Carta ao meu pai: em direção a uma consciência feminista
DOI:
https://doi.org/10.9771/rf.v10i1.45575Resumo
O artigo, construído em formato de carta, se inspira na realidade de muitas mulheres de nosso país. Aborda a experiência de abandono paterno de uma filha que, a partir do seu contato com teorias feministas, percebe e questiona as consequências da falta de paternagem ao longo de sua vida. Em busca da construção e da ampliação de uma consciência feminista, a carta apresenta um conjunto de reflexões direcionadas ao pai, morto recentemente vítima da COVID-19, e a outros homens. A reflexão perpassa às diferenças de classe, raça e gênero de forma interseccionada, aborda o cotidiano da reprodução da vida e ressalta a importância dos feminismos, enquanto posicionamento político, para a construção de relações mais igualitárias e justas. Conclui-se ressaltando, entre outros aspectos, a urgência de que homens assumam e compartilhem as responsabilidades no que se refere ao cuidado das crianças e do lar.
Palavras-chave: paternagem, reprodução da vida; patriarcado; consciência feminista.
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Referências
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