Divergência nutricional de cascas de vagens de genótipos de feijão-fava para alimentação de ruminantes

Autores

  • Raimundo Nonato Pereira da Silva Universidade Federal do Piauí
  • Arnaud Azevêdo Alves Universidade Federal do Piauí
  • José Elivalto Guimarães Campelo Universidade Federal do Piauí
  • Márcio da Silva Costa Universidade Federal do Piauí
  • Antônia Leidiana Moreira
  • Bruno Spíndola Garcez Universidade Federal do Piauí
  • Henrique Nunes Parente Universidade Federal do Maranhão
  • Danielle Maria Machado Ribeiro Azêvedo Embrapa Meio-Norte

Resumo

Objetivou-se avaliar a divergência nutricional de cascas de vagens de 25 genótipos de feijão-fava para alimentação de ruminantes, considerando-se a composição química, características de fermentação e cinética de degradação in situ no rúmen. Os constituintes químicos foram considerados variáveis discriminatórias em uma primeira análise, enquanto os parâmetros de cinética de degradação ruminal e a degradação efetiva (DE 2%h-1) da matéria seca foram considerados na segunda análise. Utilizou-se o método de otimização de Tocher, adotando-se a matriz de “distâncias euclidiana” média dos caracteres para avaliar a dissimilaridade entre os genótipos. Constatou-se a formação de sete grupos heterogêneos, destacando-se a fibra em detergente ácido e proteína bruta como as variáveis mais impactantes para agrupamento na primeira análise, contribuindo com 41,7 e 29,3%, respectivamente, enquanto, na segunda análise, a fração solúvel (fração a) e a taxa de degradação da fração b participaram em 38,7 e 28,0%, respectivamente. Os constituintes químicos PB e FDA e os parâmetros de cinética de degradação ruminal fração solúvel (fração a), taxa de degradação (c) e fração potencialmente degradável (fração b) da MS, mostram-se eficientes para conhecimento da divergência nutricional de cascas de vagens de genótipos de feijão-fava, com base em análise multivariada. Considerando-se os parâmetros adotados para a formação de agrupamentos pelo método de Tocher, o genótipo de feijão-fava 123 apresenta boa degradação efetiva e taxa de degradação compatível com a de forragens tropicais além de melhor valor nutritivo e potencial forrageiro que a casca dos demais genótipos de feijão-fava.

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Biografia do Autor

Raimundo Nonato Pereira da Silva, Universidade Federal do Piauí

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Piauí (1982), mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal do Ceará (1991) e Doutorado em Ciência Animal pela UFPI (2013). Foi engenheiro-agrônomo do EMATER-PI, no período de 1983 a 1992, tendo trabalhado como extensionista, nas áreas de agricultura familiar, irrigação e drenagem, e como coordenador estadual das culturas de milho e sorgo. É professor do Dep. de Zootecnia da UFPI, desde 1993, atuando nas áreas de nutrição de ruminantes e de bovinocultura de leite.

Arnaud Azevêdo Alves, Universidade Federal do Piauí

O Professor ARNAUD AZEVÊDO ALVES Possui graduação em Agronomia pela UFPB (1987), mestrado (1991) e doutorado (2004) em Zootecnia pela UFC. Atualmente é Professor Associado III da UFPI, tendo orientado alunos de Doutorado, Mestrado, Inciação Científica nas modalidades Graduação e Júnior, Monitorias, Trabalhos de Conclusão de Curso de Graduação e Estagiários. Foi Coordenador do Curso de Engenharia Agronômica do CCA/UFPI e Sub-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da UFPI, onde desenvolve atividades como Líder do Grupo de Pesquisa em Estudos e Difusão Tecnológica Forragicultura, Pastagens e Nutrição de Ruminantes. É Conselheiro do CREA-PI, na condição de representante da UFPI, Presidente da Comissão Permanente de Avaliação Docente do CCA/UFPI e Membro do Comitê PIBIC/UFPI. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Avaliação de Alimentos para Animais, atuando principalmente nos seguintes temas: alimentos alternativos, avaliação de alimentos, degradabilidade ruminal e nutrição de ruminantes.

José Elivalto Guimarães Campelo, Universidade Federal do Piauí

Graduado em Agronomia pela Universidade Federal do Piauí (1989), Mestrado em Fitotecnia (Melhoramento Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (1992) e Doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa (2001). Atualmente é professor Associado II da Universidade Federal do Piauí na área de Melhoramento Genético Animal. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em melhoramento animal, atuando principalmente nos seguintes temas: caprinos, ruminante, avaliação genética.

Márcio da Silva Costa, Universidade Federal do Piauí

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Piauí (2008). Possui mestrado em Ciência Animal pela UFPI e está cursando doutorado. Atualmente é bolsista da Universidade Federal do Piauí (Bolsa Reuni). Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Genética e Melhoramento dos Animais Domésticos, atuando principalmente na área de recursos genéticos animal.

Bruno Spíndola Garcez, Universidade Federal do Piauí

Bacharel em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Piauí (2009), Mestre em Ciência Animal (2012) e aluno de Doutorado pela mesma Instituição. Atualmente é professor Substituto do curso de Bacharelado em Zootecnia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), nas áreas de produção animal e Bioquímica e desenvolve trabalhos com o grupo de pesquisa ESTUDOS E DIFUSÃO TECNOLÓGICA EM NUTRIÇÃO DE RUMINANTES E FORRAGICULTURA sob a coordenação do Prof. Dr. Arnaud Azevedo Alves. Foi professor da Escola Família Agrícola Santa Ângela (Agrotécnica) em Pedro II-PI na área de produção animal. Tem experiência na área de Zootecnia e Medicina Veterinária com ênfase em Bioquímica e Nutrição de Ruminantes, Análise de Alimentos (Laboratórios de Nutrição), Ovinocaprinocultura e Clínica de Ruminantes.

Henrique Nunes Parente, Universidade Federal do Maranhão

O professor HENRIQUE PARENTE é graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Viçosa (2004), Mestre em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa (2006) e Doutor em Zootecnia pela Universidade Federal da Paraíba (2009). Atualmente é professor Adjunto III do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão. É membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, atuando na áreas de Produção e Nutrição de Ruminantes e membro do Comitê de Agrárias, PIBIC-UFMA. É Bolsista Produtividade da Fundação de Amparo a Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico Tecnológico do Estado do Maranhão (FAPEMA).

Danielle Maria Machado Ribeiro Azêvedo, Embrapa Meio-Norte

Danielle Maria Machado Ribeiro Azevêdo possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Piauí (1996) e em Administração pela Universidade de Santo Amaro (2012); especialização em Bioética pelo Instituto Camillo Filho (2005) e em Gestão de Pessoas, pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (2012); mestrado em Produção e Reprodução de Pequenos Ruminantes pela Universidade Estadual do Ceará (1999) e doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Ceará (2003). Cursa atualmente especialização em Gestão Pública, pela UCDB, com previsão de conclusão 2014. É pesquisador A da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Meio-Norte, e professora das disciplinas Etologia para Experimentação Animal, Bioclimatologia Animal e Metodologia da Pesquisa da Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade Federal do Piauí. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em manejo de bovinos leiteiros, caprinos e ovinos atuando principalmente nos seguintes temas: reprodução, melhoramento genético, nutrição de ruminantes; comportamento animal, bioclimatologia, bem-estar animal e Bioética na experimentação com animais não-humanos.

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Publicado

2015-09-23

Edição

Seção

Nutrição Animal