Consumo e digestibilidade de dietas contendo farelo de mamona destoxificado para ovinos em terminação

Autores

  • Daniel Cézar da Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Arnaud Azevêdo Alves Universidade Federal do Piauí
  • Maria Elizabete de Oliveira Universidade Federal do Piauí
  • Miguel Arcanjo Moreira Filho Universidade Federal do Piauí
  • Marcônio Martins Rodrigues Universidade Federal do Piauí
  • George Emanuel Silva do Vale Universidade Federal do Piauí
  • Hoston Tomás Santos do Nascimento Embrapa Meio Norte

Resumo

Avaliou-se a substituição do farelo de soja pelo farelo de mamona destoxificado em dietas para ovinos em terminação. O consumo de extrato etéreo e fibra em detergente ácido foi linear positivo, com aumento de 0,015 e 0,090g/UTM por unidade percentual de inclusão de farelo de mamona destoxificado, respectivamente. O consumo máximo de hemicelulose ocorreu para dietas que continham 39,55% de farelo de mamona destoxificado. A digestibilidade da matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta e carboidratos totais decresceu linearmente em 0,0536; 0,0507; 0,0705 e 0,0572%, respectivamente, por unidade percentual de acréscimo de farelo de mamona destoxificado. Os valores máximos para digestibilidade da fibra em detergente neutro e hemicelulose, 54,93 e 64,53%, ocorreram para dietas que continham 38,6 e 31,4% de farelo de mamona destoxificado, respectivamente. A inclusão de farelo de mamona destoxificado não influencia o consumo de matéria seca e nutrientes e possibilita atendimento às exigências nutricionais de ovinos em terminação. Entretanto, elevadas proporções, reduzem a digestibilidade da matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta e carboidratos totais, portanto, recomenda-se a inclusão de até 33% da dieta, por resultar em maior digestibilidade da fibra em detergente neutro e hemicelulose. Apesar destes efeitos, o valor energético das dietas não é influenciado pela inclusão de farelo de mamona.

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Biografia do Autor

Daniel Cézar da Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Médico Veterinário graduado pela Universidade Federal do Piauí no ano de 2008, com Mestrado em Ciência Animal pela mesmas instituição. Durante o período de graduação, foi bolsista do Programa de Iniciação Científica de Universidade Federal do Piauí, desenvolvendo projetos na área de Produção Animal. Durante o Mestrado desenvolveu atividades de ensino, pesquisa e extensão, voltadas para área de Produção Animal. Atualmente é Doutorando do programa de Pós-Graduação Integrado em Zootecnia na Universidade Federal Rural de Pernambuco, tendo ingressado no mesmo no ano de 2009, onde atua na área de Produção Animal com Linha de Pesquisa em Exigências Nutricionais e Avaliação de Alimentos para Ruminantes.

Arnaud Azevêdo Alves, Universidade Federal do Piauí

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (1987), mestrado (1991) e doutorado (2004) em Zootecnia pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente é Professor Associado I da Universidade Federal do Piauí, com orientados de Doutorado, Mestrado e Inciação Científica. É Coordenador do Curso de Agronomia da UFPI e Sub-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da UFPI, onde desenvolve atividades como Líder do Grupo de Pesquisa e Difusão Tecnológica em Nutrição de Ruminantes. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Avaliação de Alimentos para Animais, atuando principalmente nos seguintes temas: alimentos alternativos, produção animal, alimentação de ruminantes, nutrição de ruminantes e bovinocultura de leite.

Maria Elizabete de Oliveira, Universidade Federal do Piauí

Graduada em Zootecnia pela Universidade Federal da Paraíba (1988) e doutorado em Ecologia pela Universidade de Brasília (1999). Atualmente é professoraa associada da Universidade Federal do Piauí. Tem experiência na área de alimentação de ruminantes e pastagens, com ênfase em Sistemas Silvipastoris, Avaliação e produção de forragens, atuando na área de produção de caprinos e ovinos.

Miguel Arcanjo Moreira Filho, Universidade Federal do Piauí

Iniciou o curso de Engenharia Agronômica em 2002.1 e concluiu em 2007.1, recebendo o prêmio de 1º lugar na Homenagem do CCA/UFPI aos melhores estudantes do período, pelo reconhecimento do esforço e dedicação ao curso. Foi estagiário do Centro de Pesquisa Agropecuária do Meio-Norte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, no período de out/2005 a nov/2006 e bolsista PIBIC/CNPq, pelo período de ago/2006 a jul/2007. Tem experiência na área de Produção Animal, com ênfase em Avaliação de Alimentos para Ruminantes e Forragicultura, atuando principalmente nos seguintes temas: avaliação de alimentos, formulação de rações, alimento alternativo, pastagem nativa, caprinos, ovinos, bovinos... Atualmente é mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade Federal do Piauí, na área de Produção Animal na linha de pesquisa Exigências Nutricionais e Avaliação de alimentos para Ruminanes e /nao Ruminantes.

Marcônio Martins Rodrigues, Universidade Federal do Piauí

Atualmente é aluno do programa de pós- graduação em ciência animal da Universidade Federal do Piauí. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Manejo e Conservação de Pastagens, atuando principalmente nos seguintes temas: caprinos, comportamento de pastejo e ingestivo de caprinos e sistema silvipastoril

George Emanuel Silva do Vale, Universidade Federal do Piauí

Possui graduação em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pelo Centro de Ensino Unificado de Teresina (2005). Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Zootecnia

Hoston Tomás Santos do Nascimento, Embrapa Meio Norte

possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1973) , mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa (1977) e doutorado em Nutrição Animal pela University of Arizona (1988) . Atualmente é Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Tem experiência na área de Zootecnia , com ênfase em Nutrição e Alimentação Animal. Atuando principalmente nos seguintes temas: Comportamento animal, Nutrição animal.

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Publicado

2011-03-16

Edição

Seção

Nutrição Animal