Nelson Rodrigues e Suzana Flag: de quem é a voz no romance autobiográfico Minha Vida?
Resumo
O texto a seguir é uma visita a propostas de análise literária de Bakhtin (1998) e Jauss (1994), que tratam o romance como um gênero dialógico por excelência – seja dentro dos limites do texto, através das vozes dos personagens, ou fora dos limites do texto através das recepções da série literária na qual o romance se insere. Nessa perspectiva, o romance Minha Vida é situado no conjunto da obra de Nelson Rodrigues, visando compreender as especificidades do público e o modo como o autor se dirigiu ao mesmo.
Palavras-chave: Plurilinguismo; Horizonte de expectativa; Distância estética, Discurso prosaico.
Abstract: This text visits the Bakhtin's and Jauss's literary analytical proposals, which threat novel as the dialogical genre par excellence - whether inside of text's limits, through voices of the characters, or outside of them, through the receptions of the literary series in which the novel is situated. In this perspective, the novel Minha Vida”is situated in the set of Nelson Rodrigues’s works, in or order to comprehend the specificities of the public and the manner for which the author drove itself to it.
Key-words: Plurilinguism; Horizon of expectations; Aesthetic distance; Prosaic speech.