Interação genótipo-ambiente para características sob efeito maternal na raça Nelore nos estados do Maranhão, Mato Grosso e Pará

Autores

  • Leandro Lopes Nepomuceno Universidade Federal do Tocantins
  • Thaymisson Santos de Lira Universidade Federal do Tocantins
  • Fernando Brito Lopes Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. CNPCerrados
  • Raysildo Barbosa Lôbo ANCP
  • Jorge Luís Ferreira Universidade Federal do Tocantins

Resumo

Objetivou-se analisar a interação genótipo-ambiente sobre os pesos aos 120 e 210 dias de bovinos da raça Nelore, criados a pasto, nos Estados do Maranhão, Mato Grosso e Pará. O estudo foi realizado utilizando-se de dados de campo da raça Nelore cedidos pelo Programa de Melhoramento Genético da Raça Nelore (PMGRN-ANCP), totalizando 37.032 animais registrados desde 1993 a 2010. As estimativas médias e desvios padrão para pesos padronizados aos 120 dias (P120), e aos 210 dias (P210) de idade para os estados do MA, MT e PA foram de 123,43±17,06; 133,91±19,62; 130,07±16,03kg (P120), 181,83±34,15; 194,73±28,52; 189,76±23,45kg (P210), respectivamente. As correlações genéticas entre os desempenhos das progênies de um mesmo reprodutor nos diferentes estados variaram de 0,42 (Maranhão-Mato Grosso), 0,38 (Maranhão-Para) a 0,70 (Mato Grosso-Para) para P120; de 0,49 (Maranhão-Mato Grosso), 0,13 (Maranhão-Para) a 0,40 (Mato Grosso-Para) para P210. As menores correlações genéticas, em ambas as características estudadas, foram observadas entre Maranhão e Pará, estados com condições de ambiente mais contrastante. Estes resultados denotam a existência de interação genótipo-ambiente, tanto no peso aos 120 dias quanto no peso aos 210 dias de idade, o que influenciou diretamente a predição do valor genético dos reprodutores, resultando em classificação diferente de um mesmo touro em cada estado. Portanto, faz-se necessário mais bem estudar inclusão desta interação nos modelos de avaliação genética dos animais, pois a seleção e reprodução do melhor touro apresentarão impactos econômicos distintos em cada estado e influenciará a tomada de decisão dos criadores.

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Biografia do Autor

Leandro Lopes Nepomuceno, Universidade Federal do Tocantins

Universidade Federal do Tocantins Acadêmico de Medicina Veterinária.. Araguaína, Tocantins, Brasil

Thaymisson Santos de Lira, Universidade Federal do Tocantins

Mestrando do Programa de Pós-graduação em Ciência Animal Tropical. Universidade Federal do Tocantins. Araguaína, Tocantins

Fernando Brito Lopes, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. CNPCerrados

Doutor. Bolsista PRODOC/Capes. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. CNPCerrados. Planaltina, DF.

Raysildo Barbosa Lôbo, ANCP

Professor Doutor. Presidente da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores – ANCP. Ribeirão Preto, São Paulo.

Jorge Luís Ferreira, Universidade Federal do Tocantins

Professor Doutor. Programa de Pós-graduação em Ciência Animal Tropical. Universidade Federal do Tocantins. Araguaína, Tocantins. jorgeuft@gmail.com (autor para correspondência)

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Publicado

2013-06-28

Edição

Seção

Genética e Melhoramento Animal