Processos ecológicos e a escala da paisagem como diretrizes para projetos de restauração ecológica

Autores

  • Juliana Costa Piovesan Universidade Federal da Bahia
  • Rafael Hataya Universidade Federal da Bahia
  • Clarissa Machado Pinto-Leite Universidade Federal da Bahia
  • Dary Moreira Goançalves Rigueira Universidade Federal da Bahia
  • Eduardo Mariano-Neto Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.7724/caititu.v1i1.5278

Palavras-chave:

Processos Ecológicos, Recomposição, Recuperação de Áreas Degradadas

Resumo

Que problema ambiental é foco deste trabalho? É crescente a demanda, pelos órgãos ambientais competentes, por projetos que visem à restauração de áreas degradadas. Tais projetos, geralmente, fundamentam suas ações em escalas temporais e espaciais restritas em relação às recomendações derivadas do conhecimento científico em ecologia. Além disso, as técnicas normalmente utilizadas tendem a promover simplesmente a reestruturação física através de plantios, pouco considerando a restauração de processos ecológicos de manutenção das comunidades como um todo, chamada atualmente de restauração ecológica. Esta iniciativa teve como propósito contribuir para o desenvolvimento e gestão de projetos de restauração ecológica no estado da Bahia, através da aproximação entre a pesquisa ecológica produzida na esfera acadêmica e os problemas ambientais enfrentados pelos órgãos gestores.

Qual foi a estratégia do trabalho para contribuir com sua solução? Fizemos um levantamento dos trabalhos científicos e manuais técnicos sobre restauração ecológica. Após uma análise dos trabalhos levantados produzimos uma Planilha Referência contendo um detalhamento de técnicas de restauração ecológica e a referência do trabalho, além de outras informações relevantes. Com base nessa análise foi elaborado um Mapa de Ações, que indica passo a passo, as etapas para o diagnóstico e planejamento estratégico para a restauração ecológica. Estes dois documentos pretendem subsidiar a elaboração de projetos que visem a restauração ecológica, servindo como uma ferramenta norteadora das ações relacionadas ao tema.

Qual é a principal conclusão do trabalho? Três aspectos se mostraram fundamentais para o desenvolvimento de projetos de restauração ecológica: o diagnóstico, o planejamento das estratégias locais de restauração através de uma abordagem multiescala integrada à paisagem e a mudança de foco dos projetos para uma conduta voltada para a restauração de processos ecológicos, em vez de priorizar, apenas, a recuperação dos aspectos físicos da vegetação.

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Biografia do Autor

Juliana Costa Piovesan, Universidade Federal da Bahia

Juliana Costa Piovesan é bióloga e mestre em Ecologia e Biomonitoramento pela Universidade Federal da Bahia. Atualmente está envolvida como colaboradora em atividades de pesquisa e extensão desenvolvidos no Instituto de Biologia da UFBa, estando vinculada ao grupo de pesquisa em História, Filosofia e Ensino de Ciências Biológicas e ao Núcleo de pesquisa em Conservação e Biodiversidade (NUPECBio).

Rafael Hataya, Universidade Federal da Bahia

Rafael de Almeida Melo Hataya é biólogo com habilitação em Recursos do Meio Ambiente, pelo Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (IBIO-UFBA). Atualmente cursa Bacharelado em Gastronomia pela Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (ENUFBA-UFBA).

Clarissa Machado Pinto-Leite, Universidade Federal da Bahia

Clarissa Machado Pinto-Leite é bióloga e mestre em Ecologia e Biomonitoramento pela Universidade Federal da Bahia. Atualmente cursa o doutorado em Ecologia nessa mesma Universidade com tema de tese relacionado a limiares de extinção de animais da Mata Atlântica.

Dary Moreira Goançalves Rigueira, Universidade Federal da Bahia

Dary Moreira Gonçalves Rigueira é biólogo e mestre em Ecologia e Biomonitoramento pela Universidade Federal da Bahia. Atuou como professor nessa Universidade e como pesquisador da ONG Fundação OndAzul. Atualmente cursa o doutorado em Ecologia nessa mesma Universidade com foco em ecologia florestal, ecologia de paisagens e conservação e está vinculado ao núcleo de pesquisa em Conservação e Biodiversidade (NUPECBio) da Universidade Federal da Bahia.

Eduardo Mariano-Neto, Universidade Federal da Bahia

Eduardo Mariano Neto é biólogo, doutorado em Ecologia de Ecossistemas Terrestres e Aquáticos pelo Instituto deBiociências da Universidade de São Paulo. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal da Bahia e atua nas áreas de pesquisa e extensão em ecologia de paisagens, conservação da biodiversidade, ecologia de comunidades arbóreas e restauração ecológica.

Publicado

2013-10-04

Como Citar

Piovesan, J. C., Hataya, R., Pinto-Leite, C. M., Rigueira, D. M. G., & Mariano-Neto, E. (2013). Processos ecológicos e a escala da paisagem como diretrizes para projetos de restauração ecológica. Revista Caititu, 1(1), 57–72. https://doi.org/10.7724/caititu.v1i1.5278

Edição

Seção

Artigos