Arqueologia, paisagem e patrimônio

da colonialidade à decolonialidade das práticas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/lj.v3i0.60555

Palavras-chave:

Paisagem, Patrimônio, Arqueologia, Colonialidade

Resumo

Não há dúvidas de que os conceitos de Paisagem, Patrimônio e Arqueologia não apenas denotam uma origem moderna, ocidental e europeia, mas também representam uma nova forma de ver associada a uma visão ideológica e de classe, inventada em um momento específico da história. Essa nova política da visão se sustentou e se reproduziu sobre uma das separações fundantes do conhecimento moderno, que é a cisão cartesiana entre mente e corpo. A partir disso, o olhar renascentista estabeleceu uma ideia de paisagem como exterioridade passível de medição, equivalente em todas as suas partes, homogêneo, constante e separado do âmbito humano. Também é verdade que essa visão buscou ser superada à luz de novas contribuições teóricas nas quais começou a ser percebido que os lugares e a paisagem tiveram e têm significados especiais para as pessoas ao longo do tempo, e que esses valores estão relacionados a práticas sociais e conotações simbólicas atribuídas ao entorno. Dessa forma, a paisagem deixou de ser considerada apenas como uma entidade física externa e passiva à qual os humanos se adaptavam para ser reconhecida como parte de um processo cultural.

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Publicado

2024-04-20

Como Citar

CURTONI , R. P. . Arqueologia, paisagem e patrimônio: da colonialidade à decolonialidade das práticas. Laje, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 284–299, 2024. DOI: 10.9771/lj.v3i0.60555. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/laje/article/view/60555. Acesso em: 21 nov. 2024.