ES LEY: A INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DE GRAVIDEZ NA ARGENTINA EM 2020

Autores

  • Mayane Bento Silva Universidade do Estado do Pará
  • Izabelle Kristine Cruz dos Santos UEPA
  • Mirela de Cássia Dinoá Mendes UEPA
  • Débora Aquino Nunes UFPA https://orcid.org/0000-0002-5973-1962

DOI:

https://doi.org/10.9771/rf.v11i2.50365

Palavras-chave:

Argentina; legalização do aborto; interrupção voluntária de gravidez; movimentos feministas.

Resumo

Em 2020, o Congresso argentino aprovou o projeto de lei que garante o direito a interrupção voluntária da gravidez (Interrupción Voluntaria del Embarazo - IVE) de forma gratuita e segura. No entanto, em 2018 um projeto com a mesma finalidade foi derrotado. Nesta pesquisa analisamos os principais fatores que contribuíram para a aprovação do projeto de lei IVE em 2020, evidenciando a atuação dos movimentos sociais feministas no contexto de mudanças políticas na Argentina. O método consiste em um estudo de caso explanatório e holístico, de natureza qualitativa, com dados provenientes de pesquisa bibliográfica e documental.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mayane Bento Silva, Universidade do Estado do Pará

Doutora em Relações Internacionais por meio do Instituto de Relações Internacionais (IREL) e do programa de doutorado interinstitucional em Relações Internacionais - Dinter UNB/UFPa da Universidade de Brasília (2015-2019). Possui mestrado profissional pelo Núcleo de Meio Ambiente (NUMA) da Universidade Federal do Pará (UFPA) através do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia (2010-2012). Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade da Amazônia (UNAMA- 2006-2009). Professora na Universidade do Estado do Pará - UEPA (2019 - atual).

Izabelle Kristine Cruz dos Santos , UEPA

Bacharel em Direito pela Universidade da Amazônia, UNAMA (2016). Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade do Estado do Pará, UEPA (2022). Membra organizadora do Grupo de Estudos e Pesquisas Pós-Coloniais (GEPPOC) na Universidade do Estado do Pará e integrante do Núcleo de Apoio e Integração de Refugiados e Imigrantes (NAIRE) na Universidade do Estado do Pará.Brasil. E-mail: izabellekristine@gmail.com

Mirela de Cássia Dinoá Mendes, UEPA

Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade do Estado do Pará, UEPA (2022). Integrante do Núcleo de Apoio e Integração de Refugiados e Imigrantes (NAIRE) na Universidade do Estado do Pará, Brasil,  E-mail: mireladinoa@gmail.com

Débora Aquino Nunes , UFPA

Mestre em Planejamento do Desenvolvimento pelo Núcleo de Altos Estudos da Amazônia, (NAEA) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, campus Parauapebas, Brasil. E-mail: debora.aquino1989@gmail.com

Referências

AGUIAR, Danilla; ROJAS, Gonzalo. O movimento feminista e de mulheres na Argentina:perspectivas pós-colonial e socialista. Revista Crítica de Ciências Sociais, Coimbra, maio 2020. 169-190. Disponivel em: <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-74352020000100009&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 21 janeiro 2021.

ARGENTINA. DIPUTADOS. Proyecto de Lei n° 0230 de 05 de marzo de 2018. Interrupcion voluntaria del embarazo. Regimen, Buenos Aires, 2018. Disponivel em: <https://www.hcdn.gob.ar/proyectos/textoCompleto.jsp?exp=0230-D-2018&tipo=LEY>. Acesso em: 12 fevereiro 2020.

ARGENTINA. Ley 11.179 [1922]. Codigo Penal de la Nacion Argentina. Buenos Aires: Ministerio de Justicia y Derechos Humanos de la Nación/Presidencia de La Nacion. 2005.

ARGENTINA. Ley Nacional nº 27.610. Acceso a la Interrupción Voluntaria del Embarazo (IVE). Buenos Aires: Presidência de La Nación - Ministerio de Justicia y Derechos Humanos. 2021.

ARGENTINA. PODER EJECUTIVO. Proyecto de ley INLEG-2020-79395494-APN-PTE. Regulación del Acceso a la interrupción voluntaria del embarazo y a la atención postaborto. Buenos Aires: República Argentina - Poder Ejecutivo Nacional. 2020. p. 11.

