GÊNERO, MASCULINIDADES E TERRITÓRIO: A EXPLORAÇÃO SEXUAL DE MENINAS E MULHERES RACIALIZADAS COMO MANIFESTAÇÃO DE VIOLÊNCIA NO ARCO MINEIRO DE ORINOCO
DOI:
https://doi.org/10.9771/rf.v12i1.63188Palavras-chave:
Exploração sexual. Violência de gênero. Arco Mineiro do Orinoco. Masculinidades. Território.Resumo
Este artigo aborda a violência de gênero no Arco Mineiro do Orinoco (AMO). Destaca-se o crescimento paralelo da exploração sexual com o desenvolvimento da mineração na região. A pesquisa analisa a relação entre a atividade mineradora masculinizada e patriarcal e a violência de gênero, utilizando metodologia de revisão bibliográfica e análise de dados qualitativos. São explorados os fatores socioculturais que contribuem para a exploração sexual das mulheres e examinada a interligação entre a apropriação do território e a exploração dos corpos femininos, evidenciando como ambas as dinâmicas convergem. Em conclusão, destaca-se a necessidade de uma abordagem abrangente que englobe a geografia feminista e decolonial e desafie a dinâmica patriarcal e a violência estrutural.
Downloads
Referências
ANISTIA INTERNACIONAL. Vidas destruídas: crimes contra mulheres em situações de conflito. Chega de violência contra as mulheres. 2004. Publicações da Amnistia Internacional. Disponível emhttps://www.amnesty.org/es/wp-content/uploads/sites/4/2021/08/act770752004es.pdF. Acesso em: 10 abr., 2024.
CAMPO-REDONDO, Maria Susana; GABRIEL ANDRADE, Jesus Andrade. A matricentralidade da família venezuelana desde uma perspectiva histórica. Phrónesis, Caracas, v. 14, n. 2, p. 86-113, ago. 2007. Disponível em: http://ve.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1315-62682007000200005&lng=es&nrm=iso. Acesso em: 30 mai. 2024.
CASTELLANOS, Esther; RANEA, Beatriz. Exploração sexual de mulheres. Investigação sobre prostituição e tráfico de mulheres. Madrid: Asociación de Promoción de Servicios Sociales (APROSERS), 2013. APROSERS. Disponível em: https://fundadeps.org/wp-content/uploads/eps_media/recursos/documentos/629/Investigacion%20sobre%20prostitucion%20y%20trata%20de%20mujeres%20APROSERS.pdf. Acesso em: 27 abr. 2024.
CONNELL, Ranwyll. Gênero e poder: sociedade, a pessoa e política sexual. Stanford, Califórnia: Stanford University Press, 1987.
CONNELL, Ranwyll. Masculinidades. 2. ed. University of California Press, 2005. Disponível em: https://lulfmi.lv/files/2020/Connell_Masculinities.pdf. Acesso em: 25 jun. 2024
DE FREITAS, Mercedes, SOJO, María Fernanda, ARÉVALO, Miriam, ROJAS, Mildred, PERDOMO, Alba Ysabel, DAM, Germán, RAMÍREZ CABELLO, María, RANGEL JIMÉNEZ, Clavel. Ouro mortal: entre o crime organizado, o ecocídio e a corrupção. Caracas: Transparência Venezuela, 2020.
FERNANDEZ, Jackeline. Venezuela: Esse ouro que alimenta a violência contra as mulheres. Opinião. Venezuela: Anistia Internacional,2019. Disponível em:https://www.amnistia.org/ve/blog/2019/11/12726/venezuela-ese-oro-que-alimenta-la-. Acesso em: 3 jul. 2024.
FERRO, Larissa. Gênero e Colonialidade: Indígenas Mulheres Descolonizando os Estudos de Gênero. Revista Feminismos, v. 11, n. 1, p. jan-jun, 2023. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/52498/28783. Acesso em: 15 de mai. 2024.
GRADOS, Cláudia; GRADOS, María; MEDINA, Cláudia.Balance sobre la trata, explotación y violencia sexual en zonas de minería informal de Madre de Dios y Piura. Lima (Perú): Consórcio de Investigaciones Económicas y Sociales (CIES). Fondo Fiduciario de la ONU para Eliminar la Violencia contra la Mujer, 2020.
LÓPEZ, Anaís; PACHECO, Andréa; BORGES, Beatriz; GODOY, Carolina; ROMERO, Fabíola; KISLINGER, Luísa; LEON, Magdymar. Mulheres no limite: os direitos das mulheres diante do agravamento da complexa emergência humanitária na Venezuela. Caracas (Venezuela): Coalizão de Equivalências em Ação, 2019.
