORACCHI, M. M. O estudante e a transformação da sociedade brasileira. São Paulo: Unicamp. 2ª ed., 1977.
GUIMARÃES A. Huntley, L. (org). Tirando a máscara: ensaios sobre o racismo no Brasil. São Paulo, Editora Paz e Terra, 2000.
INOCÊNCIO, M. 50 anos depois: relações sociais e grupos socialmente segregados. IN: artigo do Movimento Nacional de Direitos Humanos, 1999.
JUNIOR, G. O. Sofrimento psíquico e trabalho intelectual.Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, v. 13, n. 1, p. 133- 148, 2010.
LAKATOS, E. M; MARCONI, M. de A. Fundamentos de Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo : Atlas 2003.
LEAL, D.F. et al. Gênero e assédio moral no trabalho: cenário das universidades brasileiras. In: STEVENS, C. et al. (Org.). Mulheres e violências:interseccionalidades. Brasília, DF: Technopolitik, 2017.
LOPES, F. Experiências desiguais ao nascer, viver, adoecer e morrer: tópicos em saúde da população negra no Brasil. In: BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Saúde da população negra no Brasil:contribuições para a promoção da eqüidade / Fundação Nacional de Saúde. - Brasília: Funasa, 2005.
MADEL, T.Prometeu Acorrentado: Análise Sociológica da Categoria Produtividade e as Condições Atuais da Vida Acadêmica.Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 15, n. 1, pp. 39-57enero-junio, 2005,
MARCONDES, W. B. A convergência de referências na promoção da saúde.Saúde e Sociedade, v. 13, n.1, p. 5-13, (2004).
MINAYO-GOMEZ, C; THEDIM-COSTA, S. M. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo – Rio de janeiro: Hucitec-Abrasco. 1999.
LOBO, A;SILVA, G; GUEDES, M.O “caça às mulatas” e a luta feminista. Disponível em: . Acesso em: 06 dez. 2013.
MURARO, Rose Marie. Educando meninos e meninas para um mundo novo. Rio de Janeiro: 2007, (Um novo mundo em gestação).
NASCIMENTO, Flávio. IN: Revista Raça Brasil, dezembro, 2000.
OLIVEIRA, Eliana, de. Mulher negra professora universitária, trajetória, conflitos e identidade, Liber Livro Editora, 2006.
OMS. Relatório sobre a saúde no mundo 2001 - saúde mental: nova concepção, nova esperança. Genebra: OMS, 2001.
OMS. World healthstatistics 2017: monitoringhealth for theSDGs, SustainableDevelopmentGoals.France: OMS, 2017.
PIOVESAN, F. Igualdade de Gênero na Constituição Federal: Os direitos civis e políticos das mulheres no Brasil. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/publicacoes/estudos-legislativos/tipos-de-estudos/outras-publicacoes/volume-i-constituicao-de-1988/principios-e-direitos-fundamentais-igualdade-de-genero-na-constituicao-federal-os-direitos-civis-e-politicos-das-mulheres-do-brasil/view>. Acesso em: 22 jan. 2014.
Relatório sobre o Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, ONU Mulheres, Secretaria de Políticas para as Mulheres – SEP e Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR, em 2011.
Retrato das desigualdades de gênero e raça / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada [et al.]. - 4ª ed. - Brasília: Ipea, 2011. 39 p.
SARDENBERG. Cecília M. B. DA TRANSVERSALIDADETRANSVERSALIZAÇÃO DE GÊNERO aportes conceituais e prático-políticos. In:
Travessias de gênero na perspectiva feminista / Ivia Alves, T781 Maria de Lourdes
Schefler, Petilda Serva Vasquez e Silvia de Aquino, organizadoras. - Salvador:EDUFBA/NEIM, 2010. 330 p. – (Coleção Bahianas; 12).
SAFFIOTI, H. I. B. Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2004 (Coleção Brasil Urgente).
______. O poder do macho. São Paulo: Moderna, 1987. (Coleção Polêmica).
______. Rearticulando Gênero e Classe Social. In: COSTA, A. de O. BRUSCHINI, C. (org.). Uma Questão de Gênero. Rio de Janeiro. Rosa dos Tempos; São Paulo: Fundação Carlos Chagas 1992.
SALES JÚNIOR, R.L. de. Raça e Justiça: O mito da democracia racial e o racismo institucional no fluxo de justiça. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, EditoraMassangana, 2009.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autoras/es que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autoras/es mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
2. Autoras/es têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autoras/es têm permissão e são estimuladas/os a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.