ARGENTINA. SENADO. Proyecto de Lei n° 2.659 de 06 de agosto de 2018. Interrupcion legal del embarazo. DIRECCIÓN GENERAL DE TAQUÍGRAFOS. Versión Taquigráfica. Sesión Especial. Período 136º. 10ª Reunión – 5ª Sesión Especial, 8 y 9 de agosto de 2018. Buenos Aires: Congreso de La Nacion Argentina. 2018. p. 330.

ARGENTINA. SENADO. Regulación del acceso a la interrupción voluntaria del embarazo y a la atención postaborto nº 716/20. DIRECCIÓN GENERAL DE TAQUÍGRAFOS. Versión Taquigráfica. Sesión Especial. Período 138º. 28ª Reunión – 23ª Sesión Especial, 29 y 30 de diciembre de 2020. Buenos Aires: Congreso de La Nacion Argentina. 2020. p. 215.

BARRETO, María Celeste, DEVOTO, Cecília Fernandéz. Que Sea Ley. Biblioteca Oscar Garat: Repositorio Digital Universitario Oscar Garat, 120p., 2019.

BELLUCCI, Mabel. Historia de una desobediencia. Aborto y feminismo. Buenos Aires: Editorial Capital Intelectual, 2014.

BERNARDES, Franciani; BARBOSA, Célia. Movimentos sociais na era da Internet: por todas as formas de ativismo. Revista Mídia e Cotidiano, v. 12, n. 1, p. 6-23, maio 2018. Disponivel em: <https://periodicos.uff.br/midiaecotidiano/article/view/9859>. Acesso em: 19 agosto 2021.

BRITO, Gisela; GONZÁLEZ, Guillermo J.; MANCILLA, Alfredo S. Panorama político y social Argentina. Centro Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (CELAG), 2020. Disponivel em: <https://www.celag.org/encuesta-argentina-noviembre-2020/>. Acesso em: 10 maio 2021.

CENTRO DE OPINIÓN PÚBLICA Y ESTUDIOS SOCIALES. Aborto en la sociedad argentina. Encuesta Nacional. Universidad de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Sociales. Buenos Aires. 2018.

COOK , Rebbeca J. International human rights and women’s reproductive health. Studies in family planning, v. 24, n. 2, p. 73–86, 1993. Disponivel em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/8511808/#affiliation-1>. Acesso em: 10 abril 2020.

DI MARCO, Graciela. Los movimientos de mujeres en la Argentina y la emergencia del pueblo feminista. La Aljaba Segunda época, Buenos Aires, v. XIV, p. 51-67, 2010. Disponivel em: <http://www.biblioteca.unlpam.edu.ar/pubpdf/aljaba/v14a03dimarco.pdf>. Acesso em: 20 janeiro 2020.

DINIZ, Débora. Ética, aborto y democracia. Hojas Informativas CEDES/FEIM/IPPF, Buenos Aires, febrero 2008. 4.

DIRINO, Ana Karoline. A Luta das Mulheres pela Descriminalização do Aborto no Brasil e Argentina. Atâtôt - Revista Interdisciplinar de Direitos Humanos da UEG, v. 1, n. 1, p. 100-173, junho 2020. Disponivel em: <https://www.revista.ueg.br/index.php/atatot/article/view/10533>. Acesso em: 25 fevereiro 2021.

DULBECCO, Paloma. El aborto en el Congreso: Argentina 2018-2020. 1. ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Centro de Estudios de Estado y Sociedad, 2021. Disponivel em: <https://repositorio.cedes.org/bitstream/123456789/4632/5/El%20aborto%20en%20el%20Congreso-%20Argentina%202018-2020.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2021.

ESPAÑA, Julián A.; GIOIOSA, María Georgina. Breve historización de la lucha en Argentina hasta llegar al debate. In: CHAVES, D. D. El debate por la interrupción voluntaria del embarazo en Argentina desde una perspectiva internacional. La Plata: Universidad Nacional de La Plata, 2019. p. 14-16.

FEDERICI, Silvia. O Calibã e a bruxa: mulheres, corpos e acumulação primitiva. São Paulo: editora Elefante, 2019.

