Políticas culturais para a capoeira no Brasil: a avaliação dos mestres quanto à participação social

Autores

  • Alice Pires de Lacerda PESQUISADORA DO CENTRO DE ESTUDOS MULTIDISCIPLINARES EM CULTURA - CULT DA UFBA. PROFESSORA DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFTC - FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS.

DOI:

https://doi.org/10.9771/pcr.v14i2.43409

Palavras-chave:

Políticas culturais, Patrimônio imaterial, Mestres de capoeira, Participação social

Resumo

O que pensam os mestres sobre as políticas públicas de cultura desenvolvidas para a capoeira no Brasil? Uma extensa pesquisa de campo buscou conhecer a avaliação que os mestres de capoeira fazem das ações do Estado para a área a partir de suas diferentes condições de participação nas políticas culturais: proponentes de projetos, colaboradores da gestão e participantes de debates públicos. Os resultados mostraram que os mestres de capoeira reconhecem como importantes e necessárias as políticas culturais desenvolvidas para o campo – especialmente as do período entre 2003 e 2010 –, assim como a presença da comunidade da capoeira nos espaços de participação social. Os mestres apontaram ainda a instabilidade e a descontinuidade das políticas, além da falta de efetividade dos resultados da participação social nas ações, como desafios ainda latentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alice Pires de Lacerda, PESQUISADORA DO CENTRO DE ESTUDOS MULTIDISCIPLINARES EM CULTURA - CULT DA UFBA. PROFESSORA DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFTC - FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS.

Doutora  e Mestre em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia. Graduada em Produção Cultural pela FACOM - UFBA. Pesquisadora do Centro  de Estudos Multidisciplinares em Cultura (CULT) da UFBA. Professora dos cursos de comunicação social da UNIFTC. Produtora Cultural e sócia-proprietária da Nildão Design, Comunicação e Produção.

Referências

BRASIL. Decreto nº 3.551, de 4 de agosto de 2000. Institui o registro de bens culturais de natureza imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro, cria o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 7 ago. 2000.

BRASIL. Decreto nº 9.759, de 11 de abril de 2019. Extingue e estabelece diretrizes, regras e limitações para colegiados da administração pública federal. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 abr. 2019.

CALABRE, L. Política cultural em tempos de democracia: a Era Lula.R evista do Instituto de Estudos Brasileiros, São Paulo, n. 58, p. 137-156, 2014.

CHAUÍ, M. Cidadania cultural. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2006.

COSTA, N. L. Capoeira, política cultural e educação. 2013. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2013.

FARIA, H. Conselhos municipais de cultura e cultura participativa: reavaliar caminhos e buscar horizontes. In: FARIA, H.; MOREIRA, A.; VERSOLATO, F. (org.). Você quer um bom conselho? Conselhos municipais de cultura e cidadania cultural. São Paulo: Instituto Pólis, 2005. p. 114-122.

FARIA, H.; MOREIRA, A. Cultura e governança: um olhar transversal de futuro para o município. In: FARIA, H.; MOREIRA, A.; VERSOLATO, F. (org.). Você quer um bom conselho? Conselhos municipais de cultura e cidadania cultural. São Paulo: Instituto Pólis, 2005. p. 9-18.

GOHN, M. G. Conselhos gestores e participação sociopolítica. São Paulo: Cortez, 2003.

LACERDA, A. P. Políticas públicas de cultura para a democracia cultural: uma análise do Programa Cultura Viva do Ministério da Cultura. 2010. Dissertação (Mestrado em Cultura e Sociedade) – Faculdade de Comunicação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2010.

PIRES, A. L. C. S. Movimentos da cultura afro-brasileira: a formação histórica da capoeira contemporânea 1890-1950. 2001. Tese (Doutorado em História) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.

RUBIM, A. A. C. Políticas culturais entre o possível e o impossível. In: ENCONTRO DE ESTUDOS MULTIDISCIPLINARES EM CULTURA, 2., 2006, Salvador. Anais […]. Salvador: Ufba, 2006.

RUBIM, A. A. C. Políticas culturais do Governo Lula/Gil: desafios e enfrentamentos. Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 183-203, 2008.

SIMÕES, G. L.; SIMÕES, J. M. Reflexões sobre o conceito de participação social no contexto brasileiro. In: JORNADA INTERNACIONAL POLÍTICAS PÚBLICAS, 7., 2015, São Luís. Anais […]. São Luís: Ufma, 2015.

SOARES, C. E. L. A capoeira escrava e outras tradições rebeldes no Rio de Janeiro 1808-1850. 2. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2004.

SOARES, C. E. L. A negregada instituição: os capoeiras no Rio de Janeiro 1850-1890. 1993. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1993.

TEIXEIRA, A. C. Formação dos conselhos no Brasil. In: FARIA, H.; MOREIRA, A.; VERSOLATO, F. (org.). Você quer um bom conselho? Conselhos municipais de cultura e cidadania cultural. São Paulo: Instituto Pólis, 2005. p. 19-26.

Downloads

Publicado

2021-10-05

Como Citar

Lacerda, A. P. de. (2021). Políticas culturais para a capoeira no Brasil: a avaliação dos mestres quanto à participação social. Políticas Culturais Em Revista, 14(2), 11–31. https://doi.org/10.9771/pcr.v14i2.43409