Relação das Dimensões da Cultura Organizacional com as Práticas Orçamentárias: Um Estudo em OSCs Brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.9771/rcufba.v16i1.55452Palavras-chave:
Cultura Organizacional, Práticas Orçamentárias, Organizações da Sociedade CivilResumo
Este estudo objetivou analisar a relação das dimensões da cultura organizacional com as práticas orçamentárias em Organizações da Sociedade Civil (OSCs) brasileiras, por meio da participação de 35 entidades sem fins lucrativos que foram semifinalistas do Prêmio Melhores Organizações Não Governamentais (ONGs) 2020 e da Associação Brasileira de ONGs. Na metodologia adotou-se pesquisa quantitativa, por meio de um questionário eletrônico. O instrumento de coleta de dados foi dividido em 2 blocos: I) práticas orçamentárias e II) dimensões da cultura organizacional. O tratamento dos dados se deu por estatística descritiva e a discussão através da análise das frequências relativas das variáveis investigadas. O estudo revelou que a utilização dos artefatos Tradicional ou Clássico; Orçamento-Programa; Desempenho ou Funcional; Flexível; e Budget e Forecast. Quanto ao Bloco II, os principais resultados mostraram OSCs com um ambiente organizacional orientado para resultado; trabalho; profissional; sistemas abertos; controle rígido; e normativo. Os resultados sugerem que OSCs com culturas organizacionais normativas, de sistemas abertos, profissionais, com controle rígido e orientadas para resultados influenciam gestores e presidentes na adoção das peças orçamentárias e que modelam a execução com senso de ética nos negócios, entrosamento, decisões compartilhadas no ambiente de trabalho, onde existe o alinhamento aos interesses profissionais e institucionais futuros, com empenho para o alcance das metas orçamentárias.
Downloads
Referências
Ahmed, Z. A. (2014). Management control issues in Non-Governmental Organisations (NGOs): an evaluation of contingency factors and potential for future research. Int. J. Managerial and Financial Accounting, 6(3), 251-271.
Almeida, C. (2007). O orçamento como ferramenta para a gestão de recursos financeiros no terceiro setor: um estudo nas organizações do estado do Rio Grande do Norte. Natal, RN. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) - Programa Multiinstitucional e Inter-Regional de Pós- Graduação em Ciências Contábeis, Universidade de Brasília/UFPB/UFPE/UFRN, 141 p.
Anthony, R. N., & Govindarajan, Vijay. (2008). Sistemas de controle gerencial. 12. ed. São Paulo: McGraw-Hill.
Associação Brasileira de Organizações não Governamentais (2020). Disponível em: http://www.abong.org.br/. Acesso em: 10/03/2020.
Brasil. (2014). Lei federal Nº 13.019/2014. Estabelece o regime jurídico das parcerias voluntárias, envolvendo ou não transferências de recursos financeiros, entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público.
Camacho, R. R. (2010). Fatores condicionantes da gestão de custos interorganizacionais na cadeia de valor de hospitais privados no Brasil: uma abordagem à luz da Teoria da Contingência. São Paulo, SP. Tese de Doutorado. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Universidade de São Paulo, 216 p.
Chenhall, R. H. (2003). Management control systems design within its organizational context: findings from contingency-based research and directions for the future. Accounting, Organizations and Society, 28(2–3), 127–168.
Chiavenato, I. (2014). Introdução a Teoria Geral da Administração. 9. ed.
Donaldson, L. (2006). Teoria da Contingência Estrutural. In: Clegg, Stewart R. Hardy, Cynthia. Nord, Walter R. Handbook de Estudos Organizacionais. Modelos de Análise e Novas Questões em Estudos Organizacionais. São Paulo: Atlas.
Godoy, J. G. V., & Raupp, F. M. (2017). Uso de Artefatos de Contabilidade Gerencial por Organizações Sem Fins Lucrativos: um Estudo Multicasos à Luz da Teoria da Contingência. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 12(3), 70-87.
