Concepções sobre deficiência por estudantes de licenciatura em Pedagogia
DOI:
https://doi.org/10.9771/re.v12i01.45105Palavras-chave:
Concepções, Deficiência, Formação DocenteResumo
A universidade pública deve propagar ações inclusivas destinadas às pessoas com deficiência. As sociedades atuais têm privilegiado modelos que valorizam a produtividade e a perfeição em detrimento do respeito à di- ferença. Em diferentes realidades, é comum evidenciar inúmeras conquistas normativas. Todavia, preceitos e ações excludentes são igualmente presentes nas relações e nos discursos sociais, localizando a deficiência estritamente no organismo. Os objetivos deste estudo foram conhecer as concepções sobre deficiência de estudantes de Licenciatura em Pedagogia do campus Guamá da Universidade Federal do Pará, situado em Belém/PA, e fazer um levan- tamento da formação inicial recebida por estes alunos acerca da educação especial. Foram entrevistados 14 estudantes, sendo dois de cada ano letivo, compreendendo o período eleito entre os anos de 2017 e 2020. As respostas foram organizadas em três eixos temáticos: concepções sobre a deficiência; formação inicial docente; e concepção sobre o preconceito. A análise das entrevistas indicou as seguintes concepções: metafisica, biológica, social e justaposta. Com o maior índice de concordância voltado para a concepção biológica. Nota-se que, mesmo dentro do contexto universitário, que é rico em diversidade, alguns discentes ainda estão em processo de elaboração e formação de conceito em relação à deficiência, e muitos ainda atribuem a deficiência somente ao organismo. Os resultados desta pesquisa permitiram reconhecer como um pequeno grupo de estudantes compreende alguns as- suntos relevantes, como: a deficiência, a inclusão, o preconceito e formação inicial.
Downloads
Referências
BALEOTTI, L. R.; OMOTE, S. A concepção de deficiência em discussão: ponto de vista de docentes de Terapia Ocupacional. Cadernos de Terapia Ocupacional, 22(1), 71-78, 2014.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, Licenciatura. Resolução CNE/CP.no 5, 13 dez. 2005.
BRASIL, Decreto n°6.949, de 25/8/2009 de 25 de Agosto 2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm > Acesso em: 25 de Agosto de 2020.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Resolução CNE/CP no 1, 15 mai. 2006.
BRASIL, (*) Resolução CNE/CP 1/2006. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de maio de 2006, Seção 1, p. 11. http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf Acesso em: 25 de Agosto de 2020.
BRASIL. Ministério da Justiça/CORDE. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília, 1994.
BRASIL, Lei da Inclusão Brasileira. N° 12.146, de 6 de julho de 2015. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm> Acesso em: 25 de Agosto de 2020.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. (2013). Disponivel em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-nova-pdf&Itemid=30192> Acesso em: 25 de Agosto de 2020
CASTRO, S. A representação social de professores de alunos incluídos em rede regular de ensino. Monografia (Conclusão de curso de especialização em Educação Especial na área da Deficiência Mental) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria/RS, 2002.
DEIMLING, N. N. M. (2013). A educação especial nos cursos de pedagogia: considerações sobre a formação de professores para a inclusão escolar. Educação Unisinos, 17(3), 238-249.
DINIZ, D. O que é deficiência. 1ª. Ed. São Paulo: Editora Brasiliense (Coleção Primeiros Passos), 2007. V. 1. 89p.
FIGUEIRÓ, R. F. S. (2007). O paraplégico no mercado de trabalho – a percepção dos trabalhadores sem deficiência motora: Contribuições da enfermagem para a equipe multidisciplinar (Tese de doutorado). Escola de Enfermagem Anna Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ.
GESSER, M; NUERNBERG, A.H.; TONELLI, M.J.F. A contribuição do modelo social da deficiência á psicologia social. Psicologia social, Belo Horizonte, v. 24, n. 3, 2012.
LEITE, L. P.; LACERDA, C. B. F. A construção de uma escala sobre as concepções de deficiência: procedimentos metodológicos. Revista Psicologia USP. V. 29, n. 3, p. 432-441, 2018
MOREIRA, M. H. B. Uma análise do serviço de ensino itinerante de apoio pedagógico a inclusão escolar na rede municipal de Araraquara. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2006
OLIVEIRA, A. A. S. (2004). O conceito de deficiência em discussão: representações sociais de professores especializados. Revista Brasileira de Educação Especial, 10(1), 59-74.
Universidade Federal do Pará. (2010). Curso de Licenciatura em Pedagogia: Projeto Politico Pedagógico do Curso. Acesso em: <http://faed.ufpa.br/arquivos/Acad%C3%AAmico2/PPCPedagogia.pdf> Acesso em: 25 de Setembro de 2020.
VYGOTSKY, Lev S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989
VYGOTSKY, L. S. (1997). Fundamentos da defectologia. In L. S. Vygotski, Obras escogidas (Tomo V). Madrid, España: Visor. (Trabalho original publicado em 1934)