ESCREVIVÊNCIAS DE UMA PROFESSORINHA: VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL DURANTE A PANDEMIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/rf.v10i1.45596

Resumo

O artigo é um relato da minha experiência como mulher, negra e professora da educação infantil durante a pandemia em relação às questões étnico-raciais e de gênero. O trabalho pedagógico durante a pandemia da Covid-19 teve/tem muitas limitações no fazer docente para mediar aprendizagens/desaprendizagens com crianças da educação infantil na rede pública municipal. Isso porque, para fazer uma educação antirracista, antissexista, dentre outros assuntos que tenham a ver com a convivência e com as diferenças, requisita-se o trabalho com conteúdos procedimentais e atitudinais. No texto, também apresento como a pandemia interferiu na minha vida pessoal-profissional e como foi possível seguir a vida sem sucumbir exclusivamente às tristezas produzidas durante a pandemia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Amanaiara Conceição de Santana Miranda, Secretaria Municipal de Educação

Professora da Educação Infantil na Secretaria Municipal de Educação – SMED, Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPG-Neim) e Doutora pelo Programa de Pós-Graduação Multi-institucional e Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento (DMMDC), ambos pela Universidade Federal da Bahia. Pesquisadora associada ao grupo Núcleo de pesquisa Enlace (UNEB), ao Núcleo de Estudos Africanos e Afro-brasileiros em Línguas e Culturas – NGEALC (UNEB) e ao Núcleo de Pesquisa e Extensão em Cultura e Sexualidade - NuCus (UFBA).

Referências

BAHIA. Secretaria da Saúde. Bahia confirma primeiro caso importado do Novo Coronavírus (Covid-19). Secretaria da Saúde, 06 mar. 2020. Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/

/03/06/bahia-confirma-primeiro-caso-importado-do-novo-coronavirus-Covid-19/. Acesso em: 10 jul. 2021.

BARBOSA, Laura Monte Serrat; CARLBERG, Simone. O que são consignas? Contribuições para o fazer pedagógico. Curitiba: InterSaberes, 2014.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Revista Educação & Realidade, Porto

Alegre, v. 20, n. 2, p. 133-184, jul./dez. 2002.

BRASIL. Ministério da Educação. Parecer CNE/CP nº 5/2020, aprovado em 28 de abril de 2020. Brasília, DF, 2020. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/pec-g/33371-cne-conselho-nacional-de-educacao/85201-parecercp2020#:~:text=Parecer%20CNE%2FCP%20n%C2

%BA%205,da%20Pandemia%20da%20COVID%2D19. Acesso em: 10 jul. 2021.

DAVIS, Ângela. Si llegan por ti em lamañana. Vendrán por nosotros em la noche. 3. ed. Ciudad de México: SigloVeintiuno Editores, 1976.

EVARISTO, Conceição. Entrevista. Revista Conexão Literatura, n. 24, jun. 2017.

FONSECA, Edi. Interações: com olhos de ler, apontamentos sobre a leitura para a prática do professor da Educação Infantil. São Paulo: Blucher, 2013. (Coleção Interações).

FOUCAULT, Michel. A Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.

FRASER, Nancy. Mapeando a imaginação feminista: da redistribuição ao reconhecimento e à representação. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 15, n. 2, p. 291-308, maio/ago. 2007a. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/381/38115202.pdf. Acesso em: 2 fev. 2019.

FRASER, Nancy. Reconhecimento sem ética? Lua Nova, São Paulo, n. 70, p. 101-138, 2007b. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64452007000100006&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 1 fev. 2019.

FRASER, Nancy. Reenquadrando justiça em um mundo globalizado. Lua Nova, São Paulo, n. 77, p. 11-39, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ln/n77/a01n77.pdf. Acesso em: 10 fev. 2019.

