Análise comparativa entre hábitos alimentares e condições socioeconômicas no controle glicêmico de crianças com diabetes melito tipo 1: capital x interior da Bahia

Autores

  • Eugênia da Silva Lima UFBA
  • Caroline Ferreira Guerreiro
  • Albert Ramon Oliveira Santos
  • Carlos Jefferson do Nascimento Andrade
  • Crésio de Aragão Dantas Alves

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v16i3.24367

Palavras-chave:

Criança. Diabetes Mellitus Tipo 1. Glicemia. Hábitos alimentares. Condição socioeconômica.

Resumo

Objetivo: conhecer os hábitos alimentares e as condições socioeconômicas de crianças com diabetes melito tipo 1 (DM1) e as possíveis diferenças entre as que residem na capital e as do interior do estado da Bahia. Metodologia: estudo de corte transversal realizado entre abril e agosto de 2013, nos Serviços de Endocrinologia Pediátrica de dois hospitais públicos universitários de Salvador, Bahia. As condições socioeconômicas foram obtidas por meio do Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB) e as características sociodemográficas e os hábitos alimentares foram mensurados por um questionário estruturado para pesquisa. Estas variáveis foram comparadas aos resultados da hemoglobina glicada (HbA1c). Resultados: participaram do estudo 68 crianças portadoras de DM1, das quais a maioria 36 (52,9%) residiam no interior do estado e 32 (47,1%) são oriundas de Salvador. Quando comparado o controle glicêmico, com base na localidade, constata-se no grupo residente em Salvador um maior número de crianças (9) com valores de HbA1c dentro dos parâmetros adequados (13,2%), já no grupo de crianças residentes no interior da Bahia o controle glicêmico dentro das condições estabelecidas pela ADA foi percebido apenas em 4 (5,9%) participantes. Discussão: a residência nas cidades do interior da Bahia, baixo nível de escolaridade e hábitos alimentares precários, foi predominante em relação a capital, pode ser relacionado à falta de serviços públicos especializados nessas localidades. Razões para explicar o mau controle glicêmico em crianças residentes em Salvador, bem como no interior da Bahia, fundamenta-se na realidade que manter níveis mais baixos de HbA1c é uma dificuldade persistente, mesmo para centros de referência. Conclusão: hábitos alimentares e condições socioeconômicas dos participantes do estudo mostraram associação negativa com resultados de HbA1c, o que confirma a importância destas variáveis como preditores do controle glicêmico. Os resultados apresentados servem como subsídios para uma reflexão sobre as políticas e práticas implementadas no estado acerca da alimentação e condições socioeconômicas que assegurem melhores condições de atenção e cuidado para essas crianças, contribuindo assim para um melhor controle glicêmico nessa população.

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Biografia do Autor

Eugênia da Silva Lima, UFBA

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas UFBA.

Caroline Ferreira Guerreiro

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas UFBA.

Albert Ramon Oliveira Santos

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas UFBA.

Carlos Jefferson do Nascimento Andrade

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas UFBA.

Crésio de Aragão Dantas Alves

Professor Associado de Pediatria e Vice-Coordenador do Programa de Pós-graduação Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas. UFBA.

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Publicado

2017-12-19

Como Citar

Lima, E. da S., Guerreiro, C. F., Santos, A. R. O., Andrade, C. J. do N., & Alves, C. de A. D. (2017). Análise comparativa entre hábitos alimentares e condições socioeconômicas no controle glicêmico de crianças com diabetes melito tipo 1: capital x interior da Bahia. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 16(3), 305–311. https://doi.org/10.9771/cmbio.v16i3.24367

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