FONTES, Giovanna Soares. Argentina e Brasil: a questão do aborto e os direitos reprodutivos das mulheres. Observatório Feminista de Relações Internacionais, 2021. 1–23. Disponivel em: <https://ofri.com.br/wp-content/uploads/2021/01/Argentina-e-Brasil_-a-questao-do-aborto-e-os-direitos-reprodutivos-das-mulheres.docx.pdf>. Acesso em: 20 março 2021.

GARRIGA, Ana Carolina; NEGRI, Juan. It’s (Almost) Always the Economy: economic performance and political realignments in Argentina in 2019. Revista de Ciencia Política, v. 40, n. 2, p. 137–161, 2020. Disponivel em: <http://ojs.uc.cl/index.php/rcp/article/view/20397>. Acesso em: 20 março 2021.

GOLDSMAN, Florencia. Quebrar o algoritmo: Twitter e os debates pela descriminalização do aborto na Argentina durante a campanha #LibertadParaBelen. In: NATANSOHN, Ciberfeminismos 3.0. Covilhã: Universidade da Beira Interio, 2021. p. 67-80.

GUTIÉRREZ, María Alicia. La creciente marea verde: la lucha por la justicia reproductiva en Argentina. [Entrevista cedida a] Cecilia Dinerstein. Cuadernos del Pensamiento Crítico Latinoamericano - CLACSO, n. 85, mayo 2021. Disponivel em: <https://www.clacso.org/wp-content/uploads/2021/05/Cuaderno-PLC-N85-mayo_2021.pdf>. Acesso em: 25 maio 2021.

HARTWIG, Agustina. Aborto legal, seguro y gratuito: una cuestión de agenda y la pregunta por la construcción de una nueva hegemonía. X Jornadas de Sociología de la Universidad Nacional de La Plata, La Plata, 5 a 7 diciembre, 2018. Disponivel em: <https://docplayer.es/119154143-Autoridades-x-jornadas-de-sociologia-de-la-unlp.html>. Acesso em: 23 setembro 2021.

JELIN, Elizabeth. Mulheres e direitos humanos. Revista Estudos Feministas, v. 2, n. 3, 1994. Disponivel em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/16293>. Acesso em: 10 setembro 2020.

LAUDANO, Claudia. #Ni una menos en Argentina : Activismo digital y estrategias feministas contra la violencia hacia las mujeres. In: NATHANSOHN , G.; ROVETTO , F. Internet e feminismos: olhares sobre violências sexistas desde a América Latina. Salvador: EDUFBA, 2019. p. 149-173. Disponivel em: <https://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/libros/pm.3711/pm.3711.pdf>. Acesso em: 10 maio 2021.

LÓPEZ, Magdalena; LOZA, Jorgelina Mariana. Articulaciones, representaciones y estrategias de la movilización contra la interrupción voluntaria del embarazo en Argentina (2018-2020). Población & Sociedad, v. 28, n. 1, 2021. Disponivel em: <https://cerac.unlpam.edu.ar/index.php/pys/article/view/5566>. Acesso em: 20 setembro 2021.

MACKINNON, Catharine A. Toward a Feminist Theory of the State. [S.l.]: Harvard University Press, 1991.

MARCONI, Marina de A.; LAKATOS, Eva M. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2013.

MARTÍNEZ, Silvia. L.; ÁLVAREZ, Ayelén; GENDLER, Martín; MÉNDEZ, Anahí. Acerca de la apropiación de tecnologías : teoría , estudios y debates. 1. ed. Rada Tilly: Del Gato Gris, 2018. 260 p. Disponivel em: <https://www.aacademica.org/anahi.mendez/77.pdf>. Acesso em: 20 janeiro 2020.

MATOS, Maurílio Castro de. A questão do aborto no Cone Sul e a experiência da descriminalização no Uruguai. IX Jornada Internacional de Políticas Públicas, Anais Eletrônicos, São Luis, 2019. Disponivel em: <http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2019/images/trabalhos/trabalho_submissaoId_1023_10235cbcc25ab2dd6.pdf>. Acesso em: 10 dezembro 2021.

