Feuerbach, virada humanista da filosofia e crítica da subjetividade

Autores

  • Edineide de Jesus Santos Universidade Federal da Bahia

Resumo

O presente texto expõe a crítica de Ludwig Feuerbach (1804-1872)
a uma subjetividade imersa na interioridade humana, fundada pelo
Cristianismo, que foi por sua vez adotada na Modernidade, transformandose
no individualismo e no “egoísmo” modernos, no absoluto
“sentimento de si”. E apresenta a sua proposta de uma subjetividade
alicerçada no altruísmo, na relação eu-tu, que o pensador alemão
sugere ao recuperar no homem a sua “essência genérica”, comunitária.
Ela passa então a ser o fundamento normativo para a constituição
moral, social, cultural e política do homem, que toma para si os
atributos divinos, que na verdade pertenceriam à essência humana
genérica. Dessa forma, Feuerbach procura reconduzir a filosofia a uma
subjetividade intersubjetiva direcionada ao outro, sendo esta realizada
no gênero humano.
Farei essa exposição baseada especialmente numa investigação
pormenorizada da temática nos escritos do pensador alemão que
datam do período de 1839 a 1846. Dedico-me a esse período de
produção intelectual da filosofia feuerbachiana por participar da mesma
concepção de Adriana Serrão, que aponta esse espaço de tempo como
o mais criativo e inovador na trajetória do filósofo.1 Esses escritos
marcam o surgimento de uma nova filosofia, uma “filosofia do futuro”,
fundamentada no principio da sensibilidade.

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Biografia do Autor

Edineide de Jesus Santos, Universidade Federal da Bahia

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Filosofia Contemporânea - UFBA. E-mail: edineidelogos@hotmail.com

Referências

FEUERBACH, Ludwig. A Essência do Cristianismo. Lisboa: Fundação

Calouste Gulbenkian, 2002.

FEUERBACH, “Para a Crítica da Filosofia de Hegel”. In Filosofia da

Sensibilidade. Escritos (1839-1846). Lisboa: Centro de Filosofia da

Universidade de Lisboa, 2005.

FEUERBACH. “Princípios da Filosofia do Futuro”. In FEUERBACH.

Filosofia da Sensibilidade. Escritos (1839-1846), Lisboa: Centro de Fil.

da Univ. de Lisboa, 2005.

SERRÃO, A. V. “O Princípio da Sensibilidade” (apresentação). In

FEUERBACH, L. Filosofia da Sensibilidade. Escritos (1839-1846).

Lisboa: Centro de Fil. da Univ. de Lisboa, 2005, p.16.

SOUZA, J. Crisóstomo de. Feuerbach: Crítica da Religião, Crítica da

Modernidade. In CHAGAS, E. et alii (Orgs.). Homem e Natureza em

Ludwig Feuerbach. Fortaleza: Editora UFC, 2009.

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Publicado

2019-02-28

Como Citar

de Jesus Santos, E. (2019). Feuerbach, virada humanista da filosofia e crítica da subjetividade. Argumento, (12), 45–56. Recuperado de https://periodicos.ufba.br/index.php/argum/article/view/29781