Cinema e clínica: notas com uma prática

Autores

  • Cezar Migliorin UFF

Resumo

O artigo é mobilizado pela experiência da prática com a produção de imagens em grupos de trabalho não-profissionais. Investigamos as possibilidades dessas experiências participarem de processos subjetivos - necessariamente individuais e de grupo. Para tal, percorremos duas linhas de investigação. A primeira está ligada às potências da imagem como instauradoras de experimentações consigo e com o mundo. A segunda, ligada aos próprios processos subjetivos em seus aspectos maquínicos. A aproximação entre essas duas linhas nos permite pensar o cinema e suas implicações com relações de cuidado e suas possibilidades clínicas.

 

Palavras-chave: cinema; clínica; imagem; cuidado; montagem

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cezar Migliorin, UFF

Departamento de Cinema

PPGCine

UFF

Referências

COMOLLI, Jean-Louis. Ver e poder: a inocência perdida – cinema, televisão, ficção, documentário. Belo Horizonte: UFMG, 2008.

DELIGNY, Fernand. Fernand Deligny œuvres. Édition établie et présentée par Sandra Alvarez de Toledo. Paris: Les Éditions L’Arachnéen, 2017.

DELEUZE, Gilles. A imagem-tempo. São Paulo: Brasiliense, 2005.

_______________. A imagem-movimento. São Paulo: Brasiliense, 1983.

DELEUZE, Gilles, PARNET Claire. Diálogos. São Paulo: Ed. Escuta, 1998

DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Contraponto: São Paulo, 2003.

DIDI-HUBERMAN, George. Images malgré tout. Paris: Les Éditions de Minuit, 2003.

DUNKER, Christian I. L. Mal-estar, sofrimento e sintoma: uma psicopatologia do Brasil entre-muros. São Paulo: Boitempo, 2015.

_______________. Reinvenção da intimidade: políticas do sofrimento cotidiano. São Pau- lo: Ubu Editora, 2017.

GODARD, Jean.-Luc. Jean-Luc Godard par Jean-Luc Godard. Tome 2: 1984-1998. ed. Alain Bergala. Paris: Cahiers du Cinéma, 1998.

GUATTARI, Félix. Caosmose: um novo paradigma estético. São Paulo: Ed. 34, 2012.

________________. Qu’est ce que l’écosophie?. Paris: Nouvelles Éditions Lignes, 2013.

________________. L’inconscient machinique. Essai de schizo-analyse, Paris, Recherches, 1979.

GUIMARÃES, César Geraldo. O que é uma comunidade de cinema? Revista Eco-Pós, 2015, vol. 18, no 1, p. 45-56

LAZZARATO, Maurizio. Signos, máquinas, subjetividades. São Paulo: Edições Sesc São Paulo : n-1 edições, 2014.

MIGLIORIN, Cezar. O dispositivo como estratégia narrativa. In: Narrativas midiáticas contemporâneas. Livro da XIV Compós/2005. Porto Alegre: Sulina, 2006, p. 82-94

_______________. Inevitavelmente cinema: educação, política e mafuá. Azougue Editorial, 2015.

_______________; PIPANO, I.; GARCIA, L.; MARTINS, I. M.; GUERREIRO, A.; NANCHERY, C.; BENEVIDES, F. Cadernos do inventar: cinema, educação e direitos humanos. Niterói: EDG, 2016.

PASSOS Eduardo e BENEVIDES DE BARROS, Regina. A Construção do Plano da Clínica e o Conceito de Transdisciplinaridade In: Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, Jan-Abr 2000, Vol. 16, n. 1.

PASSOS, Eduardo. Método pode ser cuidado: In: Revista Mesa, Rio de Janeiro, 2019, #5.

PELBART, Peter Pál . A arte de instaurar modos de existência que ‘não existem’. In: Bie- nal de São Paulo. (Org.). Como falar de coisas que não existem. 1ed. São Paulo: Bienal de São Paulo, 2014, v. 1, p. 250-265.

RANCIÈRE, Jacques. O espectador emancipado. São Paulo: WMF; Martins Fontes, 2012. __________________. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual.

Belo Horizonte: Autentica, 2012a.

RESENDE, Douglas. O espaço comum na prática do filme documentário: memorias de uma comunidade de cinema. Tese, (Leonardo Vidigal, orient.). Belo Horizonte, UFMG, 2016.

ROLNIK, Suely et GUATTARI, Félix. Micropolítica: cartografias do desejo. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1986.

SIBILIA, Paula. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

Downloads

Publicado

2020-06-21