A IMPRENSA ENQUANTO ESPAÇO DE DESAFIOS PARA AS MULHERES NEGRAS NOS ANOS FINAIS DA DITADURA BRASILEIRA
DOI:
https://doi.org/10.9771/rhufba.v10i2.52374Abstract
A inserção das mulheres na imprensa, aconteceu de forma lenta, gradual e imbricadas com as demandas de raça e gênero, já que tal incorporação não aconteceu da mesma maneira para todas as mulheres. Por conta desse vagaroso ingresso das mulheres na neste espaço, é possível identificar marcos históricos, que foram experienciados de diferentes formas: acesso à leitura, à escrita e ao jornalismo. Assim, objetivo deste artigo é refletir como ocorreu a construção da luta das mulheres por trabalho nos espaços de veículos da grande imprensa, em meados dos anos de 1970 até 1985. Busco especificamente atentar para as experiências das mulheres negras, por meio do jornal Nzinga Informativo. Sobre a metodologia que será utilizada, a categoria de análise do gênero (SCOTT, 1990) é uma ferramenta que permite que a compreensão da dinâmica da História Global, seja mobilizada em termos de: manifestação social, política e luta pela democracia, como argumentou Luciana Ballestrin (2020, p. 02). Direcionei primeiramente, observações para os trabalhos, principalmente de Herique Espada (2019), Conrad (2016), Epple (2012. Posteriormente, objetivo refletir sobre o jornal Nzinga Informativo percorrendo sobre a história sobre sua origem e a luta a construção desse espaço na imprensa, a partir das leituras de Viviane Freitas (2018), Lélia Gonzalez (1985), Sueli Carneiro (2003).