#HASHTAG-SE: MAPEANDO O FEMINISMO NEGRO E O NET-ATIVISMO BRASILEIRO

Autores

  • Leydiane Ribeiro da Conceição Universidade Federal de Viçosa
  • Magnus Luiz Emmendoerfer Universidade Federal de Viçosa

DOI:

https://doi.org/10.9771/rf.v9i2.47304

Palavras-chave:

Feminismo Negro, Net-ativismo, Internet, Revisão sistemática

Resumo

O objetivo do artigo é compreender a relação entre movimento feminista negro brasileiro e net-ativismo através de uma revisão sistemática da literatura. Buscou-se artigos científicos nas bases de dados: Web of Science; Scielo e Scopus, a partir dos descritores "Social Movement", "Black Feminism", "internet" e “Brazil”, no título, resumo ou palavras-chave. Aplicou-se análise de conteúdo categorial e temática para discussão dos dados. Os resultados demonstram, a despeito do reduzido número de publicações sobre o tema, o reconhecimento do potencial da hashtag na internet como meio de comunicação para movimentos sociais, enquanto traz o lado obscuro que as mídias digitais podem gerar nessa forma de ativismo digital. Contudo, o #Hashtag-se analisado é uma forma democrática de se garantir maior empoderamento feminino, inclusive negro, sobre seus direitos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Magnus Luiz Emmendoerfer, Universidade Federal de Viçosa

Pós-Doutorado em Administração Pública, Turismo e Empreendedorismo pelas Universidades do Minho, Algarve e Évora, Portugal e em Políticas Públicas pelas Universidades de Tilburg e Breda, Holanda. Doutor em Ciências Humanas: Sociologia e Políticas pela Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais (MG), Brasil. Administrador e Mestre em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professor Associado do Programa de Pós-Graduação em Administração Pública, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Líder do Grupo de Pesquisa em Gestão e Desenvolvimento de Territórios Criativos (GDTeC) do Núcleo de Administração e Políticas Públicas (NAP2), Brasil.

Referências

AHMAD, Taufiq; ALVI, Aima; ITTEFAQ, Muhammad. The Use of Social Media on Political Participation Among University Students: an analysis of survey results from rural pakistan. Sage Open, v. 9, n. 3, p. 1-9. 2019.

AMARAL, Eloisa de Souza; BUENO, Zuleika de Paula; GIMENES, Éder Rodrigo. Mídias sociais como repertório político de subaltern counterpublics: Análise de blogs de movimentos feministas. Estudos de Sociologia, v. 25, n. 50, p. 147-174. 2021.

AQUINO, Ellen Larissa de Carvalho. Da participação ao ativismo: as tecnologias da informação e comunicação aliadas ao feminismo. 2015. Trabalho de conclusão de curso (Graduação) - Bacharel em Tecnologias Da Informação e Comunicação, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Santa Catarina – MG, 2015.

AVZALOVA, Elmira. Internet Communications and Political Mobilization. International Journal of Criminology and Sociology, v.9, p. 834-837. 2020.

AZERÊDO, Sandra. Teorizando sobre gênero e relações raciais. Estudos feminista, Nº especial/2º sem./94, p. 203-216. 1994.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Laurence Bardin; [tradução Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro]. Lisboa: Edições 70, 2009. 281 p.

BORGES, Roberto Carlos da Silva; MELO, Glenda Cristina Valim de. Quando a raça e o gênero estão em questão: embates discursivos em rede social. Revista Estudos Feministas, v. 27, n. 2, p. 1-13, 2019.

BOTELHO, Louise de Lira Roedel; MACEDO, Marcelo; FIALHO, Francisco Antônio Pereira. Revisão Sistemática sobre a Produção Científica em Aprendizagem Gerencial. In: XXXIV ENCONTRO DA ANPAD, 35, Rio de Janeiro. EnANPAD. Rio de Janeiro, p. 1-14. 2010.

BRAGATTO, Rachel Callai. Democracia e internet: apontamentos para a sistematização dos estudos da área. Revista Compolítica, n. 2, vol. 1, ed. 2011.

CALDWELL, Kia Lilly. Racialized Boundaries: Women's Studies and the Question of "Difference" in Brazil. The Journal of Negro Education, v. 70, n. 3, pp. 219-230. 2001.

CALDWELL, Kia Lilly. Mulheres negras, militância política e justiça social no Brasil. Revista Gênero. v. 8, n.1, p.53-69. 2007.

CALDWELL, Kia Lilly. A institucionalização de estudos sobre a mulher negra: Perspectivas dos Estados Unidos e do Brasil. Revista da ABPN. v. 1, n.1, p.18-27. 2010.

