O FEMINISMO RADICAL OU A UTOPIA DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ANTIGO EGITO?

Autores

  • Gregory da Silva Balthazar Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

A egiptologia nasceu no dia 22 de setembro de 1822, quando o filólogo francês Jean François Champollion comunicou à Académie Française des Beaux-Arts a decifração dos hieróglifos. Contudo, foi somente na segunda metade do século XX, com a emergência da segunda onda do movimento feminista, que a egiptologia passou a se questionar sobre o lugar reservado às mulheres no antigo Egito. A partir de uma revisão historiográfica, problematizaremos os desdobramentos do discurso feminista no desenvolvimento da escrita egiptlógica, com especial enfoque nos usos políticos do singular papel das mulheres egípcias na antiguidade para a legitimação de reivindicações de emancipação social do feminismo radical.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gregory da Silva Balthazar, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Referências

BAMBERGER, Joan. The Myth of Matriarchy: Why Men Rule in Primitive Society. In: ROSALDO, Michele & LAMPHERE, Louise. Women, Culture, and Society. California: Stanford University Press, 1974, p. 263–280.

BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

CONNELL, Raewyn. Como Teorizar o Patriarcado. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 16, nº 2, pp. 85-93, 1990.

COONEY, Kathlyn. The Problem of Female Rebirth in New Kingdon Egypt: The Fragmentation of the Female Individual in her Funerary her Funerary Equipment. In: GRAVES-BROWN, Carolyn. Sex and Gender in Ancient Egypt: ‘Don You Wig for a Joyful Hour’. Swansea: The Classical Press of Wales, 2008, pp. 1-25.

D’EAUBONNE, Françoise. As Mulheres Antes do Patriarcado. Lisboa: Veja Universidade, 1977.

DELPHY, Christine. Patriarcado. In: HIRATA, Helena; LABORIE, Françoise; LE DOARÉ, Hélène ; SENOTIER, Danièle. Dicionário Crítico do Feminismo. São Paulo: Editra da Unifesp, 2009, p. 173-178.

DESCARIE, Francine. Teorias Feministas: Liberação e Solidariedade no Plural. Textos de História, v. 8, nº 1/2, pp. 9-44, 2000.

DuQUESE, Terence. Power of their Own: Gender and Social Roles in Provincial New Kingdom Egypt. In: GRAVES-BROWN, Carolyn. Sex and Gender in Ancient Egypt: ‘Don You Wig for a Joyful Hour’. Swansea: The Classical Press of Wales, 2008, pp. 63-70.

ENGELS, Friedrich. A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. São Paulo: Global Editora, 1984.

FLUEHR-LOBBAN, Carolyn. A Marxist Rapprasil of the Matriarchate. Current Anthropology, v. 20, nº 2, pp. 341-359, 1979.

GARRETAS, Maria Milagros. Nombrar el Mundo en Feminino: Pensamento de las Mujres y Teoria Feminista. Barcelona: Icaria Editora, 1994.

GILMAN, Charlotte Perkins. Herland: Terra de Mulheres. São Paulo: Francisco Alves, 1981.

HOURNUNG, Erik. O Rei. In: DONADONI, Sergio. O Homem Egípcio. Lisboa: Editorial Presença, 1994, pp. 237-262.

JOHNSON, Janet. The Legal Status of Women in Ancient Egypt. In: CAPEL, Anne & MARKOE, Glenn. Mistress of the House, Mistress of Heaven: Women in Ancient Egypt. New York: The Brooklyn Museum, 1996, p. 175-186.

KELLY, Joan. Early Feminist Theory and the Querelle des Femmes, 1400-1789. Sings, v. 8, nº 1, pp. 4-28, 1982.

LESKO, Barbara. The Remarkable Women of Ancient Egypt. Providence: Scribe, 1987.

__________. The Remarkable Women of Ancient Egypt. Providence: Scribe, 1996.

KERGOAT, Daniéle. Divisão Sexual do Trabalho e Relações Sociais de Sexo. In: HIRATA, Helena; LABORIE, Françoise; LE DOARÉ, Hélène ; SENOTIER, Danièle. Dicionário Crítico do Feminismo. São Paulo: Editra da Unifesp, 2009, p. 67-75.

MATOS, Maria Izilda. Por uma História das Mulheres. Bauru: Edusc, 2000.

MAY, Ann Mari. Gender and the Political Economy of Knowledge. In: BETTIO, Francesca. The Frontiers in the Economics of Gender. London and New York: Routledge, 2008,pp. 267-285.

MURRAY, Margaret. Royal Marriages and Matrilineal Descent. The Journal of the Royal Anthropological Institute of Great Britain and Ireland, v. 45, pp. 307-325, 1915.

NOBLECOURT, Christiane. A Mulher no Tempo dos Faraós. Campinas: Papirus Editora, 1994.

PEDRO, Joana Maria. Traduzindo o Debate: O Uso da Categoria Gênero na Pesquisa Histórica. História, São Paulo, v. 24, nº 1, pp. 77-98, 2005.

PERROT, Michelle. As Mulheres e os Silêncios da História. Bauru: Edusc, 2005.

__________. Escrever uma História das Mulheres: Relatos de uma Experiência. Cadernos Pagu, n. 4, pp. 9-28, 1995.

ROBINS, Gay. Women in Ancient Egypt. Cambridge: Harvard University Press, 1996.

SCHIENBINGER, Londa. O Feminismo Mudou a Ciência? Bauru: Edusc, 2001.

SCOTT, Joan. El Problema de la Invisibilidad. In: ESCANDÓN, Carmen Ramos. Género y Historia. Mexico: Universidad Antónoma Metropolitana, 1992, p. 38-65.

__________. História das Mulheres. In: BURKE, Peter. A Escrita da História. São Paulo: Editora UNESP, 1992.

__________. “La Querelle des Femmes” no Final do Século XX. Revista de Estudos Feministas, v. 9, n. 2, pp. 367-388, 2001.

SWAIN, Tânia Navarro. História: Construção e Limites da Memória Social. In: RAGO, Margareth & FUNARI, Pedro Paulo. Subjetividades Antigas e Modernas. São Paulo: Annablume, 2008, pp. 29-46.

WATTERSOM, Barbara. Women in Ancient Egypt. London: Wrens Park, 1998.

Downloads

Publicado

2018-01-18

Como Citar

BALTHAZAR, G. da S. O FEMINISMO RADICAL OU A UTOPIA DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ANTIGO EGITO?. Revista Feminismos, [S. l.], v. 5, n. 2/3, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/30115. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos