Geopolitica da Vigilância – Globalização e Guerras Híbridas

Autores

  • Pedro Vidal Diaz IBICT-RJ

Resumo

Esse artigo busca traçar a globalização da vigilância como forma de manutenção e exercício de um poder global e geopolítico que utiliza-se da manipulação de bolhas informacionais para efetuar a antiga estratégia de “dividir e conquistar”. Buscarei para isso, apresentar casos concretos de conflitos e estratégias internacionais, onde a vigilância se desenvolve na produção globalizada do capitalismo contemporâneo em aparatos de tecnologias informacionais e midiatização da guerra. O conceito de Guerra “Híbrida” ou de “4a geração”, permeará toda o desenvolvimento da articulação assim como o de “Informação Estratégica” e “competência informacional” a partir do campo da Ciência da Informação. O aspecto central da doutrina da “dominância informacional global” é justamente o controle da segurança e da defesa, onde conceitos como “netwar” e “cyberwar” exprimem os componentes da dita “sociedade do conhecimento”, a “noopolítica” como fronteira da “nooguerra”. Por fim, identificaria nesse contexto, os atravessamentos de minha pesquisa de mestrado acerca de um devir-hacker cripto-punk que se torna urgente para podermos pensar, evidenciar, denunciar e ir além de estruturas totalizantes de pensamento e política, atendo-se principalmente a estratégia de desinformação de massas pelas grandes mídias comerciais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ASSANGE, J. Wikileaks - a Guerra de Julian Assange Contra Os Segredos de Estado. Leigh, David; Harding, Luke; Pilkington, Ed. Boitempo. 2013.

BERARDI, Franco. Time, Acceleration, and Violence. E-flux jornal #27, Setembro de 2011.

_________. AND: Phenomenology of the End – Cognition and sensibility in the transition from conjuntive to connective mode of social communication. N-1. Aalto University, Helsinki, 2014.

BRAMAN, Sandra. The Emergent Global Information Pollicy Regime. Houndsmills, UK: Palgrave Macmillan, 2004.

____________. Change State - Information, policy, and power. Cambridge-Mass: The MIT Press, 2006.

BROWN, Wendy. Princeton University Press, 2006.

CHAMAYOU, Grégoire. Teoria do Drone. Tradução Célia Euvaldo, São Paulo: Cosacnaify, 2015.

DELEUZE, Gilles. Mil platôs: Capitalismo e esquizofrenia, vol. 3. São Paulo: Editora 34, 1996.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. O Anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia. 1a ed. 1977. São Paulo: Editora 34, 2010.

ECO, Umberto. Apocalípticos e Integrados. 1a ed. LUMENS, Paris,1968.

FILHO, Fernando Ferrari, ARAUJO, Jorge Paulo. Caos, incerteza e teoria era pós-keynesiana. Ensaios FEE, Porto Alegre, v.21, n.2, p.163-182, 2000.

GALLOWAY, Alexander. Protocol - How Control Exists after Decentralization. MIT Press, 2004.

GUATTARI, Félix. CAOSMOSE: Um Novo Paradigma Estético. Rio de Janeiro: Editora 34, 1992.

GORZ, André. Entrevista. in: Journal Multitudes, n.15. 2004/1. Disponível em: http://www.cairn-int.info/journal-multitudes-2004-1.htm Acesso 28/03/2016. In.: MOUFFE, Chantel. Agonistics: Thinking the world politically. Verso, 2013.

_________.O Imaterial: Conhecimento, Valor e Capital. Trad. Celso Azzan Jr. São Paulo: Annablume Editora, 2005.

KASTRUP, V., ESCOSSIA, L., PASSOS, E. Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2015.

MATTELART, Armand. Sociedade do conhecimento e controle da informação e da comunicação. In: ENCONTRO LATINO DE ECONOMIA POLÍTICA DA INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E CULTURA. 5, Salvador, 2005. p.1-22. Disponível em: http://www.gepicc.ufba.br/enlepicc/. Acesso em: 17 de outubro, 2016.

SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único a consciência universal. 19a Ed; Rio de Janeiro: Record, 2010.

TRIVINHO, Eugênio. A Dromocracia Cibercultural. Ed. Paulus, 2007.

VIRILIO, Paul. Micropolítica da segurança - micropolítica do terror. In.: O Espaço Crítico. Rio de Janeiro: Ed. 34 Letras, 1993.

Downloads

Publicado

2018-10-30