Diferenciais de rendimentos entre ocupados na indústria farmacêutica e demais indústrias no Brasil 2000 / 2015
DOI:
https://doi.org/10.9771/rene.v15i1.45350Resumo
Objetiva-se analisar os efeitos das características socioeconômicas e demográficas dos ocupados formais na indústria brasileira, comparandoos entre aqueles ocupados na indústria farmacêutica e aqueles ocupados nos demais setores da indústria. Recorreu-se aos Microdados da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS do Ministério da Economia do Brasil – MEB para os anos de 2000, 2005, 2010 e 2015. Estimaram-se equações mincerianas de rendimentos por meio de Mínimos Quadrados Ordinários, com contrafactuais para os ocupados na indústria farmacêutica e os ocupados nos demais setores industriais. Os resultados mostram que o efeito diploma é mais bem remunerado na indústria farmacêutica em todos os anos, mostrando que quanto mais intensiva em tecnologia é a atividade industrial, melhor são suas condições de remuneração.
Downloads
Referências
ABRAMO, L. Desigualdades de gênero e raça no mercado de trabalho brasileiro. Ciência e Cultura, v. 58, n. 4, 2006.
ARAÚJO, J. B. Mercado de trabalho e desigualdades: o Nordeste brasileiro nos anos 2000. Tese (Doutorado) — Instituto de Economia, Unicamp, Campinas, 2017.
BRIDI, M. A.; MOTIM, B. L. Trabalho e trabalhadores na indústria de informática. Revista Contemporânea, v. 4, n. 2, p. 351–380, 2014.
CACCIAMALI, M. C.; HIRATA, G. I. A influência da raça e do gênero nas oportunidades de obtenção de renda — uma análise da discriminação em mercados de trabalho distintos: Bahia e São Paulo. Revista Estudos Econômicos, v. 35, n. 4, p. 767–795, 2005.
CAMPOS, M. F. S. S.; HIDALGO, A. B.; MATA, D. Abertura, comércio intraindústria e desigualdade de rendimentos: uma análise para a indústria de transformação brasileira. Revista Nova Economia, v. 17, n. 2, 2007.
CARVALHO, N. G. P. Trabalho humano na indústria 4.0: Percepções brasileiras e alemãs dos setores acadêmico e empresarial a respeito do trabalho de pessoas no novo modelo industrial. Dissertação (Mestrado) — Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2019.
FIGUEIREDO, J. S. et al. Concentração e polarização industrial: uma análise da agroindústria canavieira no Brasil. Revista Geonordeste, v. 23, n. 2, 2012.
GONÇALVES, M. F.; MONTE, P. A. A importância da experiência profissional na admissão e na disparidade salarial: um estudo para o mercado de trabalho formal do Nordeste. Economia e Desenvolvimento, v. 10, n. 1, 2011.
HUMPHREY, J. A gestão de mão-de-obra e os sistemas de produção no terceiro mundo. Estudos Avançados, v. 8, n. 21, 1994.
NEGRI, J. A. et al. Tecnologia, exportação e emprego. In: NEGRI, J. A.; NEGRI, F.; COELHO, D. (Ed.). Tecnologia, exportação e emprego. Brasília: IPEA, 2006.
ROCHA, M.; CAMPOS, M. F. S. S.; BITTENCOURT, M. V. L. A evolução da desigualdade por categorias de escolaridade entre 1996 e 2004: uma análise com regressões quantílicas. Revista de Economia Contemporânea, v. 14, n. 1, p. 141–166, 2010.
SILVA FILHO, L. A. et al. Dinâmica migratória e diferenciais de rendimentos no Rio Grande do Norte – 2000/2010. Revista de Economia Mackenzie, v. 16, n. 1, p. 61–83, 2019.
SILVA, V. H. M. C.; FRANÇA, J. M. S.; PINHO NETO, V. R. Capital humano e desigualdade salarial no brasil: uma análise de decomposição para o período 1995-2014. Revista Estudos Econômicos, v. 46, n. 3, p. 579–608, 2016.
SILVA, W. G.; FERNANDES, V. R. V.; SILVA FILHO, L. A. Desigualdade de renda do trabalho formal por escolaridade, raça/cor e sexo no Rio Grande do Norte – 2007/2017. Revista Nexos Econômicos, v. 14, n. 2, p. 58–74, 2020.
SPOSITO, E. S. O novo mapa da indústria no início do século XXI: diferentes paradigmas para a leitura das dinâmicas territoriais do estado de São Paulo. São Paulo: Editora Unesp, 2015.
VICECONTI, P. E. V. O processo de industrialização brasileira. Revista de Administração de Empresas, v. 6, 1977.
VILELA, T.; ARAUJO, E.; RIBEIRO, E. P. Análise do diferencial de renda do trabalho em 2008 entre diferentes gerações de trabalhadores no Brasil. Revista Economia, v. 13, n. 2, p. 385–414, 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Nexos Econômicos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.