Capitais mais Efetivos em Empreendimentos da Cultura Popular: O Caso dos Profissionais de Produção Cultural em Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.9771/23172428rigs.v3i2.9904Palavras-chave:
Campo Cultural, Capital, Disputa, Produtor Cultural, Programa Cultura VivaResumo
Este trabalho é baseado numa pesquisa desenvolvida dentro do PIBIC nos anos de 2011-2012 e, no seu percurso, buscou-se compreender quais tipos de capital se mostram mais efetivos na atuação dos profissionais de produção cultural em Pernambuco, após implementação do Programa Cultura Viva. Toma-se como base teórica a concepção de campo de Pierre Bourdieu, em particular a importância dos variados tipos de capital – econômico, social, cultural e simbólico – como base de poder no subcampo da cultura popular. Os resultados apresentados provêm de análise de conteúdo sobre os dados, cuja principal fonte foram entrevistas semiestruturadas realizadas com produtores culturais do estado. Constata-se que, a partir da implementação do Programa Cultura Viva, ampliou-se a demanda do profissional de produção cultural no subcampo da cultura popular. Conclui-se que o capital cultural contido em conhecimentos e habilidades gerenciais passou a se sobressair como um dos capitais mais almejados e mais efetivos, diminuindo a importância relativa do capital social na viabilização dos empreendimentos. No entanto, o profissional da produção cultural não logra monopolizar o capital simbólico associado a seu fundamental papel no campo, pois esse capital é alvo de disputa por outros agentes do campo, como empresas ou mesmo o Estado, quando não se restringem a prover recursos econômicos e se dedicam diretamente à atividade de produção.