USO DA HEMOGLOBINA GLICADA NO DIAGNÓSTICO DE DIABETES MELLITUS – REVISÃO DE LITERATURA USE OF GLYCATED HEMOGLOBIN IN THE DIAGNOSIS OF DIABETES MELLITUS - LITERATURE REVIEW

Autores

  • Renato Magalhães Costa
  • Ana Paula Pina
  • Andrea Silva de Carvalho
  • Urbino da Rocha Tunes
  • Roberta Santos Tunes

DOI:

https://doi.org/10.9771/revfo.v50i1.37121

Palavras-chave:

Hemoglobina Glicada, Diabetes Mellitus, Diagnóstico. Hemoglobin, Diagnosis.

Resumo

A Organização Mundial de Saúde considera Diabetes Mellitus (DM) uma
pandemia e, consequentemente, um sério problema de saúde pública.
Classicamente, os exames laboratoriais Glicemia em Jejum e Teste
Oral de Tolerância à Glicose são realizados para o diagnóstico de DM.
Recentemente, a Associação Americana de Diabetes (ADA) preconizou o
uso da Hemoglobina Glicada (HbA1C), com limiar de 6,5%, para essa finalidade.
Esse trabalho tem como objetivo revisar a literatura acerca da utilização
de Hemoglobina Glicada no diagnóstico de pacientes diabéticos.
A HbA1C é o exame laboratorial padrão ouro para o acompanhamento
metabólico de diabéticos e apresenta várias vantagens, como: representa
a média glicêmica no período de 30 a 90 dias precedente à realização
do exame; apresenta uma maior comodidade para o paciente porque
prescinde o jejum; possui uma maior estabilidade pré-analítica quando
comparado aos outros exames utilizados com essa função; é menos susceptível
à perturbações cotidianas. Entretanto, existem várias limitações
para seu uso. O resultado do exame pode ser alterado por diversos fatores,
como: presença de hemoglobinas variantes, anemias hemolíticas,
anemias nutricionais, uremia, gravidez e perda aguda de sangue. Além
disso, a literatura mostra diferenças de sensibilidade e especificidade de
HbA1C quando avaliados pacientes de diferentes etnias e faixas etária.
O limiar de 6,5% não deve ser considerado ideal para todas populações.
Até a determinação de valores de corte que apresentem comprovada eficácia diagnóstica, é mais sensato o uso de Glicemia em Jejum e do Teste Oral de Tolerância à Glicose para avaliação de pacientes com suspeita de DM.

 

The World Health Organization considers Diabetes Mellitus (DM) a
pandemic and, consequently, a serious public health issue. Classically,
laboratory tests of Fasting Glucose and Oral Glucose Tolerance Test are
performed for the diagnosis of DM. Recently, the American Diabetes Association
(ADA) advocated the use of Glycated Hemoglobin (HbA1C),
with a threshold of 6.5%, for this purpose. This work aims to review the
literature on the use of Glycated Hemoglobin in the diagnosis of diabetic
patients. HbA1C is the gold standard laboratory test for the metabolic
follow-up of diabetics patients and presents several advantages, such as:
it represents the glycemic mean in the period from 30 to 90 days preceding
the test; presents a greater convenience because the patient does
not need to fast; has a greater pre-analytical stability when compared to
the other tests used with this function; is less susceptible to daily disturbances.
However, there are several limitations to its use. The result of the
examination can be altered by several factors, such as the presence of
variant hemoglobins, hemolytic anemias, nutritional anemias, uremia,
pregnancy and acute blood loss. In addition, the literature shows differences
in sensitivity and specificity of HbA1C when evaluated in patients
of different ethnicities and age groups. The 6.5% threshold should not be
considered ideal for all populations. Until a determination of cutoff values
that have proven diagnostic efficacy, the use of Fasting Glucose and
the Oral Glucose Tolerance Test is more reasonable for the evaluation of
patients with suspected of DM.




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Publicado

2020-06-03

Como Citar

Costa, R. M., Pina, A. P., de Carvalho, A. S., Tunes, U. da R., & Tunes, R. S. (2020). USO DA HEMOGLOBINA GLICADA NO DIAGNÓSTICO DE DIABETES MELLITUS – REVISÃO DE LITERATURA USE OF GLYCATED HEMOGLOBIN IN THE DIAGNOSIS OF DIABETES MELLITUS - LITERATURE REVIEW. Revista Da Faculdade De Odontologia Da Univeridade Federal Da Bahia, 50(1), 79–87. https://doi.org/10.9771/revfo.v50i1.37121

Edição

Seção

Artigos de Revisão de Literatura/ Reviews of the Literature