AS COMPLEXIDADES DO ESTUDO DO LÍTIO GEOGÊNICO

Lítio geogênico e saúde mental

Autores

  • Manoel Jerônimo Moreira Cruz Universidade Federal da Bahia, Departamento de Oceanografia, POSPETRO
  • Maria Orquidia Texeira Neves DECivil/CERENA, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa https://orcid.org/0000-0001-7164-5525
  • Olga Maria Fragueiro Otero Instituto de Geociências Universidade Federal da Bahia https://orcid.org/0000-0002-4448-6925
  • Manuel Vitor Portugal Gonçalves Pós-Graduação em Ambiente, Território e Sociedade, Campus Universidade Católica do Salvador (UCSAL).
  • Lana Caroline Sena Pena Pospetro , Universidade Federal da Bahia https://orcid.org/0000-0001-7244-0441

DOI:

https://doi.org/10.9771/geocad.v15i0.52065

Palavras-chave:

Geologia Médica, Saúde Mental, Elemento Lítio

Resumo

No Brasil, a existências de duas importantes províncias pegmatíticas localizadas uma na região do Seridó, no nordeste do Brasil e outra mais a sudeste, ao norte do estado de Minas Gerais, limites com o estado da Bahia, apresentam referências da presença de Lítio Geogênico.

O Lítio, geogênico, secundário é um elemento químico que ocorre nos reservatórios geoquímicos superficiais, provenientes da ação do intemperismo químico das fases minerais, portadoras deste elemento. O enriquecimento supergênico fornece este elemento para os solos, sedimentos e água, ou seja, para os reservatórios geoquímicos superficiais. O Lítio é um elemento que traz diversos benefícios terapêuticos, entre eles cita-se o tratamento de distúrbios da saúde mental, como na doença afetiva bipolar, na prevenção de alterações do comportamento, podendo ser relacionado em alguma medida, na redução do suicídio e violência.

O suicídio é a décima causa de morte em todo o mundo. As taxas de suicídio variam muito de país para país e de regiões dentro de um país. O Brasil possui uma das menores taxas de suicídio mundial, no entanto esses números vêm aumentando em torno de 30%, nas últimas décadas.

As relações entre o Lítio e saúde mental podem ser abordadas pela geoquímica médica, que é um novo campo da Geologia, que investiga a distribuição dos materiais geológicos e as possíveis influências sobre a saúde humana. Este artigo apresenta as dificuldades da tentativa de relacionar os constatados teores de Lítio geogênico, existentes no Nordeste do Brasil, com os números das estatísticas de suicídio de levantamentos do sistema de saúde Brasileiro.

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Biografia do Autor

Manoel Jerônimo Moreira Cruz, Universidade Federal da Bahia, Departamento de Oceanografia, POSPETRO

Professor Titular da Universidade Federal da Bahia. Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal da Bahia (1976), Mestrado em Geologia pela Universidade Federal da Bahia (1983), Doutorado em Petroquímica pela Universite Pierre & Marie Curie, Paris VI (1989) e pós-doutorado na Universidade de Montpellier em petrogeoquímica. Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal da Bahia, Professor Permanente do Pospetro UFBA.Tem experiência na área de Geociências, ênfase em mapeamento geológico básico, estudo de corpos básicos de natureza gabro-anortosítica e mineralizações associadas, atua também na área da química mineral, litogeoquímica, hidrogeoquímica. Atualmente se dedica à geoquímica das interfaces, geoquímica ambiental, no estudo da qualidade das águas, vulnerabilidade de aquíferos, recuperação de áreas degradadas e geoquímica médica.

Maria Orquidia Texeira Neves, DECivil/CERENA, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa

Orquídia Neves, licenciada em Engenharia Geológica (Univ. Aveiro, Portugal), mestre em Geoquímica (Univ. Aveiro, Portugal) e doutorada em Engenharia de Minas pelo IST (Universidade Técnica de Lisboa, Portugal), onde é atualmente Professora Auxiliar e pesquisador do CERENA (Centro de Recursos Naturais e Ambiente). A principal atividade científica é a Geoquímica Ambiental, em investigação relacionada com a caracterização química da mineração, poluição industrial e agrícola, interações solo-água-planta, qualidade da água, avaliação de risco de locais contaminados e sua remediação.

Olga Maria Fragueiro Otero, Instituto de Geociências Universidade Federal da Bahia

Professor da Universidade Federal da Bahia, Departamento de Oceanografia.

Manuel Vitor Portugal Gonçalves, Pós-Graduação em Ambiente, Território e Sociedade, Campus Universidade Católica do Salvador (UCSAL).

Biólogo nº 59.217/08-D, graduado em Ciências Biológicas pela UCSAL (2005), Mestrado em Planejamento Ambiental (UCSAL) e Doutorado em Geologia Ambiental, Hidrogeologia e Recursos Hídricos (UFBA). Possui cursos de atualização em Educação Ambiental (UFBA) e de especialização em Ecologia e Intervenções Ambientais (UNIJORGE), Biotecnologia (UNYLEYA), Engenharia Genética (UNYLEYA) e Análises Clínicas e Toxicológicas (UNESA). Atualmente integra o corpo docente do Programa de Pós-Graduação Território, Ambiente e Sociedade (PPG TAS) na UCSAL. É docente desde de 2006 da Rede de Educação do Estado da Bahia (SEC-BA). Vincula-se aos seguintes grupos de pesquisa: Geoquímica das Interfaces (UFBA) e Desenvolvimento, Sociedade e Natureza (UCSAL). Foi bolsista CNPq (2010 - 2014) durante o curso de doutorado, com interesse e experiência na investigação das relações entre geociências, sociedade e saúde, tomando como valor central a dignidade humana e a dignidade da natureza; na caracterização geoquímica; hidrogeologia isotópica; qualidade da água (química, física e microbiológica) e na caracterização biogeoquímica e ecologia aplicada na avaliação ambiental de ecossistemas costeiros e das águas doces interiores e subsídios ao gerenciamento ambiental; e na aplicação de estatística multivariada em estudos ambientais. Participa como pesquisador e voluntário da rede de monitoramento da qualidade da água na Lagoa do Parque Metropolitano de Pituaçu, Salvador, Bahia, em colaboração com a Fundação SOS Mata Atlântica. Segue como discente do curso de Especialização em Biologia Celular (UEFS).

Lana Caroline Sena Pena, Pospetro , Universidade Federal da Bahia

Graduada em Química pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Mestre em Geoquímica do Petróleo e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Referências

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Publicado

2022-12-15

Como Citar

Cruz, M. J. . M. ., Neves, M. O. T. N., Otero, O. M. F. O., Gonçalves, M. V. P. G., & Pena, L. C. S. P. (2022). AS COMPLEXIDADES DO ESTUDO DO LÍTIO GEOGÊNICO: Lítio geogênico e saúde mental. Cadernos De Geociências, 15. https://doi.org/10.9771/geocad.v15i0.52065

Edição

Seção

Geologia Médica