MCCANN, Michael W. Legal mobilization and social reform movements: notes on theory and its application”. In: MCCANN, M. Law and social moviments. 1º. ed. New York: Taylor and Francis, [1991]2006. p. 3-33.

MIRANDA, Luis. V. Aspectos Legales ¿Despenalizar o legalizar? Argumentos para la discución sobre la interrupciónlegal del embarazo, Santiago, 2015. Disponivel em: <http://mileschile.cl/cms/wp-content/uploads/2019/01/Aspectos-Legales-Despenalizar-o-Legalizar.pdf>. Acesso em: 20 abril 2020.

MOTTIER, Veronique. Reproductive Rights. In: WAYLEN, Georgina, et al. The Oxford Handbook of Gender and Politics. Oxford: Oxford University Press, 2013. p. 214-235. Disponivel em: <https://www.oxfordhandbooks.com/view/10.1093/oxfordhb/9780199751457.001.0001/oxfordhb-9780199751457>. Acesso em: 13 nov. 2021.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Abortamento seguro: Orientação técnica e de políticas para sistemas de saúde. Tradução de Silvia Piñeyro Trias. 2º. ed. [S.l.]: [s.n.], 2013. ISBN 978-92-4-854843-7. Disponivel em: . Acesso em: 10 março 2020.

PATEMAN, Carole. O Contrato Sexual. Tradução de Marta Avancini. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.

PUBMED. WHO: recommended definitions, terminology and format for statistical tables related to the perinatal period and use of a new certificate for cause of perinatal deaths. Modifications recommended by FIGO as amended October 14, 1976, v. 56, n. 3, p. 247–253, 1977. Disponivel em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/560099/>. Acesso em: 10 dezembro 2021.

ROSENBERG, Martha Inés. La construcción de un hito histórico: el papel de la Campaña Nacional por el derecho al aborto legal, seguro y gratuito. Revista interdisciplinaria de doctrina y jurisprudencia, Buenos Aires, p. 31-40, marzo 2021. Disponivel em: <http://www.colectivoderechofamilia.com/wp-content/uploads/2021/06/Derecho-y-Realidad_Primeros-estudios-de-la-ley-de-IVE-y-el-plan-1000-dias.pdf>. Acesso em: 15 junho 2021.

SANTOS, Jaqueline Araujo dos. De crime a direito humano: uma crítica a criminalização do aborto. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Jurídicas) – Faculdade de Direito, Universidade Federal da Paraíba, Santa Rita, 2017.

SEQUEIRA, João Elbio A. Mobilização transnacional pelos direitos dos povos da floresta - entre rios, gabinetes e cortes: o caso das usinas hidrelétricas no médio rio Tapajós (PA). Orientadora Cristina Yumie Aoki Inoue. Brasília, p. 314f. 2019. Tese (Doutorado em Relações Internacionais) - Universidade de Brasília, Universidade Federal do Pará, Brasília, 2019.

SILVA, Rocío Knipp. Ciberfeminismos en la lucha por el aborto en Argentina y Chile: #AbortoLegalYa y #NoBastan3Causales. Raudem, Revista de Estudios de las Mujeres, Chile, v. 9, 2021. Disponivel em: <https://www.researchgate.net/publication/357252368_Ciberfeminismos_en_la_lucha_por_el_aborto_en_Argentina_y_Chile_AbortoLegalYa_y_NoBastan3Causales>. Acesso em: 10 março 2022.

TILLY, Charles. Social Movements and National Politics. In: BRIGHT , C.; HARDING , S. Statemaking and Social Movements. Ann Arbor, MI: University of Michigan Press, 1984.

VENTURA, Miriam. Direitos Sexuais e Reprodutivos no Brasil. Brasília: UNFPA, 2009.

YIN, Robert. K. Case study research: design and methods. Thousand Oaks: Sarge Publications, 2003.

Downloads

Publicado

2023-11-26

Como Citar

SILVA, M. B.; SANTOS , I. K. C. dos . .; MENDES, M. de C. D.; NUNES , D. A. ES LEY: A INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DE GRAVIDEZ NA ARGENTINA EM 2020. Revista Feminismos, [S. l.], v. 11, n. 2, 2023. DOI: 10.9771/rf.v11i2.50365. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/50365. Acesso em: 1 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos