Efeito da pandemia de COVID-19 sobre o bem-estar subjetivo, a prática de exercício físico, o sono e a alimentação
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v23i2.55203Palavras-chave:
SARS-CoV-2, Hábitos de saúde, Exercício físico, Sono, Hábitos alimentaresResumo
Introdução: a pandemia da COVID-19 mudou a vida das pessoas, afetando-lhes o bem-estar subjetivo (BES) e o estilo de vida. No entanto, não existem dados abrangentes sobre a avaliação das esferas do BES atingidas, o índice geral do BES e sua associação com outras variáveis relacionadas ao estilo de vida. Objetivo: avaliar o BES durante a pandemia da COVID-19 e sua relação com a realização de exercícios físicos, o sono e a nutrição. Metodologia: foi realizado um estudo descritivo, com a aplicação de questionário eletrônico a 72 informantes, homens e mulheres de 20 a 60 anos, que foram avaliados quanto ao estilo de vida antes e durante a referida pandemia, sendo o BES avaliado durante a pandemia. Foram realizadas análises descritivas, de associação e de comparação, adotando-se uma significância de p < 0,05. Resultados: a dimensão “afeto negativo” teve a maior pontuação (3,8 ± 0,7) entre as esferas do BES. A pandemia reduziu a prática de exercícios físicos em 61,0% dos participantes que os realizavam antes da pandemia (p < 0,01). Aumento do tempo total de sono (p < 0,01) e melhora da qualidade do sono foram observados durante a pandemia, e os indivíduos que relataram mais tempo de sono disseram que o fizeram para cuidar da saúde (p < 0,01). Em relação aos hábitos alimentares, 79,1% dos participantes consideraram sua dieta saudável, 34,7% melhoraram sua dieta e 58,3% aumentaram seu apetite. Conclusão: houve predomínio de efeitos negativos em relação ao BES, e esse fato pode ser associados à redução da prática de exercícios físicos. O distanciamento social resultou em aumento do TST e não promoveu mudanças nos hábitos alimentares.
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