Teores críticos de fósforo no solo e características morfogênicas de "Panicum maximum" cultivares Mombaça e Tanzânia-1 e Brachiaria híbrida Mulato sob aplicação de fósforo

Resumo

O experimento foi conduzido na região Oeste do Paraná, em Latossolo Vermelho Eutroférrico de textura argilosa. O objetivo foi determinar, no estabelecimento, os teores críticos de P disponível e as doses críticas para produção de matéria seca (PMS) e perfilhamento e, no 2° ano, o crescimento de Panicum maximum cvs. Mombaça e Tanzânia-1 e Brachiaria sp. híbrida Mulato. Os tratamentos foram: três forrageiras e cinco doses de P2O5 (0, 40, 80, 120 e 240kg/ha) em arranjo fatorial e em três blocos completos. As doses de P (kg/ha de P2O5) elevaram os teores de P-Mehlich-1 diponível (ŷ =-4,5136 + 1,0241X, R2=0,96, ŷ, em mg/dm3). A aplicação de P aumentou, até determinado ponto, a PMS (kg/ha) dos capins Mombaça (ŷ=6.472 + 74,41X – 0,241X2 R2=0,97), Tanzânia-1 (ŷ =6.923 + 70,95X – 0,249X2, R2=0,88) e Mulato (ŷ =7.393 + 94,42X – 0,341X2, R2=0,72) e a densidade de perfilhos (DP). As doses críticas foram 54, 44 e 48 kg/ha de P2O5 e os teores críticos de 51, 41 e 44mg/dm3, respectivamente, para Mombaça, Tanzânia-1 e Mulato. No estabelecimento, o capim-Mulato apresentou maiores produções de MS e DP (11.169kg/ha e 69 perfilhos/0,25m2). As PMS e DP no capim-Mombaça (9.787kg/ha e 54 perfilhos/0,25m2) e no capim-Tanzânia-1 (9.563kg/ha e 52 perfilhos/0,25m2) foram semelhantes. No 2° ano, as PMS não variaram entre os capins. As maiores taxas de alongamento (Tal) e de aparecimento de folhas (Tap) por perfilho foram, respectivamente, obtidas no capim-Mombaça e no capim-Mulato. O capim-Mulato apresentou menor filocrono.