AÇÕES DAS MADRES E ABUELAS DE PLAZA DE MAYO E O RESGATE DA HISTÓRIA COMO MESTRA DA VIDA
DOI:
https://doi.org/10.9771/rhufba.v10i2.52430Abstract
Este artigo propõe-se a analisar a atuação antiditatorial das mulheres históricas em torno das Madres e Abuelas de Plaza de Mayo, em contexto histórico e atual em torno da última ditadura argentina (1976-1983). A partir da transformação de memórias traumáticas em ações políticas de resistência, visa-se, neste trabalho, entender se é válido firmar possíveis aproximações entre políticas de memória desses grupos e antigas pretensões da história mestra da vida. Para isso, além de suas histórias, serão analisadas uma entrevista concedida por Estela de Carlotto, atual presidenta das Abuelas, o lema “Nunca Más”, lembrando rotineiramente em suas manifestações, e o Projeto de Lei de Fortalecimento e Proteção da Memória, Verdade e Justiça, apresentado pelas Abuelas ao Congresso argentino, em 2019. A partir dessas análises, tentar-se-á projetar uma possível (re)união do horizonte de expectativa com o espaço de experiência, a partir da atual construção de futuros democráticos na Argentina.