CARNEIRO, S. Mulheres em movimento. Estudos avançados. v. 17, n.49, p. 117-132. 2003.

CASTELLS, M. A Sociedade em Rede: do Conhecimento à Política. In: A Sociedade em Rede: do conhecimento à ação política. Belém: Imprensa Nacional, 2005.

CLARK-PARSONS, Rosemary. “I SEE YOU, I BELIEVE YOU, I STAND WITH YOU”: #metoo and the performance of networked feminist visibility. Feminist Media Studies, p. 1-19. 2019.

DAVIS, Ângela. 1944- Mulheres, raça e classe [recurso eletrônico] / Ângela Davis; tradução Heci Regina Candiani. - 1. ed. - São Paulo : Boitempo, 2016.

DEY, Sreyoshi. Let There Be Clamor: exploring the emergence of a new public sphere in india and use of social media as an instrument of activism. Journal of Communication Inquiry, v. 44, n. 1, p. 48-68. 2019.

DONATO, Helena; DONATO, Mariana. Etapas na Condução de uma Revisão Sistemática. Acta Médica Portuguesa, v. 32, n. 3, p. 227, 2019.

GONZÁLEZ, Lélia. E a trabalhadora negra, cumé que fica?. Jornal Mulherio. Ano 2, nº 7.1982

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA E APLICADA (IPEA) et al. (Brasil). Retratos da desigualdade de gênero e raça. 5.ed. Brasília: IPEA, 2017.

JOIA, Luiz Antonio; SOARES, Carla Danielle. Social media and the trajectory of the “20 cents movement” in Brazil: an actor-network theory–based investigation. Telematics and Informatics, v. 35, n.8, p. 2201-2218. 2018.

JOHRI, Aditya et al. More Than an Engineer: Intersectional Self-Expressions in a Hashtag Activism Campaign for Engineering Diversity. Proceedings of the 1st ACM SIGCAS Conference on Computing and Sustainable Societies - (COMPASS). 2018.

KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 2. ed. Campinas, SP: Papirus, 2007.

LIMA, Claudia Feio da Maia et al. Sexualidade do cônjuge que cuida do idoso demenciado: Revisão integrativa da literatura. Rev Min Enferm. V. 19, Nº 2. 2015.

LIMA, Marcos André Queiroz de. Hashtags de cunho racista: Efeitos de sentido e formas-sujeito em comentários e relatos em redes sociais. 2017. Dissertação (Mestrado) - Mestre em Estudo de Linguagens, Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Salvador – BA, 2017.

LIMA, Dulcilei da Conceição. Feminismo negro e ciberativismo no Brasil. Entropia, V. 3, N°6. 2019.

LIMA, Dulcilei da Conceição. #Conectadas: O feminismo negro nas redes sociais. 2020. Tese (Doutorado) – Curso Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal do ABC. São Bernardo – SP, 2020.

LIMA, Dulcilei da Conceição, OLIVEIRA, Taís. Negras in tech: apropriação de tecnologias por mulheres negras como estratégias de resistência. Cadernos Pagu, nº 59, 2020.

MALTA, Renata Barreto; OLIVEIRA, Laila Thaíse Batista de. Enegrecendo as redes: o ativismo de mulheres negras no espaço virtual. Revista Gênero, v.16. n. 2, p. 55 – 69. 2016.

MATOS, Carolina. Re-thinking feminism and democratic politics: the potential of online networks for social change and gender equality in Brazil. Mediopolis, p. 17-30. 2018.

MATTHEWS, Kristin L. ‘Woke’ and reading: Social media, reception, and contemporary Black Feminism. Participations Journal of Audience & Reception Studies, v. 16, n.1, p. 390-411. 2019.

MEDRADO, Andrea; MULLER, Ana Paula. ATIVISMO DIGITAL MATERNO E FEMINISMO INTERSECCIONAL: Uma análise da plataforma de mídia independente “Cientista Que Virou Mãe”. Braz. journal. res., vol. 14, nº 1, 2018.

MOROZOV, Evgeny. The net delusion: The Dark Side of Internet Freedom. New York, NY: PublicAffairs, 2011.

Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). 2019. Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nos domicílios brasileiros: TIC domicílios 2018 [livro eletrônico] – São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2019.

Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). 2020. Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nos domicílios brasileiros: TIC Domicílios 2019 [livro eletrônico] – São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2020.

NUNES, Raul. Outlining the history of cyberactivism in Brazil. Internet Histories, v. 4, n. 3, p. 287-303. 2020.

