Aquilombar-se: insurgências negras na gestão cultural contemporânea
Resumo
O presente artigo tem como proposta refletir sobre como narrativas insurgentes atuais podem apontar um novo caminho para a organização da cultura na contemporaneidade. Para tanto, busca-se situar o campo da cultura como território de disputas simbólicas, do qual emergem epistemes diversas. A partir dessa compreensão, defende-se a necessi- dade de uma atuação politicamente mais engajada na gestão cultural, apresentando como exemplo o fenômeno do aquilom- bamento artístico e da produção cultural negra como prática e narrativa insurgente.
Palavras-chave: Cultura; gestão cultural; insurgências; aquilombamento.
Downloads
Referências
ALBINATI, Mariana Luscher. Espacialização das Diferentes Expressões Culturais na Cidade. In: KAUARK, Giuliana; RATTES; Plinio; LEAL, Natalia (orgs.). Um lugar para os espaços culturais: gestão, territórios, públicos e programação, Salvador, Edufba, 2019. Páginas 135 – 156;
BHABHA, Homi. O Local da Cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001;
CUNHA, Eneida Leal. A emergência da cultura e da crítica cultural. CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS, v. 1, 2009, p. 73-82;
FANON, Franz. O negro e a linguagem. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2018. p. 33-54;
GERBER, Raquel. NASCIMENTO, Beatriz. (1989). Ôrí [Arquivo de vídeo – documentário]. Recuperado de https://negrasoulblog.wordpress.com/2016/08/25/309/;
HALL, Stuart. Pensando a diáspora: reflexões sobre a terra no exterior. In: SOVIK, Liv (Org.), Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003. p. 25-48;
HALL, Stuart. Quando foi o pós-colonial? Pensando no limite. In: SOVIK, Liv (Org.), Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003. p. 95-122;
HALL, Stuart. Que "negro" é esse na cultura negra? In: SOVIK, Liv (Org.), Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003. p. 317-332;
KILOMBA, Grada. Quem pode falar? In: Memórias da Plantação: Episódios do racismo cotidiano. Rio de janeiro: Cobogó, 2019. p. 47-70;
LIMA, Ana Luisa. Política como liberdade. In: TOLEDO, Daniel. Indie.Gestão – Práticas para artistas/gestores ou Como Assobiar e Chupar Cana ao Mesmo. Tempo. Belo Horizonte: JA.CA, 2014, p. 153-156;
LIMA, Diane. Não me aguarde na retina: a importância da prática curatorial na perspectiva decolonial das mulheres negras. SUR 28, 2018;
MBEMBE, Achille. As formas africanas de auto-inscrição. Estudos Afro-Asiáticos, n. 1, 2001, p. 172-209;
NASCIMENTO, Beatriz. O conceito de quilombo e a resistência cultural negra. In: RATTS, Alex. Eu sou atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. SP: Instituto Kuanza, 2006, p. 117-125;
SAFATLE, Vladimir. Por um conceito “antipredicativo” do reconhecimento. SP: Lua Nova, 2015, p. 79-116;
SILVA, Tomaz Tadeu da. A produção social da identidade e da diferença. Identidade e Diferença. Rio de Janeiro: Vozes, 2000. p. 73-102;
SODRÉ, Muniz. Filosofia a toque de atabaques. In: Pensar Nagô. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017. p: 88-170;
VICH, Victor. Desculturalizar a cultura: desafios atuais das políticas culturais. PragMATIZES – Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura, ao 5, n. 8, 201