Manifestações da cultura afrodiaspórica: um diálogo entre o tempo e os processos de transmissão de saberes

Autores/as

  • Flavia Pimentel Lopes Futata

DOI:

https://doi.org/10.9771/pcr.v14i2.44210

Palabras clave:

Tempo espiralar, Manifestações da cultura popular, Ancestralidade

Resumen

Este artigo pretende questionar a ideia de que as manifestações da cultura popular de matriz africana, constitutivas de nosso patrimônio cultural junto com as celebrações e rituais ameríndios, são mantenedoras de uma tradição longínqua e celebram uma ancestralidade apartada do corpo e localizada no passado. A partir da noção de tempo espiralar, que se expressa em diversos elementos estéticos destas manifestações, retoma-se alguns dos princípios constitutivos de uma cosmovisão africana – especificamente bantu – relacionados ao modo como percebem a ancestralidade e a passagem do tempo. Faz-se ainda uma crítica à ideia de que as escolas e demais espaços institucionais de educação são os lugares privilegiados de transmissão de conhecimento em detrimento das comunidades tradicionais da cultura afrodiaspórica.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Flavia Pimentel Lopes Futata

Cientista social com mestrado em Educação pela FE_USP e póes-graduação em Gestão Cultural Contemporânea pelo Instituto Singularidades/Itaú Cultural.

Citas

CASTRO, E. V. Perspectivismo e multinaturalismo na América indígena. In: CASTRO, E. V. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de Antropologia. São Paulo: Ubu, 2017. p. 299-346 (Coleção Argonautas).

FERREIRA-SANTOS, M.; ALMEIDA, R. Aproximações ao imaginário: bússola de investigação poética. 2. ed. São Paulo: Feusp, 2020. FREIRE, P. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

FU-KIAU, B. Capoeira e cultura ancestral bantú. In: ENCONTRO INTERNACIONAL DE CAPOEIRA ANGOLA, 3., 1997, Salvador. Anais […]. Salvador: Fundação Internacional de Capoeira Angola, 1997. Disponível em: https://bit.ly/2VJ2U2S. Acesso em: 27 jun. 2020.

KRENAK, A. A vida não é útil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

MARTINS, L. M. Performances da oralitura: corpo como lugar da memória. Letras, Santa Maria, n. 26, 2003. Disponível em: https://bit.ly/3iCP8aK. Acesso em: 11 ago. 2021.

MARTINS, L. M. Performances do tempo espiralar. In: RAVETTI, G.; ARBEX, M. (org.). Performance, exílio, fronteiras: errâncias territoriais e textuais. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2002. p. 69-91. Disponível em: https://bit.ly/2U9tgKN. Acesso em: 2 set. 2020.

OLIVEIRA, E. Epistemologia da ancestralidade. Filosofia Africana, [s. l.], 2020. Disponível em: https://bit.ly/37x7iEC. Acesso em: 23 ago. 2020.

SANTOS, T. S. N. A cosmologia africana dos bantu-kongo por Bunseki Fu-Kiau: tradução negra, reflexões e diálogos a partir do Brasil. 2019. Tese (Doutorado em Letras Modernas) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.

Publicado

2021-10-05

Cómo citar

Futata, F. P. L. (2021). Manifestações da cultura afrodiaspórica: um diálogo entre o tempo e os processos de transmissão de saberes. Políticas Culturais Em Revista, 14(2), 184–196. https://doi.org/10.9771/pcr.v14i2.44210