Minha história é suada igual dança no ilê, ninguém vai me dizer o meu lugar

Autores

  • Lorraine Pinheiro Mendes Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.9771/pcr.v14i2.44177

Resumo

Este artigo visa analisar a agência poética negra coletiva como saída para os modelos de representação de negritude na história da arte branco-brasileira. Ao romper com tais maneiras de representar, as artistas criam soluções ou vias coletivas de autodefinição. Tendo a memória como ferramenta que contraria o discurso histórico hegemônico, a ação dessas artistas evoca princípios caros à afrocentricidade, para dar o golpe que fará colapsar a mirada colonial do mundo e o sistema de arte brancocêntrico.

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Biografia do Autor

Lorraine Pinheiro Mendes, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutoranda em História e Crítica da Arte, pelo PPGAV-UFRJ. Mestra em História e Graduada em Artes e Design pela UFJF. Pesquisa representações de negritude na arte branco-brasileira.

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Publicado

2021-10-05

Como Citar

Pinheiro Mendes, L. (2021). Minha história é suada igual dança no ilê, ninguém vai me dizer o meu lugar. Políticas Culturais Em Revista, 14(2), 122–141. https://doi.org/10.9771/pcr.v14i2.44177