MULHERES NEGRAS QUILOMBOLAS: TORTO ARADO E O PUNHAL ANCESTRAL

Autores

  • Sabrina Prado Alves Faculdade Anhanguera de Taubaté https://orcid.org/0009-0005-0511-1441
  • Ricardo Mendes Mattos Grupo de Estética Social do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

Resumo

A mulher negra brasileira luta historicamente contra um sistema de dominação patriarcal, racial e escravagista. A partir do romance Torto Arado, analisa-se a trajetória de resistência da mulher quilombola, desde a escravidão. Na obra de Itamar Vieira Junior, a história das mulheres é trespassada pelo arado torto da opressão patriarcal e pelo fio do corte de um punhal ancestral. A proeminência feminina nas lutas quilombolas encontra seu ápice com a morte simbólica do patriarca, pondo fim à histórica opressão machista, sexista e racista que antevê a construção de uma nova realidade protagonizada pelas mulheres

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sabrina Prado Alves, Faculdade Anhanguera de Taubaté

Graduada em Psicologia pela Faculdade Anhanguera de Taubaté. Atua como Psicóloga Clínica. Ativista do Movimento Feminista Negro. Desde 2019, dedica-se ao estudo das relações étnico-raciais e de gênero em comunidades rurais. Pesquisadora integrante do Coletivo Maria Servina, formado por pesquisadores e Mestres de Cultura Popular da comunidade de São Pedro de Catuçaba, São Luiz do Paraitinga - SP.

Ricardo Mendes Mattos, Grupo de Estética Social do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

Doutor em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo e pesquisador da cultura popular afro-brasileira, em comunidades rurais tradicionais de São Luiz do Paraitinga

Referências

GONZAGA, Tomaz Antônio. Marília de Dirceu (Parte I). Lisboa: Typografia Lacerdina, 1819.

GONZALES, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, Anpocs, 1984, pp. 223-244.

GONZALES, Lélia. Mulher negra: essa quilombola. Folha de São Paulo, Caderno Folhetim, 22 de novembro de 1981, p. 04.

LIMA, Mônica. Direito, Reparação e a história africana e afro-brasileira no campo da história pública. Curso Emancipações e pós-abolição: por uma outra história do Brasil (1808-2020), Aula 8, 23 de setembro de 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9UCKh84T3Zg. Acesso em: 25 set. 2020.

MARTINS, Aline Gomes. A violência conjugal em contextos de ruralidades: um estudo com mulheres rurais de comunidades do interior de Minas Gerais. 2017. 165 f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2017.

NABUCO, Joaquim. A escravidão. Recife: Editora Massangana, 1988.

PERROT, Michele. As mulheres ou os silêncios da história. Bauru: EDUSC, 2005.

PIMENTEL, Elaine; WANDERLEY, Nathália. Silêncios e mitos numa perspectiva interseccional: do controle informal de corpos ao controle penas de mulheres negras. Revista Brasileira de Políticas Públicas, Brasília, v. 10, n. 02, pp. 247-294, ago. 2020.

Roda Viva entrevista Itamar Vieira Junior. 15 de fevereiro de 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Mu9iUc2UHBQ. Acesso em: 16 fev. 2021.

VIEIRA JUNIOR, Itamar. Torto Arado. Alfragide/Portugal: Grupo Leya, 2018.

VIEIRA JUNIOR, Itamar. Trabalhar é tá na luta: Vida, morada e movimento entre o povo da Iuna, Chapada Diamantina (Tese de Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2017.

Downloads

Publicado

2023-04-02

Como Citar

ALVES, S. P.; MATTOS, R. M. MULHERES NEGRAS QUILOMBOLAS: TORTO ARADO E O PUNHAL ANCESTRAL. Revista Feminismos, [S. l.], v. 11, n. 1, 2023. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/44644. Acesso em: 19 abr. 2024.