A inexorável unidade do valor: valores econômicos e não-econômicos na vida social
DOI:
https://doi.org/10.9771/rene.v16i2.55673Resumo
O presente texto objetiva abordar as formas econômica e não-econômica do valor na sua relação com o dever. Trata-se de uma abordagem ontológica que toma como base as obras de maturidade do filósofo húngaro György Lukács. Metodologicamente, emprega-se nele a técnica da leitura imanente. Com isso, chega-se à demonstração de que, em Lukács, o dever e o valor operam dialeticamente, de modo que a existência de um pressupõe inveitavelmente a existência do outro. Ambos formam parte dos atos teleológicos que estão na base da ação humana nas diversas formas da práxis social. Mostra-se ainda que, para Lukács, o dever e o valor econômico trazem à existência, necessariamente, em cada etapa histórica, deveres e valores superiores – econômicos e não-econômicos – como resultado do metabolismo social que os seres humanos realizam com a natureza que leva ao crescimento progressivo das forças produtivas e ao complexo desenvolvimento da totalidade da sociedade.
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Referências
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