Avaliação da função pulmonar em pacientes hospitalizados no pós-operatório de cirurgia cardíaca
DOI :
https://doi.org/10.9771/cmbio.v1i1.29315Mots-clés :
Pós-operatório de cirurgia cardíaca. Função pulmonar. Complicações pulmonares. Capacidade vital forçada. Pico de fluxo expiratório.Résumé
Introdução: A disfunção pulmonar no pós-operatório de cirurgia cardíaca continua sendo uma das mais importantes causas de morbidade, sendo que o comprometimento da função pulmonar, nessa circunstância, é frequente e contribui, significativamente, para o aumento do tempo de permanência hospitalar. O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento da função pulmonar em pacientes adultos hospitalizados, submetidos à cirurgia cardíaca por esternotomia mediana, no momento a alta da unidade tratamento intensivo, comparado ao quarto dia após a alta dessa unidade. Metodologia: O estudo foi realizado em uma unidade de pós-operatório de cirurgia cardiovascular, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. O Termo de Consentimento Livre Esclarecido foi obtido em todos os casos. Incluíram-se pacientes maiores de 18 anos, submetidos à cirurgia cardíaca eletiva. A função pulmonar foi realizada na alta da unidade de tratamento intensivo e, posteriormente, repetida no quarto dia. A função pulmonar foi mensurada pela capacidade vital forçada, pico de fluxo expiratório, além de variáveis do exame físico, como frequência respiratória e ausculta pulmonar. Resultados: 94 pacientes foram submetidos à cirurgia cardíaca eletiva via esternotomia mediana. A média (desvio padrão) de idade foi 50,64 (16,53) anos, com predomínio do sexo masculino (52,1%). A mediana (Q1-Q3) do tempo de permanência na unidade de tratamento intensivo foi de 2,00 dias (2,00-3,00), ao passo que a mediana (Q1-Q3) do tempo de permanência hospitalar foi de 6,00 dias (5,00-8,00). A mediana (Q1-Q3) da capacidade vital forçada e do fluxo respiratório, obtida pela espirometria no pós-operatório, no momento da alta, foi significativamente menor quando comparada ao quarto dia após alta da unidade de tratamento intensivo (p< 0,01). O tempo de permanência na unidade, assim como o tempo de permanência hospitalar não impactou na evolução das variáveis de função pulmonar. Conclusão: A função pulmonar é potencialmente reduzida no período inicial após a cirurgia cardíaca, com evolução gradual, e de recuperação lenta, no curso da recuperação cirúrgica. A manutenção desses valores reduzidos a níveis não críticos por um período prolongado no pós-operatório parece não afetar o desempenho dos pacientes, no que tange a capacidade de respirar profundamente e na efetividade de tosse.
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