HARAWAY, Donna. Manifesto do ciborgue Ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: HARAWAY, Donna; SILVA, Tomaz Tadeu. Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. Organização e tradução: Tomaz Tadeu. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Educação, ludicidade e prevenção das neuroses futuras: uma proposta pedagógica a partir da Biossíntese. In: LUCKESI, Cipriano Carlos (Orgs.). Ludopedagogia – Ensaios 1: Educação e Ludicidade. Salvador: Gepel, 2000.

MADSEN, Nina. A construção da agenda de gênero no sistema educacional brasileiro (1997-2007). Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Brasília, Brasília, 2008. Disponível em: http://repositorio.

unb.br/bitstream/10482/5127/1/2008_NinaMadsen.pdf. Acesso em: 13 out. 2017.

MATTA, Gustavo Corrêa M; REGO, Sergio; SOUTO, Ester Paiva; SEGATA, Jean (Eds). Os impactos sociais da Covid-19 no Brasil: populações vulnerabilizadas e respostas à pandemia [online]. Rio de Janeiro: Observatório Covid 19; Editora FIOCRUZ, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.7476/9786557080320. Acesso em: 28 jun. 2021.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da Percepção. Tradução: Carlos Alberto Ribeiro de Moura. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

MIRANDA, Amanaiara Conceição de Santana. As experiências/aprendizagens com/sobre as crianças no cotidiano escolar: a infância e as relações de gênero narradas por uma hermeneuta. 2018. 292 f. Tese (Doutorado Multi-institucional e Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento) – Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, 2018.

MOURA, Gabriel. Grávida é baleada 3 vezes por policial durante ação em São Tomé de Paripe. Correio 24 horas, 28 jul. 2021. Disponível em: https://www.correio24horas.com.

br/noticia/nid/gravida-e-baleada-3-vezes-por-policial-durante-acao-em-sao-tome-de-paripe/. Acesso em: 19 jul. 2021.

PIEDADE, Vilma. Dororidade. São Paulo: Editora Nós, 2017.

SALVADOR, César Coll. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Tradução: Emília de Oliveira Dihel. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

SANTOS, Luís Carlos Ferreira dos; OLIVEIRA, Eduardo David de. Paisagens Filosóficas Africanas: Filopoética da Libertação como Disputa de Imaginário. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as, [s.l.], v. 12, n. 31, fev. 2020. Disponível em: http://abpnrevista.org.br/revista/index.php/revistaabpn1/article/view/833. Acesso em: 13 jul. 2021.

SARDENBERG, Cecília Maria B. Da Crítica Feminista à Ciência a uma Ciência Feminista? In: COSTA, Ana Alice A.; SARDENBERG, Cecília Maria B. (Orgs.). Feminismo, Ciência e Tecnologia. Salvador: REDOR/NEIM/FFCH/UFBA, 2002. p. 89-120.

SCOTT, Joan. W. Experiência. In: SILVA, Alcione L.; LAGO, Mara C. S.; RAMOS, Tânia Regina O. (Orgs.). Falas de gênero: teorias, análises e leituras. Florianópolis: Mulheres, 1999. p. 01-23.

SIMONI, Mateus. Secretário diz que melhores alunos das universidades não querem ser professores; APLB repudia. Metro 1, 28 set. 2020. Disponível em: https://www.metro1.com.br/noticias/cidade/97857,secretario-diz-que-melhores-alunos-das-universidades-nao-querem-ser-professores-aplb-repudia. Acesso em: 25 jul. 2021.

SOUZA, Regis Glauciane S. Gênero e Mulheres nas Universidades: um estudo de casos na UFBA. 2014. 199 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Interdisciplinares sobre Gênero, Mulheres e Feminismo) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2014.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa. Como ensinar. Tradução: Ernani F. da F. Rosa. Porto Alegre: ARTMED, 1998.

Downloads

Publicado

2022-07-01

Como Citar

MIRANDA, A. C. de S. ESCREVIVÊNCIAS DE UMA PROFESSORINHA: VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL DURANTE A PANDEMIA. Revista Feminismos, [S. l.], v. 10, n. 1, 2022. DOI: 10.9771/rf.v10i1.45596. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/45596. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

DEPOIMENTOS