Assetização dos fluxos de natureza: uma interpretação da conversão das correntezas, ventos e raios solares em ativos financeiros
DOI:
https://doi.org/10.9771/rene.v16i2.55496Resumo
Este trabalho caracteriza a assetização não de um ou outro rio, de uma ou outra porção de terra, mas a assetização do fluxo natural, da correnteza dos rios, do sopro dos ventos e da incidência solar. Para isso apresentam-se as interpretações sobre o fenômeno da assetização presentes na literatura para, a partir das categorias marxianas, reenquadrá-lo enquanto desdobramento ontológico do valor. Conclui-se que a existência do valor na forma de asset exige a homogeneização de diferentes coisas e objetos com diferentes qualidades, em algo abstrato, indiferenciável. Através da assetização, o capital expande seus domínios, projetando seu controle para o futuro de maneira desmedida. O processo de trabalho e o metabolismo entre a humanidade e natureza encontram-se sob a lógica do capital não apenas no presente, mas também no futuro.
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