O FEMINISMO DE NÍSIA FLORESTA (1810-1885) E A QUESTÃO DA CAPACITAÇÃO INTELECTUAL FEMININA NO BRASIL DO SÉCULO XIX

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/rf.v11i2.57328

Palavras-chave:

História Econômica, História Econômica das Mulheres no Brasil (século XIX), Educação Feminina

Resumo

O presente artigo trata da situação da capacitação intelectual feminina no Brasil oitocentista. Nosso ponto de partida é a visão acerca desta questão avançada por aquela que amiúde é considerada a primeira feminista brasileira, Nísia Floresta. Comparando as proposições de duas de suas obras mais emblemáticas com os dados do primeiro censo brasileiro (IBGE, 1872), constatamos tanto a urgência de suas demandas naquele momento quanto a incrível atualidade de suas reivindicações, quase dois séculos depois de publicadas.

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Biografia do Autor

Brena Fernadez, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui Pós-Doutorado em Filosofia da Ação pela Universidade do Porto (2015-2017), Pós-Doutorado em Filosofia da Ciência pela Universidade de São Paulo (2005-2007), Doutorado em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (2004), Mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2000), Especialização em Lógica, Filosofia Prática e Filosofia Econômica pela Johann Wolfgang von Goethe Universität - Frankfurt (1995), Especialização em Filosofia Econômica pela Fundação Getúlio Vargas - RJ (1993) e Graduação em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991). Atualmente é professora associada III do Departamento de Economia da Universidade Federal de Santa Catarina e uma das coordenadoras do Núcleo de Pesquisa em Economia Feminista (NEEF - CNPq). Pesquisa principalmente nos seguintes temas: economia feminista, epistemologia e metodologia da economia e racionalidade

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Publicado

2024-01-22

Como Citar

FERNADEZ, B. O FEMINISMO DE NÍSIA FLORESTA (1810-1885) E A QUESTÃO DA CAPACITAÇÃO INTELECTUAL FEMININA NO BRASIL DO SÉCULO XIX. Revista Feminismos, [S. l.], v. 11, n. 2, 2024. DOI: 10.9771/rf.v11i2.57328. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/57328. Acesso em: 1 maio. 2024.

Edição

Seção

Dossiê II