Olhar Estrangeiro e A pele que habito: o estereótipo como signo ideológico

Autores

  • Priscila Machado Barreto Santos Universidade Federal da Bahia
  • Adriana Pucci Penteado de Faria e Silva

DOI:

https://doi.org/10.9771/hyp.v0i8.16906

Resumo

Neste artigo analiso discursos sobre o estereótipo do brasileiro que circulam no filme A pele que habito (2011), de Pedro Almodóvar. Para isso, tenho como base estudos discursivos, buscando construir hipóteses através do espaço, dos símbolos e da subjetividade que atravessam as personagens. Além disso, busco compor uma relação do enunciado em análise com o documentário de Lúcia Murat Olhar estrangeiro (2006) e a noção de comunidade imaginada pautada por Stuart Hall (1998). Para este trabalho, apresento a cena em que a personagem Zeca, um brasileiro, vestido de tigre, chega à casa do médico à procura da mãe. Isso posto, realizo uma análise por uma abordagem bakhtiniana, trazendo a teoria dialógica para compreender a arquitetônica das cenas em análise, tendo em vista pensar o enunciado concreto em diálogo com a alteridade que subverte o outro partindo do lugar responsivo irrepetível que cada um ocupa no mundo. Estes componentes que constroem a materialidade do enunciado são refratados pelos estilhaços culturais. A identidade segundo Hall é fragmentada, e uma análise dialógica de embates identitários põe em foco sobre caráter refratário, tendo em vista a refração como um processo de soma e absorção dos estilhaços culturais, seja de forma consciente, seja através dos diversos signos que nos atravessam. Desse modo, hipotetizo que a identidade se constrói a partir da alteridade, ou seja, o ser/sentir-se estranho tem como oposição o outro que regula, que determina, que normatiza.

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Biografia do Autor

Priscila Machado Barreto Santos, Universidade Federal da Bahia

priscilaxmachado@gmail.com

Referências

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Publicado

2016-06-20

Como Citar

Santos, P. M. B., & Faria e Silva, A. P. P. de. (2016). Olhar Estrangeiro e A pele que habito: o estereótipo como signo ideológico. Revista Hyperion, (8). https://doi.org/10.9771/hyp.v0i8.16906