MARQUES, Brenda. As rotas do tráfico internacional de mulheres na Pan Amazônia do Século XXI: uma perspectiva feminista sobre o global. Cadernos de Relação Internacional PUC-RIO. Edição especial "Gênero e Sexualidade em RI", v. 1, p. 21-42, abr. 2018.
MIRANDA, Bóris. As economias perversas do crime organizado: mineração ilegal, tráfico e exploração sexual. Nova Sociedade, n. 263, maio-junho, p. 145-149, 2016.
MONCADA, Alícia. Ouro, sexo e poder: violência contra mulheres indígenas nos contextos mineiros da fronteira amazônica colombiano-venezuelana. Textos e Debates, Boa Vista, n. 31, p. 43-53, jan-jun., 2017.
OBSERVATÓRIO DE VIOLÊNCIA VENEZUELANO. Relatório Anual de Violência. Caracas (Venezuela): LACSO, 2022. Disponível em:https://observatoriodeviolencia.org.ve/wp-content/uploads/2022/12/Informe-Anual-de-Violencia-2022.pdf. Acesso em:12 mar. 2024.
OBSERVATÓRIO DE VIOLÊNCIA VENEZUELANO. Feminicídios em Bolívar: um padrão alimentado pela impunidade. Caracas (Venezuela): OVV Bolívar Press, 2023. Disponível em:https://observatoriodeviolencia.org.ve/news/femicidios-en-bolivar-un-patron-alimentado-por-la-impunidad/. Acesso em:30 jun. 2024.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW). New York: ONU, 1979. Disponível em: https://www.ohchr.org/sp/professionalinterest/pages/cedaw.aspx. Acesso em:19 mai. 2024.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Guia anotado para o protocolo completo da ONU contra o tráfico de pessoas. New York: ONU, 2005.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Boletim do Secretário-Geral: Medidas especiais para proteção contra exploração e abuso sexual. No. ST/SGB/2003/13. New York: ONU, 2005. Disponível em: https://www.un.org/preventing-sexual-exploitation-and-abuse/es/content/documentos. Acesso em: 22 jun. 2024.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Relatório do Secretário-Geral: Medidas especiais de proteção contra a exploração e o abuso sexual: uma nova abordagem Secretaria-Geral. Nº A/71/818. New York: ONU, 2017. Disponível em: https://www.un.org/preventing-sexual-exploitation-and-abuse/es/content/documentos. Acesso em: 12 mai. 2024.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Relatório do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Conselho de Direitos Humanos, Grupo de Trabalho sobre a Revisão Periódica Universal. Nº A/HRC/WG.6/40/VEN/3. New York: ONU, 2022.
PINEDA G, Esther; MONCADA, Alicia. Violência e resistência de mulheres racializadas nos contextos extrativistas mineiros da América Latina. Revista Observatório Latino-Americano e do Caribe (OLAC), n. 2, p. 2-16, 2018.
SEGATO, Rita. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, v. 12, p. 106-131, 2012. Disponível em: https://journals.openedition.org/eces/1533. Acesso em: 21 jun. 2024.
ULLOA, Astrid. Feminismos territoriais na América Latina: defesas da vida contra o extrativismo. Nômades, n. 45, p. 123-139, out., 2016. Disponível emhttps://www.redalyc.org/pdf/1051/105149483020.pdf. Acesso em: 2 ago. 2024.
VENEZUELA. Diario Oficial de la República Bolivariana de Venezuela Nº 40.855. Decreto que cria a Zona Estratégica de Desenvolvimento Nacional “Arco Minero del Orinoco”. Caracas (Venezuela): DORBV, 2016.
VILLAVICENCIO, Veruska. El cliente pasa desapercibido: el cliente, principal explotador sexual infantil. Lima (Perú): Save the Children Suecia, 2004.
ZARAGOCIN-CARVAJAL, Sofia; MOREANO-VENEGAS, Melissa; ALVAREZ-VELASCO, Soledad. Rumo a uma reapropriação da geografia crítica na América Latina. Apresentação do dossiê. Ícones, Quito, n. 61, p. 11-32, ago., 2018. Disponível em: https://iconos.flacsoandes.edu.ec/index.php/iconos/article/view/3020. Acesso em: 18 abr. 2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autoras/es que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autoras/es mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
2. Autoras/es têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autoras/es têm permissão e são estimuladas/os a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.