Vulnerabilidade externa e endividamento interno: uma interpretação keynesiana sobre as origens da dívida interna brasileira
DOI:
https://doi.org/10.9771/1516-9022rene.v4i2.5438Resumo
A associação entre vulnerabilidade externa e endividamento interno, dentro de uma perspectiva keynesiana para o caso da dívida interna brasileira, origina-se das comparações entre as análises de Keynes sobre a crise alemã dos anos 20 e os processos de endividamento externo e interno brasileiro nos anos 80 e 90. Daí a constatação da relação direta entre desequilíbrio interno oriundo de um desequilíbrio externo, conforme afirmado por Keynes. O mecanismo de transmissão desse processo, no caso brasileiro, correspon-deu às operações de esterilização, um instrumento da política monetária, cuja prática se dava através de elevadas taxas de juros. A eclosão, nessas décadas, das crises agudas de vulnerabilidade externa estratificou-se como o retrato do estrangulamento das finanças públicas proveniente da incidência cumulativa de juros sobre a rolagem da dívida interna, independente de qualquer motivação concreta de alguma suposta expansão fiscal primária.Downloads
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Publicado
2010-10-25
Como Citar
Casa, C. A. L. (2010). Vulnerabilidade externa e endividamento interno: uma interpretação keynesiana sobre as origens da dívida interna brasileira. Nexos Econômicos, 4(2), 119–138. https://doi.org/10.9771/1516-9022rene.v4i2.5438
Edição
Seção
Artigos