Pelo direito (ou seria desejo?) de ser Bio – capturado

Autores

  • Geórgia de Souza Tavares Universidade Federal do Piauí

DOI:

https://doi.org/10.9771/re.v7i3.26523

Palavras-chave:

Identidade, Corpo, Subjetivação, Ensino de Biologia

Resumo

O ensino de ciências e biologia, ao ensinar sobre a ‘vida’, ensina também sobre corpos, e acaba por construir/reforçar o ensino de um corpo padrão, um corpo normal. Como a biologia, área de nosso interesse direto, vem contribuindo para demarcações de fronteiras? Entre os que são considerados patológicos e os normais, por exemplo? Entre os que podem ‘acompanhar o conteúdo’ escolar sem ‘atrapalhar’ e os que ‘dão mais trabalho’? Como constrói posições de sujeito ancoradas nas ditas verdades científicas? Este texto pretende tencionar a segurança das identidades que ocupamos, desnaturalizar as bio-capturas que não param de nos dizer de lugares fixos, problematizar o possível engessamento que a vertente classificacionista da biologia possa gerar. Utilizando como empiria produções como filmes, instalações artísticas e matérias de revistas, propõe lançar outros olhares por sobre aquilo que afirmamos ser com muita veemência, desestabilizar algumas certezas que o ensino da vida, a Biologia, ajuda a fixar.

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Publicado

2018-12-18

Como Citar

Tavares, G. de S. (2018). Pelo direito (ou seria desejo?) de ser Bio – capturado. Revista Entreideias: Educação, Cultura E Sociedade, 7(3). https://doi.org/10.9771/re.v7i3.26523

Edição

Seção

Nº temático ensino de biologia:políticas de formação e formação política(final.)