A construção do conceito de Tecnologia Assistiva: alguns novos interrogantes e desafios

Autores

  • Teófilo Alves Galvão Filho Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.9771/2317-1219rf.v2i1.7064

Palavras-chave:

Tecnologia Assistiva, tecnologias educacionais, acessibilidade, aprendizado.

Resumo

A trajetória do processo de sistematização, construção e formulação do conceito de Tecnologia Assistiva (TA) tem passado por diferentes fases. Vivencia-se atualmente um período no qual a TA adquire uma nova dimensão, passando a estar presente em diferentes agendas e em diferentes setores da realidade nacional. Esse crescimento do interesse e da presença da TA traz consigo a necessidade de que seja dada continuidade a busca de uma precisão conceitual cada vez maior. Essa necessidade se revela principalmente por diferentes desafios e distorções encontradas, que apresentam implicações não somente filosóficas ou metodológicas, mas também implicações econômicas. Uma questão de fundo que se destaca em meio às polêmicas atuais sobre a TA seria: poderia a TA ter uma função específica de promover, diretamente, o aprendizado de estudantes com deficiência, ou seja, de ser uma “Tecnologia Assistiva educacional”? As proposições de Vygotsky referentes aos diferentes tipos de mediação são úteis para situar a TA como um tipo de mediação instrumental, e, por outro lado, situando no campo das mediações simbólicas todas as estratégias e mediações pedagógicas, com as tecnologias educacionais, que estão relacionadas com os processos não concretos, mas simbólicos, que dependem do aprendizado, e também conduzem a ele. A partir dessa percepção, pode-se conceber que a superação, por um estudante, das dificuldades referentes às funções cognitivas, mesmo quando comprometidas por uma deficiência, está relacionada às estratégias pedagógicas e à tecnologia educacional para o acesso aos conhecimentos e ao aprendizado, e não à Tecnologia Assistiva.

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Biografia do Autor

Teófilo Alves Galvão Filho, Universidade Federal da Bahia

Doutor e Mestre em Educação pela Universidade Federal da Bahia - UFBA, Especialista em Informática na Educação pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL e Graduado em Engenharia pela Universidade Católica de Pelotas – UCPel. É professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Educação (Mestrado e Doutorado) da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (PPGE/FACED/UFBA), ministrando a disciplina "Educação e Tecnologia Assistiva" e orientando alunos do Programa. É pesquisador do grupo de pesquisa cadastrado no CNPq "Educação Inclusiva e Necessidades Educacionais Especiais" (GEINE/PPGE/UFBA). Atualmente realiza o Pós-Doutorado na Universidade Federal da Bahia com o apoio da CAPES (Programa Nacional de Pós-Doutorado - PNPD/CAPES) e compõe a equipe do NAPE - Núcleo de Apoio ao Aluno com Necessidades Educacionais Especiais da UFBA. Tem atuado como consultor nas áreas de Tecnologia Assistiva, Educação Inclusiva e Políticas de Inclusão Social. É membro do Comitê de Ajudas Técnicas da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Publicado

2013-08-20

Como Citar

Galvão Filho, T. A. (2013). A construção do conceito de Tecnologia Assistiva: alguns novos interrogantes e desafios. Revista Entreideias: Educação, Cultura E Sociedade, 2(1). https://doi.org/10.9771/2317-1219rf.v2i1.7064

Edição

Seção

Artigos