EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS: UMA MATEMÁTICA NOS ESTUDOS FEMINISTAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/rf.v11i2.56540

Palavras-chave:

Ciências Exatas e Tecnológicas., Ciências Humanas., Feminismo., Experiências Formativas., NEIM.

Resumo

Resumo: Este artigo tem por objetivo apresentar os caminhos, os desafios e as transformações alcançadas por   uma docente do campo matemático que resolve fazer uma incursão em outra área do conhecimento completamente diferente da sua formação inicial – cartesiana, ao ingressar no mundo das Ciências Humanas através do espaço acadêmico do Núcleo de Estudos Interdisciplinares Sobre a Mulher – NEIM/UFBA. Neste percurso, a docente percebe as nuances patriarcais que envolvem a vida das mulheres, aprisionando-as às teias das construções socioculturais.  Assim, a docente se reinventa e passa a se engajar numa luta social/acadêmica, buscando contribuir em processos formativos sócio culturais e políticos que visam desestabilizar os estereótipos de gênero, de raça, de classe social e outros marcadores que atingem particularmente as mulheres nos espaços das Ciências Exatas e Tecnológicas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Márcia Barbosa de Menezes, UFBA

Possui graduação em Matemática pela Universidade Federal da Bahia (1988) e mestrado em Matemática pela Universidade Federal da Bahia (1996). Doutorado em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo - PPGNEIM / UFBA (2015) . Atualmente é professora Titular do Departamento de Matemática da Universidade Federal da Bahia e Pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM/UFBA).

Referências

BANCO MUNDIAL. Afrodescendentes na América Latina: rumo a um Marco de Inclusão. Washington, DC: World Bank, 2018.

BARBOSA, Márcia C. B.; ALVES, Maiara R.; LINDER, Edson L. Diversidade e percepção de igualdade de gênero nos cursos de ciências exatas da UFRGS. Revista Brasileira de Ensino, Ciência e Tecnologia, Ponta Grossa, v.16, p. 1-21, 2023.

COLLINS, Patrícia H. Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Revista Sociedade e Estado, Brasília, v. 31, n.1, p. 99-127, jan./abr. 2016.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: RIOS, Flavia; LIMA, Márcia (Orgs). Por um feminismo afro-latino-americano. Rio de Janeiro: Zahar, 2020, p. 75-93.

HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, São Paulo, v.5, p. 07-41, 1995.

HARDING, SANDRA. A instabilidade das categorias analíticas na teoria feminista. Revista Estudos Feministas, n.1, p. 7-31, 1993.

HOOKS, bell. O Feminismo é Para Todo Mundo – políticas arrebatadoras. 12ª ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2020.

HUBBARD, Ruth. Algumas ideias sobre a masculinidade das Ciências Naturais. In: GERGEN, Mary McC. (Org). O pensamento feminista e a estrutura do conhecimento. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos Editora da UNB, 1993, p. 21-36.

LIMA E SOUZA, Ângela Maria Freire de; MENEZES, Leopoldina Cachoeira; MENEZES, Márcia Barbosa de. Quem ensina matemática? Notas preliminares sobre uma investigação quantiqualitativa em Salvador-Bahia. REDOR XX, Salvador: REDOR, 2018, Salvador. Disponível em: http://www.sinteseeventos. com.br/ site/index. php/acervo/anais/anaisredor. Acesso em: 20 abr. 2020.

LOURO, Guacira L. Gênero, sexualidade e educação: das afinidades políticas às tensões teórico -metodológica. Educação em Revista. Belo Horizonte, n. 46. p. 201-218, dez. 2007.

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 1 ed., Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

KELLER, Evelyn Fox. Reflexiones sobre Género y Ciencia. Valencia-Espanha: Ed.Alfons El Magnanim, 1991.

KELLER, Evelyn Fox. “Qual foi o impacto do feminismo na ciência?” Cadernos Pagu, n. 27, p.13-34, jul-dez., 2006.

MENEZES, Márcia Barbosa de. A matemática das mulheres: as marcas de gênero na trajetória profissional das professoras fundadoras do Instituto de Matemática e Física da Universidade da Bahia (1941-1980). 1ª ed. Salvador: EDUFBA, 2019.

MENEZES, Waléria. O Preconceito Racial e suas Repercussões na Instituição Escola. Cadernos de Estudos Sociais, Recife, vol. 19, n.1, p. 95-106, jan./jun. 2003. Disponível em: https://periodicos.fundaj.gov.br/CAD/article/view/1311/1031. Acesso em: 15 abr. 2020.

NÓVOA, António. Os professores e as histórias da sua vida. In: NÓVOA, António (Org). Vidas de Professores. Coleção Ciências da Educação. Portugal: Porto Editora, 1992, p.11-30.

OLINTO, Gilda. A inclusão das mulheres nas carreiras de ciência e tecnologia no Brasil. Revista Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), Brasília, v. 5, n. 1, p.68-77, jul./dez. 2011. Disponível em http://revista.ibict.br/inclusao/article/view/1667/1873 Acesso em 20 abr. 2020.

RAGO, Luzia M. A aventura de contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas, São Paulo: Editora da Unicamp, 2013.

REVISTA MULHERIO: O trabalho dignifica o homem. Já a mulher, quem dignifica? Ano 2, n.7, maio/jun. 1982. Disponível em https://www.fcc.org.br/conteudosespeciais/mulherio/capas2.html. Acesso em: 13 abr. 2020.

SARDENBERG, Cecilia B.; História e Memória do Feminismo Acadêmico no Brasil: o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher – NEIN/UFBA (1983-2020). Revista Feminismos. v.8, n.3, p. 82-121, set. – dez. 2020.

SARDENBERG, Cecilia B.; MACÊDO, MÁRCIA S. Interdisciplinaridade e Estudos Feministas: uma relação em construção na Universidade Federal da Bahia. In: TAVARES, M.S.; SOUZA, A.M.F.L. (Orgs). Diálogos interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo. Salvador: EDUFBA, 2022, p. 21-53.

SAFFIOTI, Heleieth. I. B. Rearticulando Gênero e Classe Social. In: COSTA, Albertina; BRUSCHINI, Cristina (Orgs). Uma questão de gênero. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos e Fundação Carlos Chagas. 1992, p. 183-215.

SCHIEBINGER, Londa. O Feminismo mudou a ciência? São Paulo: EDUSC, 2001.

SCOTT, Joan W. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Educação e Realidade. Porto Alegre, v.16, n.2, p.5-22, jul-dez.,1995.

SILVA, Juliana M. S.; Interseccionalidades e Maternidade na Universidade Federal Da Bahia Anais 16 º Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia. UFCG/UEPB, Campina Grande, Paraíba, p. 1-18, 2018.

SOUZA - LOBO, Elizabeth. A Classe Operária tem Dois Sexos: trabalho, dominação e resistência. 3ª ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, Editora Expressão Popular, 2021.

SOUZA, Regis Glauciane S. de; VANIN, Iole M. Sujeitos de conhecimento e o Protagonismo Histórico: considerações sobre a crítica feminista nas ciências e suas contribuições metodológicas para a educação. In: RISCAROLI. Eliseu (Org). Docência e Práticas Pedagógicas: percursos, reflexões e experiências no cotidiano da educação. Curitiba: CRV, 2020, p.81-99.

SOUZA, Regis Glauciane S, de. Por uma Pedagogia feminista: da estrutura à resistência. Revista JNT Facit Busines and Technology Journal da Faculdade de Ciências do Tocantins. Tocantins, ed. 44, v. 1, p.317-335, ago. 2023.

Downloads

Publicado

2024-05-16

Como Citar

MENEZES, M. B. de. EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS: UMA MATEMÁTICA NOS ESTUDOS FEMINISTAS. Revista Feminismos, [S. l.], v. 11, n. 2, 2024. DOI: 10.9771/rf.v11i2.56540. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/56540. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: 40 Anos de NEIM