Guerreiro, R., Pereira, C. A., & Rezende, A. J. (2006). Em Busca do Entendimento da Formação dos Hábitos e das Rotinas da Contabilidade Gerencial - Um Estudo de Caso. Revista de Administração Mackenzie, 7(2), 78-101.
Hofstede, G. (1991). Cultures and Organizations - Software of the Mind: Intercultural Cooperation and Its Importance for Survival. New York: McGraw-Hill.
Hofstede, G. (2020). Hofstede-insights. Helsinki: [s. n.], 2020. Disponível em: hofstede insights.com/country-comparison/brazil/. Acesso em: 16/08/ 2020.
Heinzmann, L.M; & Lavarda, C.E.F. (2011). Cultura organizacional e o processo de planejamento e controle orçamentário. Revista de Contabilidade e Organizações, 5(13), 4-19.
Kreuzberg, F., Beck, F., & Lavarda, C. E. F. (2016). Orçamento Base Zero: um Estudo de Caso sob a Perspectiva da Teoria Institucional. Contabilidade Vista & Revista, 27(3), 32-60.
Lavarda, C. E. F., Silva, M. Z., Nascimento, J. C., & Marcos, C. (2017). Influência da cultura organizacional e práticas orçamentárias na estratégia de empresas brasileiras. In: Congresso Brasileiro de Custos - CBC, 24., 2017, Florianópolis. Anais eletrônicos [...], São Leopoldo: Associação Brasileira de Custos.
Lunkes, R. J. (2003). Contribuição à melhoria do processo orçamentário empresarial.
Florianópolis, SC. Tese de Doutorado. Tese (Doutorado em Engenharia da Produção) - Universidade Federal de Santa Catariana, 214 p.
Maclean, A. (2018). Budgeting and Budgetary Control in Non-Governmental Organisations: A Case of Infectious Diseases Research Collaboration (IDRC). 2018. Unpublished masters research report. Makerere University, Kampala, Uganda, 2018. Disponível em: http://makir.mak.ac.ug/handle/10570/6829. Acesso em: 11/08/ 2020.
Melhores ONGS. (2020). Disponível em: https://melhores.org.br/segundafase2020/. Acesso em: 03/11/2020.
Moraes, C. R. B., & Fadel, B. (2007). Cultura organizacional em cenários de mudança. Revista de Ciência da Informação. 8(1).
Oliveira, A. S., & Callado, A. A. C. (2018). Fatores Contingenciais e o Controle Gerencial: Uma Avaliação em Organizações não Governamentais (ONGS) Brasileiras. Advances in Scientific and Applied Accounting, 11(1), 92-109.
Otley, D. T. (1980). The Contingency Theory of Management Accounting: Achievement and Prognosis. Accounting, Organizations and Society, 5(4), 413- 428.
Otley, D.; Pollanen, R. M. (2000). Budgetary criteria in performance evaluation: a critical appraisal using new evidence. Accounting, Organizations and Society, 25, 483-496.
Padoveze, C. L., & Francischetti, C. E. (2018). Planejamento econômico e orçamento. São Paulo: Saraiva.
Santos, D. H. M. D., Parisi, C., Slavov, T. N. B., & Russo, P. T. (2021). Avaliação da institucionalização do orçamento em uma instituição de ensino superior de tendência confessional religiosa. Revista Universo Contábil, 17(1), 88-108.
Schein, E. H. (2009). The corporate culture-survival guide. New and rev. ed. Jossey- Bass: San Francisco.
Trocz, P. O., Klein, S. B., Toigo, L. A., & Wrubel, F. (2021). Relações entre tipos de sistemas orçamentários e fatores contingenciais no setor industrial. Revista de Administração IMED, 11(1), 92-112.
Wrubel, F., Marassi, R. B., Lavarda, C. E. F., & Lavarda, R. A. B. (2016). Cultura Organizacional nas Práticas Orçamentárias: Estudo em uma Cooperativa Agroindustrial. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 11(3), 46-64.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista de Contabilidade da UFBA
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution CC-BY-NC após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.