DITADURA MILITAR NO BRASIL: A LINGUAGEM DE DIREITOS HUMANOS E O PROTAGONISMO MARGINAL DAS MULHERES

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DOI:

https://doi.org/10.9771/revdirsex.v2i2.44927

Resumo

Este trabalho investigou se, ou como, era possível observar um encontro entre o discurso de Direitos Humanos e a participação de mulheres na luta contra a ditadura militar no Brasil, utilizando a revisão bibliográfica como metodologia. Observou peculiaridades inerentes à realidade do feminismo da época, esbarrando em questões internas e externas, marcadas pelos papéis de gênero e pelo imaginário social construído em torno da mulher. Encontrou na luta pela anistia o encontro entre o discurso de Direitos Humanos e o movimento feminista, no ponto em que ambos deixaram de lado reivindicações próprias em prol de um bem maior: a derrocada do regime ditatorial.

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Biografia do Autor

Lorena de Oliveira, Universidade Federal de Goiás

estranda em Direitos Humanos pela Universidade Federal de Goiás (UFG), bolsista pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Especialista em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Formada em Direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atualmente é membro do Grupo de Estudos e Pesquisas Dialogus - Estudos Interdisciplinares em Gênero, Trabalho e Cultura, da Universidade Federal de Catalão (UFCAT) e do Grupo Direito e Sexualidade, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Tem interesse nas áreas do feminismo, interseccionalidades, sexualidade, gênero e violências relacionadas.

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Publicado

2021-12-15

Como Citar

DE OLIVEIRA, L. DITADURA MILITAR NO BRASIL: A LINGUAGEM DE DIREITOS HUMANOS E O PROTAGONISMO MARGINAL DAS MULHERES. Revista Direito e Sexualidade, Salvador, v. 2, n. 2, 2021. DOI: 10.9771/revdirsex.v2i2.44927. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revdirsex/article/view/44927. Acesso em: 25 dez. 2024.