Quando o melhor pode ser o pior: como pensar a biodiversidade na restauração ecológica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/caititu.v1i0.8694

Palavras-chave:

protocolo de restauração ecológica, objetivos da restauração, monitoramento da restauração, manejo adaptativo, floresta tropical

Resumo

Os resultados de experimentos controlados sobre restauração ecológica tendem a produzir regras gerais recomendadas para restauração de diferentes tipos de condições degradadas. Essas regras são definidas como os “melhores” protocolos e as “melhores” espécies vegetais para restaurar qualquer situação degradada. Contudo, como as condições locais variam entre diferentes áreas, protocolos ótimos podem ter desempenho ruim no campo. Além disso, usar cegamente essas regras pode induzir ao uso de poucas espécies na restauração. Como tais espécies se adaptam a poucas condições, elas restringem o sucesso dessas iniciativas e deixam de cumprir o objetivo da restauração ecológica, que é o de desenvolver, no tempo, um sistema autossustentávelcom alta biodiversidade. Argumentamos que: (a) planos de restauração que usem números maiores de espécies vegetais podem lidar melhor com condições locais desconhecidas; e (b) o sucesso da restauração ecológica depende do monitoramento permanente do sistema em restauração e da adoção de ações de manejo adaptativo, corrigindo as possíveis trajetórias indesejadas que não garantiriam a efetiva restauração da área.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sergius Gandolfi, Universidade de São Paulo

Ricardo Ribeiro Rodrigues, Universidade de São Paulo

Ricardo Ribeiro Rodrigues é Professor DR nível 2 do Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo e um dos coordenadores do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF) dessa Universidade, com muitas publicações em Ecologia e Restauração Florestal.

Downloads

Publicado

2013-10-08

Como Citar

Gandolfi, S., & Rodrigues, R. R. (2013). Quando o melhor pode ser o pior: como pensar a biodiversidade na restauração ecológica. Revista Caititu: Aproximando Pesquisa ecológica E aplicação, 1(1), 17–20. https://doi.org/10.9771/caititu.v1i0.8694

Edição

Seção

Artigos Convidados