Universalidade da Recombinação: A Recombinação em Música

Autores

  • Jamary Oliveira UFBA

DOI:

https://doi.org/10.9771/ictus.v1i0.34193

Resumo

Não há mais que cinco notas musicais e todavia a combinação delas dá surgimento a mais melodias do que as já conhecidas. Não existem mais que cinco cores primárias e, no entanto, sua combinação produz mais matizes do que os já vistos. Não conhecemos mais do que cinco paladares fundamentais - ácido, picante, salgado, doce, amargo - e, no entanto, a combinação deles produz mais sabores que os já provados. (Sun Tzu, filósofo chinês) Meu interesse pela afirmação do filósofo chinês Sun Tzu deve-se ao fato de ter sido muitas vezes consultado a respeito das cinco notas musicais que são sete. Imagino que alguém deve também ter sido consultado a respeito das cinco cores que são três, ou dos cinco paladares que são quatro. A início tentei explicar que na compreensão da afirmação deve-se, no caso das notas, levar-se em conta aspectos culturais. Continuava tentando explicar que certas culturas usam menos que cinco notas e que na tradição européia nós usamos não sete mas doze notas, e, temperamento � parte, mais que doze. A referência a sete notas diz respeito apenas � formação básica do sistema tonal no modo maior, a que costumamos denominar de escala diatônica, e uma quantidade considerável de peças musicais, talvez a grande maioria, usa mais que as sete notas. As reações dos interlocutores conduziram-me � simplificação da resposta: na China eles usam uma escala de apenas cinco notas, nós usamos uma escala de sete notas. Embora apenas uma meia-verdade, funciona melhor que a inalcançável toda-verdade. No entanto, não importa quantas notas, mas o fato de que a combinação delas dá surgimento a mais melodias do que as já conhecidas .

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Publicado

2006-05-22

Edição

Seção

Artigos