Resposta imune humoral aos antígenos de "Leishmania chagasi" e "Trypanosoma cruzi" em cães de área endêmica para leishmaniose

Autores

  • Cristiane Silva Aguiar Universidade Federal da Bahia, UFBA
  • Adriano Costa de Alcântara Universidade Federal da Bahia
  • Diana Velloso Viana Bittencourt Universidade Federal da Bahia
  • Cyro de Moraes Barbosa Gomes Neto Universidade Federal da Bahia
  • Carlos Roberto Franke Universidade Federal da Bahia
  • Paulo Henrique Palis Aguiar Universidade Federal da Bahia
  • Stella Maria Barrouin-Melo Universidade Federal da Bahia

Resumo

Objetiva-se com este trabalho verificar a presença de anticorpos contra Trypanosoma cruzi em cães de Barra do Pojuca (BA) e também avaliar a possível ocorrência de reação cruzada ou infecção mista com Leishmania sp. Foram testados 265 soros utilizando ELISA e 34 utilizando Western Blotting (WB). Entre os soros amostrados, 26 (9,8%) foram reagentes no ELISA para T. cruzi e desses, 12 (46,1%) foram também reagentes para L. chagasi, resultando em dupla positividade sorológica por essa técnica. Obteve-se no WB de T. cruzi 6 soros (17,6%) reagentes, apresentando 12 bandas protéicas, variando de 49 a 104 kDa, sendo 87 e 104 kDa as de maior freqüência, observadas em 33,3% dos soros positivos. No WB de L. chagasi, 9 (26,5%) soros apresentaram 48 bandas variando de 7 a 181 kDa, sendo a de 83 kDa mais freqüente (55,5 % das amostras). De um total de 60 bandas visíveis, 7 (11,3%) são comuns aos dois agentes (entre 53 e 100 kDa), 6 (10 %) foram visualizadas somente no WB com antígeno de T. cruzi (entre 49 e 104 kDa) e as outras 47 (78,3 %) foram visualizadas somente no WB com L. chagasi (entre 7 e 181 kDa); 20 (58,8%) soros apresentaram divergência entre os resultados do ELISA e WB. O estudo aponta para o reconhecimento de anticorpos anti-T. cruzi e anti-L. chagasi nas amostras de soro canino da área estudada, porém as técnicas de ELISA e WB, utilizando antígeno bruto, não foram suficientes para identificar com segurança infecções mista, e reações cruzadas.

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Biografia do Autor

Cristiane Silva Aguiar, Universidade Federal da Bahia, UFBA

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal da Bahia (2005), especialização em Produção de Pequenos Ruminantes pela Universidade Federal da Bahia (2006) e mestrado em Ciência Animal nos Trópicos pelo programa de pós graduação da Universidade Federal da Bahia (2008). Atua na área de clínica e cirurgia de pequenos animais e produção de pequenos ruminantes. Atualmente é Médica Veterinária da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (2008).

Adriano Costa de Alcântara, Universidade Federal da Bahia

Mestre em Ciência Animal nos Trópicos. Laboratório de Infectologia Veterinária, Escola de Medicina Veterinária.

Diana Velloso Viana Bittencourt, Universidade Federal da Bahia

Graduanda em Medicina Veterinária. Laboratório de Infectologia Veterinária, Escola de Medicina Veterinária, Universidade Federal da Bahia.

Cyro de Moraes Barbosa Gomes Neto, Universidade Federal da Bahia

Mestre em Ciência Animal nos Trópicos. Laboratório de Infectologia Veterinária, Escola de Medicina Veterinária.

Carlos Roberto Franke, Universidade Federal da Bahia

Laboratório de Infectologia Veterinária e Departamento de Produção Animal, Escola de Medicina Veterinária, Universidade Federal da Bahia.

Paulo Henrique Palis Aguiar, Universidade Federal da Bahia

Laboratório de Infectologia Veterinária e Departamento de Produção Animal, Escola de Medicina Veterinária, Universidade Federal da Bahia

Stella Maria Barrouin-Melo, Universidade Federal da Bahia

Laboratório de Infectologia Veterinária e Departamento de Produção Animal, Escola de Medicina Veterinária, Universidade Federal da Bahia

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Publicado

2009-07-08

Edição

Seção

Medicina Veterinária Preventiva