OKECH, Awino; ESSOF, Shereen. Global movement for Black lives: a conversation between awino okech and shereen essof. European Journal of Women'S Studies, p. 1-9. 2021.

PERRINE, Alida Louisa. The “Audacity” of Visibility: Preta-Rara’s Feminist Praxis. Transmodernity., v. 9, nº 2, 2019.

RECUERO, Raquel et al. Hashtags Functions in the Protests Across Brazil. Sage Open, v. 5, n. 2, p. 1-14. 2015.

RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro?. Djamila Ribeiro – 1ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

RIOS, Flávia; MACIEL, Regimeire. Brazilian Black Feminism in Rural and Urban Spaces. Agrarian South: Journal of Political Economy, v. 10, n. 1, 2021.

RÍOS, Luis Fernández; CASA, Gualberto Buela. Standards for the preparation and writing of Psychology review articles. Nternational Journal of Clinical And Health Psychology, [s. l], v. 9, n. 2, p. 329-344, 2009.

RODRIGUES, Cristiano; FREITAS, Viviane Gonçalves. Ativismo Feminista Negro no Brasil: do movimento de mulheres negras ao feminismo interseccional. Rev. Bras. Ciênc. Polít., nº 34, 2021.

SAMPAIO, Rosana F; MANCINI, Mc. Estudos de revisão sistemática: um guia para síntese criteriosa da evidência científica. Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 11, n. 1, p. 83-89. 2007.

SARDENBERG, Cecilia Maria Bacellar. O pessoal é político: conscientização feminista e empoderamento de mulheres. Inclusão Social, v.11, n.2, p.15-29. 2018.

SILVA, Danillo da Conceição Pereira. Performances de gênero e raça no ativismo digital de Geledés: interseccionalidade, posicionamentos interacionais e reflexividade. Rev. bras. linguist. apl., v. 20, nº 3, 2020.

SOUZA, Rebeca Karen de. Questões sociais em debate no youtube: Análise do canal “afros e afins”. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Curso de Publicidade e Propaganda, Universidade Federal do Pampa. São Borja – RS, 2017.

SLAVINA, Anna; BRYM, Robert. Demonstrating in the internet age: a test of castells theory. Social Movement Studies, v. 19, n. 2, p. 201-221, 2019.

STEELE, Catherine Knight. Black Bloggers and Their Varied Publics: the everyday politics of black discourse online. Television & New Media, v. 19, n. 2, p. 112-127. 2017.

TRINDADE, Luiz Valerio de Paula. Disparagement humour and gendered racism on social media in Brazil. Ethnic and Racial Studies, v. 43, n. 15, 2019.

TRINDADE, Luiz Valerio de Paula. “My hair, my crown”. Examining black Brazilian women’s anti-racist discursive strategies on social media. Canadian Journal of Latin American and Caribbean Studies / Revue Canadienne Des Etudes Latino-Americans Et Caribe’s., v. 45, n. 3, 2020.

VALERIO, Carolina Pinaffi; ALVES, Álvaro Marcel Palomo. Machismo e feminismo na internet: análise da página “desquebrando o tabu”. Ciências Humanas: Características Práticas, Teóricas e Subjetivas 2. Organizadores Adaylson Wagner Sousa de Vasconcelos, Thamires Nayara Sousa de Vasconcelos. P.38-48, 23 – Ponta Grossa, PR: Atena Editora, 2019.

VIGOYA, Mara Viveros. La sexualización de la raza y la racialización de la sexualidade en el contexto latinoamericano actua. In: Careaga, Gloria. Memorias del 1er. Encuentro Latinoamericano y del Caribe La sexualidad frente a la sociedad. México, D.F., 2008.

WAISBORD, Silvio. Revisiting mediated activism. Sociology Compass. v.12, p.1-9. 2018.

WALTHOUR, Gladys Mitchell. Afro-Brazilian women YouTubers’ Black Feminism in Digital Social Justice Activism. Interfaces Brasil/Canadá, v. 18, n. 3, 2018.

WANG, Rong; ZHOU, Alvin. Hashtag activism and connective action: a case study of #hongkongpolicebrutality. Telematics And Informatics, v. 61, p. 1-15. 2021.

Downloads

Publicado

2022-01-13

Como Citar

CONCEIÇÃO, L. R. da; EMMENDOERFER, M. L. . #HASHTAG-SE: MAPEANDO O FEMINISMO NEGRO E O NET-ATIVISMO BRASILEIRO. Revista Feminismos, [S. l.], v. 9, n. 2, 2022. DOI: 10.9771/rf.v9i2.47304. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/47304. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos