Salvaguarda em contextos de emergência
movimentações para a proteção e valorização do carimbó do oeste paraense
DOI:
https://doi.org/10.9771/pcr.v17i1.57528Palavras-chave:
Patrimônio Imaterial, Carimbó, Lei Aldir Blanc, PandemiaResumo
Partindo de uma articulação teórica entre a abordagem da ação pública e as discussões sobre a salvaguarda de patrimônios culturais imateriais, mobilizamos o caso do carimbó no oeste do Pará para debater como pessoas e coletivos driblam vulnerabilidades e resistem ao desamparo institucional para salvaguardar seus saberes. O binômio Governo Bolsonaro-Pandemia impôs desafios à esfera da cultura, que sofreu com o desmantelamento de políticas públicas e a impraticabilidade de encontros nos quais as práticas culturais imateriais são realimentadas. Com entrevistas semi estruturadas com detentoras e com servidoras e com observações participantes discutimos as formas pelas quais foi possível contornar a situação de emergência e de retrocesso. Editais emergenciais da Lei Aldir Blanc foram apontados como marcos indispensáveis para a superação dos desafios, ainda que não eliminem vulnerabilidades estruturais e ambiguidades da ação do Estado no campo do patrimônio.
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