Tendência temporal da mortalidade por lesões autoprovocadas no Brasil e suas regiões no período de 1980 a 2019
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v21i2.48373Palabras clave:
Suicídio. Estudo de séries temporais. Mortalidade. Automutilação.Resumen
Objetivo: Estimar a tendência temporal da mortalidade por lesões autoprovocadas intencionalmente no Brasil e suas regiões no período de 1980 a 2019. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico de série temporal. Os dados foram provenientes do Sistema de Informação sobre Mortalidade, e foram estratificados segundo faixa etária, ano, local e sexo. Foi calculada a taxa padronizada de mortalidade (TPM) e utilizada para análise de tendência, por intermédio do modelo JoinPoint. Resultados: O Brasil registrou ao longo da série temporal, 297.367 óbitos por lesões autoprovocadas intencionalmente. O sexo masculino apresentou maior quantitativo de óbitos com 231.821 (78,0%), seguido do feminino com 65.546 (22,0%). A tendência temporal média da TPM por suicídio no Brasil foi de crescimento entre homens e mulheres com VPAM de 0,9% e 1,2%, respectivamente (p<0,05). No Norte, a Variação Percentual Anual Média (VPAM) foi de 2,1% para o grupo geral, 2,5% para homens e 1,9% para mulheres (p<0,05). O Nordeste apresentou VPAM=2,7% e 3,0% no grupo geral e masculino, respectivamente (p<0,05). A região sul apresentou aumento somente no grupo geral com VPAM=0,5% (p<0,05), enquanto o Sudeste não apresentou dados significativos. O Centro-oeste apresentou VPAM=1,7%, 1,7% e 1,2% no grupo geral, masculino e feminino, respectivamente. Conclusão: O Brasil apresentou um índice considerável de mortes por lesões autoprovocadas, onde o sexo masculino predominou. As regiões Sul e Centro-oeste apresentaram as maiores médias de TPM em todos os grupos. A tendência temporal média foi de crescimento na maioria das regiões (p<0,05), exceto no Sudeste, no qual foi estacionária (p>0,05).
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