“PRECISAMOS FALAR SOBRE DIGNIDADE MENSTRUAL”: UMA SENSIBILIZAÇÃO COM A REDE DE DIRETORAS/ES DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE NOVO HAMBURGO/RS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/rf.12.1.57163

Palavras-chave:

menstruação, feminismos, dignidade mestrual, formação docente

Resumo

Esta pesquisa é um deságue de pistas envolvendo as menstruações nas infâncias e adolescências, desembocando na formação docente por meio da articulação em defesa da dignidade menstrual no território escolar. Transborda inquietações a partir do sangue menstrual em contexto ocidental moderno, impregnado de conceitos biologizantes que arrastam menstruantes à correnteza da identidade única de mulher. Fazendo uso da cartografia, a pesquisa se ancora em vestígios que levam ao redemoinho da “pobreza menstrual” com a investigação de índices, mídias e realização de atividades formativas. O percurso envolve a sensibilização da rede municipal de diretoras/es de Novo Hamburgo/RS, que ocorreu por meio da palestra “Precisamos falar sobre Dignidade Menstrual”, ocorrida em 2022, emergindo questões distintas, entre elas o silenciamento da pauta no território escolar e falta de dignidade menstrual ou mesmo os imbricamentos da herança do “feminismo branco” em lutar pela emancipação, denotando a complexidade e urgência da temática.

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Biografia do Autor

Caroline Luiza Willig , Universidade Feevale

Doutoranda em Processos e Manifestações Culturais pela Universidade FEEVALE, na linha de pesquisa Linguagens e Tecnologias, com bolsa CAPES com experiência de doutorado-sanduíche na Universidad Pedagógica Nacional Un. 171 Cuernavaca, México (PDSE/CAPES). Mestra pelo mesmo PPG e instituição, aborda em seus escritos a dignidade menstrual, educação, formação docente, diversidade de gênero e de culturas com o amparo de perspectivas decoloniais e interseccionais. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Feevale (2016), Licenciada em Letras pela Unigran (2014), Pós-Graduada em Gestão e Marketing Digital pela UCDB (2018), é integrante do Grupo de Pesquisa Criança na Mídia: núcleo de estudos em educação, comunicação e cultura (Universidade Feevale) e do coletivo independente Vazantes, formado por pesquisadoras de todo o Brasil que investigam a temática do sangue menstrual.

Saraí Patrícia Schmidt, Universidade Feevale

Doutorado (2006) e Mestrado (1999) em Educação na linha dos Estudos Culturais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Docente dos Programas de Pós-Graduação Processos e Manifestações Culturais e Inclusão Social e Diversidade Cultural da Universidade Feevale. Coordena o grupo Criança na Mídia: Núcleo de Estudos em Comunicação, Educação e Cultura com diretório no CNPq e é pesquisadpra co-fundadora a Rede de Pesquisa em Comunicação, Infâncias e Adolescências. Coordenadora do Comitê Científico (2018-2019/ 2020-2021 ) do GT Educação e Comunicação da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Educação, sendo coordenadora do GT (2016-2017) e vice-coordenadora (2014-2015). Desenvolve pesquisas sobre os temas mídia, educação, infâncias e discriminação na orientação de teses, dissertações, monografias e iniciação científica. Coordenou o projeto de extensão Nosso Bairro em Pauta de 2002 a 2014, integrou o projeto de extensão Comunicação e Ação na Escola de 2015 a 2016 e atualmente integra o projeto de extensão Cidade Vida: Intervenção Urbana como Ato Comunicacional. Coordenadora do Convênio Educação Antidiscriminatória por meio da parceria da Universidade Feevale e a Secretaria Municipal de Educação de Novo Hamburgo . Pesquisadora Gaúcha (Fapergs 2014 - 2017) e Edital Ciências Sociais Aplicadas (2016-2017) e Universal (2018).

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Publicado

2024-11-28

Como Citar

WILLIG , C. L. .; SCHMIDT, S. P. “PRECISAMOS FALAR SOBRE DIGNIDADE MENSTRUAL”: UMA SENSIBILIZAÇÃO COM A REDE DE DIRETORAS/ES DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE NOVO HAMBURGO/RS. Revista Feminismos, [S. l.], v. 12, n. 1, 2024. DOI: 10.9771/rf.12.1.57163. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/57163. Acesso em: 24 maio. 2025.

Edição

Seção

Dossiê JUSTIÇA REPRODUTIVA: MATERNIDADES E VIOLÊNCIAS