Processos ecológicos e a escala da paisagem como diretrizes para projetos de restauração ecológica
DOI:
https://doi.org/10.9771/caititu.v1i0.5278Palavras-chave:
Processos Ecológicos, Recomposição, Recuperação de Áreas DegradadasResumo
Que problema ambiental é foco deste trabalho? É crescente a demanda, pelos órgãos ambientais competentes, por projetos que visem à restauração de áreas degradadas. Tais projetos, geralmente, fundamentam suas ações em escalas temporais e espaciais restritas em relação às recomendações derivadas do conhecimento científico em ecologia. Além disso, as técnicas normalmente utilizadas tendem a promover simplesmente a reestruturação física através de plantios, pouco considerando a restauração de processos ecológicos de manutenção das comunidades como um todo, chamada atualmente de restauração ecológica. Esta iniciativa teve como propósito contribuir para o desenvolvimento e gestão de projetos de restauração ecológica no estado da Bahia, através da aproximação entre a pesquisa ecológica produzida na esfera acadêmica e os problemas ambientais enfrentados pelos órgãos gestores. Qual foi a estratégia do trabalho para contribuir com sua solução? Fizemos um levantamento dos trabalhos científicos e manuais técnicos sobre restauração ecológica. Após uma análise dos trabalhos levantados produzimos uma Planilha Referência contendo um detalhamento de técnicas de restauração ecológica e a referência do trabalho, além de outras informações relevantes. Com base nessa análise foi elaborado um Mapa de Ações, que indica passo a passo, as etapas para o diagnóstico e planejamento estratégico para a restauração ecológica. Estes dois documentos pretendem subsidiar a elaboração de projetos que visem a restauração ecológica, servindo como uma ferramenta norteadora das ações relacionadas ao tema. Qual é a principal conclusão do trabalho? Três aspectos se mostraram fundamentais para o desenvolvimento de projetos de restauração ecológica: o diagnóstico, o planejamento das estratégias locais de restauração através de uma abordagem multiescala integrada à paisagem e a mudança de foco dos projetos para uma conduta voltada para a restauração de processos ecológicos, em vez de priorizar, apenas, a recuperação dos aspectos físicos da vegetação.
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